quinta-feira, 24 de abril de 2014

Hans Zimmer


Hans Florian Zimmer, nascido em 12 de Setembro de 1957 na cidade de Frankfurt na Alemanha é um compositor, conhecido mundialmente por seu trabalho com trilha sonoras de filmes. Com um currículo de aproximadamente 120 trilhas sonoras para cinema.
Foi casado durante 10 anos com Vicki Carolin entre 1982 e 1992, atualmente está com Suzanne Zimmer, tem três filhos Zoe e Brigitte Zimmer do primeiro casamento e Jake  com a atual esposa.
Zimmer iniciou sua carreira musical tocando teclados e sintetizadores, entre outros instrumentos, com a banda The Buggles. 
Nos anos 80, enveredou pela composição e produção de trilhas sonoras para filmes de cinema. Sua primeira trilha de sucesso ocorreu em 1988 com Rain Man, sendo indicado ao Oscar. Algumas trilhas feitas por Zimmer: O Último Samurai, Gladiador, Falcão Negro em Perigo, Hannibal, O Código Da Vinci, Pearl Harbor e Missão Impossível 2.
Em 1995 foi premiado com o Oscar de melhor Trilha Sonora Original com a longa-metragem O Rei Leão que transporta o ouvinte para o mundo africano, além de Rain Man e O Rei Leão, foi indicado ainda para o Oscar pelas seguintes trilhas sonoras:
Um Anjo em Minha Vida, Missão Impossível, O Príncipe do Egito, Além da Linha Vermelha, Gladiador, Sherlock Holmes e A Origem. Na disputa pelo Globo de Ouro foi indicado 7 vezes e levou o Globo 2 vezes por O Rei Leão e Gladiador.
É responsável por parte da trilha sonora da série Piratas do Caribe, trabalho que define muito bem o estilo do compositor.

A trilha sonora da trilogia do diretor Christopher Nolan para Batman foi inteiramente composta por ele em parceria com James Newton Howard, considerado o seu trabalho mais notável, em especial a trilha para o segundo filme The Dark Knight. 
Em 2009 compôs a trilha sonora de Sherlock Holmes, com a qual foi indicado ao Oscar, porém perdeu para o filme Up: Altas Aventuras. Em 2010 fez a trilha de A Origem, continuando sua colaboração com o diretor Christopher Nolan.
Ronni Chasen
Em dezembro de 2010, ganhou uma estrela na Calçada da Fama, em Los Angeles, Califórnia. No momento da entrega, ele dedicou o evento a sua agente e amiga de longa data, Ronni Chasen, que havia morrido no mês anterior durante um assalto.
Seu estilo é caracterizado pelo uso predominante de sons metálicos, combinados com coro de vozes marcantes. A mistura de sintetizadores com fundo orquestrado e melodias simplistas, como as presentes nas trilhas de Pearl Harbor, Piratas do Caribe e Gladiador, são constantes em muitos de seus trabalhos.
Alguns de seus trabalhos mais recentes são:

O Homem de Aço, O Cavaleiro Solitário, Homem Aranha 2. Trabalha atualmente na produção da Trilha Sonora de Batman vs Superman.

Tem colaborado também na composição de trilhas sonoras de jogos tais como Crysis 2 e Guild Wars 2.

Link para músicas:
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-NzhwbDVBbTVTQ00?resourcekey=0-rL2AAWsQeYo1aP6lPymKaA&usp=sharing

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Páscoa

A todos os leitores e amigos deste blog, dedico um texto para reflexão, escrito em 2009.

O que é a Páscoa?

