sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Beatles - parte final

Encerrando o tema!
Assim como o Rifkin e Bayless, Peter Breiner ampliou a obra dos Beatles no movimento Barroco com The Beatles Go Baroque, juntamente com a sua Chamber Orchestra, em 1992, este foi o álbum que motivou a procurar por outros no gênero. E dentre os três é o mais “fraco”.



Peter Breiner, nascido em 03 de julho de 1957, na antiga Tchecoslováquia, atual Eslováquia é pianista, maestro e compositor.
Breiner com mais de 150 álbuns como maestro ou pianista. Ele popularmente conhecido por seus arranjos, como versões barrocas dos Beatles e de Elvis Presley – esse eu ainda não ouvi - bem como arranjos de canções natalinas populares.

O álbum Beatles go Baroque, a obra foi dividida em quatro partes:
The Beatles Concerto Grosso nº 1 no estilo de Haendel em cinco movimentos:
I - She Loves You - A tempo giusto
II - Lady Madonna – Allegro – que lembra Hallellujah de Messias
III - Fool on the Hill - Adagio
IV - Honey Pie - Allegro
V - Penny Lane – Allegro

The Beatles Concerto Grosso no 2 no estilo de Vivaldi também dividido em cinco movimentos, lembrando bastante As Quatro Estações:
I - A Hard Day's Night
II - Girl
III - And I Love Her
IV - Paperback Writer
V - Help

The Beatles Concerto Grosso no 3 no estilo de J.S. Bach este dividido em seis movimentos:
I - The Long and Winding Road - Overture
II - Eight Days a Week - Rondeau
III - She's Leaving Home - Sarabande
IV - We Can Work It Out - Bourree
V - Hey Jude - Polonaise
VI - Yellow Submarine

The Beatles Concerto Grosso no 4 – com quatro movimentos e sem qualquer referência ao compositores:
I - Here Comes the Sun
II - Michelle
III - Goodnight
IV - Carry that Weight



quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

The Beatles - parte 2

Como prometido na postagem anterior:


John Bayless, pianista e arranjador norte americano, nascido em Borger uma cidadezinha a cerca de 60 quilômetros ao norte de Amarillo, no Texas. Aos quatro anos tocava piano de ouvido, com a mãe teve as primeiras noções de música, seus ídolos na época era Leonard Bernstein e Liberace. Aos treze já era organista mais jovem da igreja batista de sua cidade natal. Conquistou uma bolsa de estudos aos quinze anos na Escola de Música de Aspen, posteriormente mudou-se para Nova York estudando na Juilliard School of Music com o professor Adele Marcus. Fez mestrado ma Universidade de Nova York com vários professores dentre eles o seu ídolo de infância Leonard Bernstein. Demonstrava muita facilidade na improvisação musical, com isso Bayless imaginou um encontro entre Johann Sebastian Bach e o quarteto de Liverpool, lançando em 1984 o álbum Bach meets The Beatles, neste álbum Bayless reuniu algumas de suas músicas prediletas dos Beatles e criou improvisos no estilo do mestre do barroco.

Uma forma interessante e divertida de escutar este álbum é tentando reconhecer as músicas nos arranjos de Bayless, tanto dos Beatles quanto de Bach.
São quinze faixas presentes no álbum as faixas de abertura e encerramento são versões para Imagine de John Lennon, a primeira em forma de sinfonia e a segunda em forma de ária. Seguem-se faixas de toda a fase dos Beatles, tais como All you need is love, Hey Jude, Because, Let it be, The long and winding road, Penny Lane, Yesterday, Michelle, Nowhere man, And I love her, Golden slumbers, Something e Here, there and everywhere.
Em 1987 lançou outro álbum intitulado Bach on the Abbey Road, e posteriormente outros com a mesma temática, embora repetindo as músicas.


Na próxima postagem completarei a matéria com outro álbum.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

THE BEATLES

Creio que dizer algo sobre este quarteto inglês seria redundância, pois quase tudo já foi dito...


John Winston Ono Lennon, James Paul McCartney, George Harrison e Richard “Ringo Starr” Starkey Junior formaram a banda mais influente da cultura pop internacional. Além dos quatro músicos, foram também integrantes da banda em seus primórdios Stuart Fergusson Victor Sutcliffe e Randolph Pete Best.