"Para os Cristãos é a Ressurreição de Cristo, para os Judeus é a celebração do êxodo, para os pagãos é a comemoração da Primavera no hemisfério norte.
Todas as comemorações nos remetem a uma passagem de um estágio para outro, da morte para uma nova vida, da servidão para liberdade, do recolhimento para plenitude.
Assim sendo a Páscoa é o tempo de meditar, de buscar, de agradecer, de semear a paz. Momento de encontrar o tempo para abrir os braços para acolher o próximo, de abrir as mãos e ceder àqueles que necessitem o carinho, o apoio, o afeto, a amizade e o amor, é tempo de ser mais irmão.
Tempo de recomeçar! Dar continuidade a todos os projetos que por algum motivo ficou engavetado, tempo de compromisso,
tempo de perdoar aos outros e a si mesmo. Tempo de reencontro.
Tempo de libertar aquilo que de melhor temos guardado dentro de nós, tempo de libertação dos sonhos, tempo de renascer.
O tempo de passagem, olhar para trás e ver tudo o que fez e principalmente o que deixou de fazer.
Tempo de encontrar os porquês, tempo de encontrar os caminhos, de encetar os passos e iniciar mais uma longa jornada.
Uma jornada que nos leve para a Luz, para o amor e para a vida.
Pois a Páscoa é o Tempo de Ressurreição.
Tenha uma ótima Páscoa e celebre a sua passagem."


Milton Batistuci de Souza.

Mantra OM




Bhagavad-Gita ou a Canção de Deus.
Texto religioso hindu, que narra o diálogo de Krishna com Arjuna, em meio ao campo de batalha. Arjuna é o guerreiro, representação da alma confusa sobre o seu dever.
Este texto é a essência do conhecimento védico da Índia e um dos maiores clássicos de filosofia e espiritualidade do mundo. A filosofia Bhagavad-Gita tem intrigado a mente de quase todos os grandes pensadores da humanidade, tendo influenciado de maneira decisiva inúmeros movimentos espiritualistas.


Entre os que muito se debateram sobre o texto, estão Paulo Coelho e Raul Seixas que das mais diversas interpretações escreveram e descreveram o que entenderam na clássica Gita.
Dentre os versos há um que diz, e se repete como um mantra até o final da música:
O início, o fim e o meio...
O início, o fim e o meio
Eu sou o início... O fim e o meio
Eu sou o início... O fim e o meio
Onde quero chegar como este enunciado... Ao Mantra OM!

O som primordial, o início, o fim e o meio. O que aconteceu antes, o que existe agora e o que existirá mais tarde, tudo isto é OM.
Ainda aquele que tudo inclui, a origem e o fim do Universo.
Trata-se do Mantra mais citado e cantado na filosofia Yoga. Trata-se da vibração da grande transformação cósmica, a explosão do átomo primordial que deu origem ao mundo.
Como toda vibração tem um som, esta também tem, pois toda criação, todo Universo é som.
Esta vibração primordial que consegue-se ouvir em estado de meditação profunda, trata-se da sílaba sagrada OM.
Seu som original é o resultado de três letras:
- A
- U
- M;
Estas três letras representam os três estados de consciência: vigília, sono e sonho.
A - Vigília
U - Sonho
M - Sono profundo

A repetição do som AUM em forma de mantra e em meditação permitirá atingir um estado de concentração em que tal som absorve ou elimina todos os pensamentos, a mente fica idêntica ao som AUM.


O poder desta sílaba sagrada está em expandir nossa compreensão do todo que nos cerca, onde saímos um pouco da nossa individualidade egocêntrica e passamos a interagir com cada pessoa como parte fundamental da criação.
Entoado corretamente, tem o dom de estimular os vários centros energéticos e formas etéreas do ser humano. Protege e abençoa.

No símbolo do OM há os cinco elementos do Universo:


Sugiro que acesse o link abaixo para um melhor entendimento e uma especial atenção ao tópico AS 7 FORMAS DE PRÁTICA DO MANTRA OM.


Uma sugestão para utilização do Mantra OM e a limpeza do ambiente, dada por José Carlos Tadeu Vieira:
a) limpeza geral com água e lysoform ou água sanitária.
b) coloque alguns cactos, que é desintegra energias negativas, utilize tamanhos que se adequem ao espaço do ambiente.
c) acenda incenso. Utilize o usado na igreja católica, se você tiver turíbulo, ou de bastão, as essências podem ser alecrim - arruda - mirra, etc...
d) deixe tocando no ambiente o mantra OM.

No link abaixo duas versões do OM:

quarta-feira, 9 de abril de 2014

ENNIO MORRICONE




Ennio Morricone, compositor, arranjador e maestro, nascido em 10 de Novembro de 1928, na cidade de Roma, na Itália. Filho de Libera e Mario Morricone. Foi o primeiro filho do casal, tendo quatro irmãos, Aldo, Adriana, Maria e Franco, casado desde 1956 com Maria Travia, deste matrimônio vieram quatro filhos Andrea, Giovanni, Alessandra e Marco Morricone.
Responsável pelas mais conhecidas trilhas sonoras do Western Spaghetti. Ao longo da sua carreira foi responsável pela composição e arranjo de mais de 500 filmes e programas de televisão.
Seu pai era trompetista. Sua família, de classe média e moravam no bairro de Trastevere, viveu durante um longo tempo sem dificuldades, mas também sem firulas, unicamente com o salário do pai. Desde cedo se dedicou à música e aos 6 anos compôs sua primeira música. Com apenas dez anos, e depois de ganhar experiência na orquestra de amadores Constantino Ferri. Era um gênio e seus pais não só perceberam como também incentivaram o talento musical do menino. Foi matriculado no Conservatório de Santa Cecilia. Acabou se formando em música, com especialização em trompete.
Em 1943, observando o seu impressionante talento com harmonia musical, Roberto Caggiano, o encorajou a iniciar um estudo mais sério nesta disciplina, em seis meses concluiu o curso. Após a conclusão fez regência e composição com o Carlo G. Gerofano e Antonio Ferdinandi.
Alberto Flamini o escolheu para um segundo trompete em sua orquestra, o primeiro era o seu pai.
Após a obtenção do título de trompetista, iniciou sua carreira como compositor, dedicando-se particularmente à música vocal e de câmara.
John Cage
Em 1955, ele começou a fazer arranjos de música para filmes, atividade interrompida pelo serviço militar. Um ano depois ele se casou com Maria Travia, e no seguinte, teve seu primeiro filho, Marco.
Conseguiu um emprego como assistente de direção na RAI, em 1958, entretanto desistiu da ocupação já no primeiro dia, preferindo participar de um seminário ministrado por John Cage em Darm-Stadt na Alemanha, sobre O Processo da Composição Musical.
Em 1961, ano de nascimento de sua filha Alessandra, compõe a sua primeira trilha sonora para cinema, foi para o filme Il Federale de Luciano Salce.

Três anos mais tarde, contribui com trilhas para Bernardo Bertolucci e o reencontro com Sergio Leone que conhecera na escola de música quando adolescente, diretor dos famosos faroestes à italiana, como a trilogia dos dólares: Por um Punhado de Dólares (Per un pugno di dollari), de 1964, Por Uns Dólares a Mais (Per qualche dollaro in più), de 1965, Três Homens em Conflito (Il buono, il brutto, il cattivo), de 1966, e Era Uma Vez no Oeste (C’era una volta il west, 1968),todos com a trilha sonora assinada por Ennio Morricone, foram estas trilhas que lhe renderam popularidade e o interesse de outros diretores italianos como Pier Paolo Pasolini, Dario Argento e Giulio Pontecorvo.
Uma peculiaridade de Morricone é o seu respeito pelo enredo e personagens dos filmes, afirmando que a partitura de uma trilha sonora não pertence ao compositor e sim ao filme e seus personagens.
Nos anos 70, Morricone começou a ministrar aulas de composição no Conservatório Musical de Frosinone.

Foi indicado pela Academia de Hollywood para o Oscar de Melhor Trilha Sonora Original, por cinco vezes, entre 1979 e 2001, não tendo vencido nenhum deles, pelos filmes: Cinzas no Paraíso, A missão, Os Intocáveis, Bugsy e Malena.

Em 1984, assinou a trilha sonora do último filme de seu amigo Sergio Leone, falecido cinco anos mais tarde, Era uma vez na América.