Pete Best                         Stu Sutcliffe
Antes do nome The Beatles, tiveram outros nomes, tais como: The Quarrymen, The Rainbow, Johnny and the Moondogs, Long John and the Silver Beetles, The Silver Beatles.

Na época do The Silver Beatles usavam pseudônimos assim Jonh era Johnny Silver, Paul era Paul Ramon, George era Carl Harrison e Stu era Stu Stäel.


Mas o que gostaria de publicar desta vez são três trabalhos de exercício de imaginação... Como seriam as músicas dos Beatles se eles tivessem nascido no século XVIII e fossem contemporâneos de Haendel, Vivaldi e Johann Sebastian Bach, em pleno período Barroco da Música Erudita.

O primeiro: THE BAROQUE BEATLES BOOK

Joshua Rifkin
Jac Holzman

Joshua Rifkin imaginou os Beatles em pleno movimento Barroco com o álbum The Baroque Beatles Book lançado em 1965.

Joshua Rifkin, maestro e pianista, norte-americano, nascido em 22 de Abril de 1944 em Nova York, estudou a música vocal de Bach, responsável pela redescoberta da obra de Scott Joplin, nos anos 70, lançou o disco no auge da beatlemania, por sugestão de Jac Holzman, fundador da editora Nonesuch Records.

Os Beatles lideravam o movimento conhecido nos EUA como "invasão britânica", tantas que foram as bandas inglesas que, depois deles, então ganharam notoriedade. Na mesma época que a música barroca também reconquistava as atenções. Diria Rifkin: Porque não somar as duas parcelas, em busca de uma ideia apelativa?

Assim aos 21 anos, o recém-formado em musicologia e fã dos Beatles, aceitou o desafio e propôs a Holzman, que ele mesmo faria e assinaria todos os arranjos.
Juilliar School - NY
Gravou com antigos colegas da Juilliard School um versão em trio para Eight Days A Week e apresentou a Jac Holzman, que aprovou e autorizou que o projeto prosseguisse.



The Baroque Beatles Book nasce como uma paródia feita com relativa seriedade musical, mas não perde o desejo de brincar quando, no texto que logo em 1965 acompanhava a edição, se explicava, ao jeito do que seria o discurso de um compositor do século XVIII, que era possível comparar as canções de Lennon e McCartney aos grandes mestres do barroco. 

E a própria orquestra ao serviço da gravação foi batizada com humor como Baroque Ensemble of the Merseyside Kammermusikgesellschaft, conforme consta na contracapa do disco. O álbum foi lançado em Novembro de 1965.

Roger Hane
A capa do disco foi assinada pelo ilustrador Roger Hane, retratando compositores clássicos revendo a música "I Want to Hold Your Hand", um deles com uma camisa escrito I like the Beatles.


O número Opus “MBE" remetem à condecoração que os Beatles receberam da Rainha Elizabeth – Ordem do Império Britânico. As duas primeiras partes são inteiramente de variações instrumentais.

A terceira Rifkin conecta o número de 58.000 a uma referência ao público presente ao show dos Beatles no Shea Stadium. 
A ária "Help!" começa com um recitativo tirado de dois livros de John Lennon, In His Own Write e A Spaniard In The Works. O álbum termina com uma sonata para oboé, baixo contínuo, e violino.
I – The Royale Beatleworks Musique, MBE 1963
Overture: I wanna hold your hand e "You gonna lose that girl
Réjouissance: I’ll cry instead
La Paix: Things We Said Today
L'Amour s'en cachant: You’ve got to hide your love away e Les Plaisirs: Ticket to Ride
II - Epstein Variations, MBE69A
Hold me tight
III - Last Night I Said... Cantata for the 3rd Saturday after Shea Stadium, MBE58.000
Chorus: "Last Night I Said"
Recitativo: In they came jorking" Aria: When I was younger – Help!
Coral: You know, if you break my heart – I’ll be back
IV - Trio Sonata – Das Käferlein, MBE0041/4
Grave Allegro Grave: Eight Days a Week
Quodlibet: She Loves You / Thank You Girl / A hard day’s night

Na próxima postagem falarei de outro álbum semelhante a este.

Divirtam-se:
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-Y2JyNmp1bmlDZWM?resourcekey=0-vjjNOVff8EYF7lobSVpSAA&usp=sharing