Somente em 2007, recebeu o Oscar Honorário pela sua Obra, entregue pelo Homem-sem-nome da saga dos dólares, Clint Eastwood.

Seu trabalho mais recente foi a trilha sonora de Bastardos Inglórios de 2009.

As músicas dele são conhecidas por todo mundo, são aquelas melodias que todo mundo já ouviu em algum lugar, mas talvez, não saiba de onde vem.


Curiosidades: Ramones costumavam entrar no palco em seus shows após a execução do tema de Três homens em conflito.
A banda Metallica regravou a canção The Ecstasy of Gold do mesmo filme.


Para ouvir algumas músicas deste compositor, acesse ao link abaixo:

quarta-feira, 2 de abril de 2014

CHARLES CHAPLIN

Sir Charles Spencer Chaplin foi roteirista, ator, dançarino, figurinista, diretor, compositor e produtor inglês. Foi o mais famoso artista cinematográfico da era do cinema mudo. O personagem que mais marcou sua carreira foi “O Vagabundo" ou Carlitos, criado em 1915, um andarilho pobretão, de maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro, seu figurino, um casaco esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu coco e uma bengala de bambu, além de seu marcante bigode, este personagem denunciava as injustiças sociais.

Nascido em dia 16 de abril de 1889 às vinte horas, na East Street, Walworth, um subúrbio de Londres. Filho de artistas do music hall londrino, Hannah Hariete Pedlingham Hill, sua mãe era cantora e atriz, Charles Spencer Chaplin Sr., seu pai, vocalista e ator.  Teve uma vida difícil, sobretudo após a separação dos seus pais, ele e seu irmão mais velho Sidney ficaram com Hannah. A vida miserável que tinha fez com que sua mãe passasse por sérios problemas psiquiátricos. Por isto, Charles e Sidney tiveram que viver em um abrigo para crianças órfãs. Mesmo debilitada, Hannah continuava a se apresentar com seus números musicais e de dança, até que, em 1894 não conseguiu subir ao palco. Coube ao pequeno Charlie, aos cinco anos de idade, cantar e representar de acordo com os ensaios que via da sua mãe. Sua estreia foi um sucesso, resultando em várias moedas jogadas ao palco, confirmando o seu bom desempenho.
Nestes anos passados em orfanatos, Chaplin encontrou todos os elementos que utilizaria mais tarde nos roteiros dos filmes que dirigiu e interpretou. Chaplin acabou construindo a sua vida com a única coisa positiva que poderia ter herdado da sua família: a paixão pelo teatro. Graças a seu pai, comemorou o seu oitavo aniversário contratado por uma companhia de bailarinos chamada Eight Lancashire Lads.
Seu pai era alcoólatra e tinha pouco contato com o filho. Morreu de cirrose hepática em 1901. Chaplin dizia que sua relação com o pai nunca foi boa, e as melhores lembranças que guardava da infância estava ligada à figura da sua mãe Hannah. Contava que quando criança contraiu uma séria doença ficando de cama por um tempo, sua mãe ficava próxima à janela, representando o que acontecia do lado de fora da casa, para que o pequeno Chaplin soubesse o que se passava.
Chaplin iniciou sua carreira como mímico, fazendo excursões para apresentar sua arte. Em 1913, durante uma de suas viagens pelo mundo, conheceu o cineasta Mack Sennett, em Nova York, que o contratou para estrelar seus filmes nos estúdios Keystone Film Company.
Douglas Fairbanks, Mary Pickford, Charles Chaplin e David Llewelyn Wark Griffit
Em 05 de Fevereiro de 1919 no auge de seu sucesso, Chaplin fundou a United Artists, juntamente com seus amigos Douglas Fairbanks, Mary Pickford e David Llewelyn Wark Griffit, três artistas hollywoodianos com um objetivo em comum: Ter o domínio dos seus próprios filmes, tanto financeiro como técnico. Crítico ferrenho da sociedade, ele não se cansava de denunciar os grandes problemas sociais, tais como a miséria e o desemprego.
Cenas dos filmes, no alto:
O Garoto, A Corrida do Ouro, Rua da Paz
embaixo:
O Circo e Luzes da Cidade
Foi na United Artists que Chaplin produziu grandes obras como: "O Garoto" em 1921, que conta a história de um bebê que acaba ficando aos cuidados de um vagabundo; "Em Busca do Ouro" em 1925, que se passa no Alasca em plena corrida do ouro; Rua da Paz; O Circo, filme que deu a Chaplin em 1929 seu primeiro Oscar Honorário; "Luzes da Cidade" em 1931, que conta a história do vagabundo que se finge de milionário para impressionar uma florista cega, por qual se apaixonou, sendo esse um filme mudo produzido na época do cinema falado. 
Charles era contrário ao surgimento do cinema sonoro, dizia que o cinema mudo era entendido por todos, mas logo se adaptou e voltou a produzir verdadeiras obras primas: "Tempos Modernos" em 1936, que satiriza a mecanização da modernidade - o Fordismo e "O Grande Ditador" em 1940, em que toma partido contra as perseguições raciais na Europa. Talvez uma resposta à Hitler, pois durante a década de 1930 seus filmes foram proibidos na Alemanha nazista, considerados subversivos e contrários a moral e aos bons costumes. Porém, na verdade, representavam uma crítica ao sistema capitalista, à repressão, à ditadura e ao sistema autoritário que vigorava na Alemanha no período.
Tempos Modernos e O Grande Ditador
Em 1928, no auge da sua carreira, Chaplin perde a sua mãe, Hannah, em 1928. Após passar por sérios problemas mentais, tendo sido internada no Asilo Cane Hill e, posteriormente, ido morar junto ao artista, a mesma falece.
Charles Chaplin tem uma vida sentimental intensa casa-se quatro vezes, as três primeiras com estrelas do cinema. Com 54 anos, conhece a filha do teatrólogo irlandês Eugene O'Neill, Oona, de 18 anos, que se torna sua quarta mulher e com quem vive até o fim da vida, tendo seis filhos.

Em 1952, Chaplin e sua família viajam à Inglaterra. Entretanto, recebe um comunicado de que seu retorno aos EUA estava proibido pelo Serviço de Imigração. A justificativa era de que o artista mantinha laços estreitos com o comunismo. Desse período em diante Chaplin decide morar na Suíça, onde estabelece residência numa bela mansão em Vevey. Chaplin nunca esqueceu a mágoa que sentiu ao ser expulso dos EUA e traduziu isso através de uma de suas obras-primas: Um Rei em Nova York. 
Em 1965, publicou sua autobiografia, Minha Vida.

Em 1972, saiu do exílio especialmente para receber o Oscar Honorário, pelo conjunto da obra. Na ocasião, Chaplin foi ovacionado pelo público presente, sendo este um dos momentos mais emocionantes da sua vida.
Em 4 de março de 1975 recebe das mãos da Rainha Elizabeth II o título de Cavaleiro Real, passando a ser chamado de Sir Charles Spencer Chaplin.
Na noite de Natal do ano de 1977, na sua mansão em Vevey, Chaplin falece aos 88 anos de idade. Ao que parece, estava dormindo quando sofreu um derrame cerebral. Foi enterrado no Cemitério Corsier-Sur-Vevey. Após três meses do sepultamento, seu corpo foi roubado, a quadrilha exigiu uma grande quantidade de dinheiro para a família, para que o corpo fosse devolvido. Uma vez que os ladrões foram capturados pela polícia, a esposa de Chaplin, Oona, realizou uma grande festa, para mil policiais de Vevey. Temendo possíveis furtos do corpo, a família providenciou uma grande barra de concreto para lacrar o túmulo do artista.

Sua obra possui um valor inestimável para o mundo artístico. Chaplin é referência para muitos diretores de cinema, teatro e até mesmo de televisão até nossos dias.

Há uma famosa estátua de Chaplin em Vevey.


Em 1992, um filme sobre sua vida foi feito, com o título Chaplin, dirigido por Sir Richard Attenborough, estrelando Robert Downey Jr., Dan Aykroyd, Geraldine Chaplin (filha de Chaplin, interpretando sua própria avó), Anthony Hopkins, Milla Jovovich, Moira Kelly, Kevin Kline, Diane Lane, Penelope Ann Miller, Paul Rhys, Marisa Tomei, Nancy Travis, e James Woods.

Chaplin, cujo quociente de inteligência era de 140, foi também um talentoso jogador de xadrez e chegou a enfrentar o campeão americano Samuel Reshevsky.
Em grande parte de seus filmes a trilha sonora era de sua autoria, dentre elas as mais famosas são: Smile de Tempos Modernos e Eternally de Luzes da Ribalta. 
Charles tocando violoncelo e regendo orquestra em Mandolin Serenade.

Muitos têm dito que Chaplin seria ateu, entretanto de acordo com seu filho, Charles Chaplin, Jr., em seu livro “Meu Pai, Charlie Chaplin” (inédito no Brasil), páginas 239-240, Chaplin não era um ateu, ele cita-o dizendo: “Eu não sou um ateu” … “Lembro-me de ele dizer em mais de uma ocasião. ” Eu sou definitivamente um agnóstico. Alguns cientistas dizem que se o mundo parasse de girar,  nós todos iríamos nos desintegrar. Mas o mundo continua em curso. Algo deve estar segurando a todos nós no lugar. Alguma Força Suprema. Mas o que é,  eu não poderia te dizer.“

Muitas listas também o citam como um famoso maçom, apesar de nenhum registro, o “vagabundo” normalmente está em perfeita esquadria.

Além de algumas músicas selecionadas no link abaixo há um CD duplo completo chamado: Charlie Chaplin - The essential film music collection, que creio que irão gostar.



Discurso final de O Grande Ditador

 Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.

            Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Queremos viver para a felicidade do próximo e não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.

            O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.  A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

            A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.

            Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!

            Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

            É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!

            Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!

SMILE
Smile canção composta por Charlie Chaplin originalmente em 1936, para seu filme, Tempos Modernos. Em 1954, John Turner e Geoffrey Parsons adicionaram letra à canção. Na letra, o cantor está dizendo para o ouvinte se animar e que há sempre um futuro brilhante, se ele apenas sorrir:

Letra original
tradução
Smile
Though your heart is aching
Smile
Even though it's breaking
When there are clouds in the sky - you'll get by

If you smile through your pain and sorrow
Smile
And maybe tomorrow
You'll see the sun comes shinning through
For you

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear
Maybe ever so near
That's the time
You must keep on trying
Smile
What's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile

That's the time
You must keep on trying
Smile
What's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile

Smile
Though your heart is aching
Smile
Even though it's breaking
When there are clouds in the sky - you'll get by

That's the time
You must keep on trying
Smile
What's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile

You'll find that life is still worthwhile
If you just smile

Smile

Sorria
Embora o seu coração esteja doendo
Sorria
Mesmo que ele esteja partido
Quando houver nuvens no céu- você vai se virar
Se você sorrir durante a dor e a tristeza
Sorria
E talvez amanhã
Você verá que o sol vem brilhando
Para você

Ilumine o seu rosto com alegria
Esconda todo rastro de tristeza
Embora uma lágrima
Possa nunca estar tão próxima
Este é o momento
Que você tem que continuar tentando
Sorria
Qual a utilidade do choro?
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas sorrir

Este é o momento
Que você tem que continuar tentando
Sorria
Qual a utilidade do choro?
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas sorrir

Sorria
Embora o seu coração esteja doendo
Sorria
Mesmo que ele esteja partido
Quando houver nuvens no céu- você vai se virar
Este é o momento
Que você tem que continuar tentando
Sorria
Qual a utilidade do choro?
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas sorrir

Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas sorrir

Sorria