quarta-feira, 17 de junho de 2015

RICHARD STRAUSS

Quem não conhece a melodia acompanhada de batidas de tímpanos, em volume crescente, com que o diretor Stanley Kubrick inicia o clássico 2001: Uma odisseia no espaço? Richard Strauss escreveu essa introdução, chamada O nascer do sol, para o seu poema sinfônico Assim falou Zaratustra. É com ela que Strauss inicia a sua interpretação sonora do texto do filósofo Friedrich Nietzsche. O nascer do sol é considerado uma das aberturas mais geniais e também uma das mais conhecidas da história da música.

Richard Georg Strauss nascido no dia 11 de junho de 1864, em Munique, na Baviera (atual Alemanha). Filho de Franz Strauss, professor de música e principal trompetista da orquestra da corte de Munique do século XIX e Josephine Pschorr  de uma família cervejeira proeminente de Munique.
Aos quatro anos aprendeu a tocar piano com o pai. Em 1871, compôs suas primeiras partituras: “Schneiderpolka” (uma polca) e “Weihnachtslied” (um cântico de Natal), sua mãe escreveu o texto e coube a Richard fazer a música. Em 1872 recebeu instrução de violino na Escola Real de Música de Benno Walter, primo de seu pai. Estudou teoria musical e orquestração com um regente assistente da Orquestra Tribunal de Munique e também participava de ensaios da Orquestra do Estado Bávaro ou Orquestra do Estado da Baviera. Uma das três maiores orquestras da cidade de Munique, junto com a Orquestra Sinfônica da Rádio Bávara e a Orquestra Filarmônica de Munique.
Antes de completar dez anos, já havia escrito uma serenata para instrumentos de sopro.
Em 1874, ouviu óperas de Richard Wagner, Lohengrin e Tannhäuser. A influência da música de Wagner sobre o estilo de Strauss seria profunda, entretanto seu pai proibiu-o de estudá-lo. Strauss lamentou profundamente a hostilidade conservadora de seu pai para com as obras progressistas de Wagner. A influência paterna foi crucial em seu desenvolvimento musical. Em 1875, frequenta as aulas de composição e instrumentação de Franz Meyer, regente da orquestra da Corte. Em 1876, iniciou estudos de harmonia, contraponto, fuga e piano.
No início de 1882, em Viena, Richard Strauss fez a primeira apresentação do seu Concerto para Violino em Ré menor, tocando uma adaptação para piano da parte orquestral, com seu Benno Walter como solista.
Quando ele deixou a escola já tinha composto mais de 140 obras entre canções, peças orquestrais e de câmara, e continuou a escrever música quase até sua morte.
Ainda em 1882 entrou na Universidade Ludwig Maximilian de Munique (LMU), onde estudou Filosofia, estética e História da Arte, mas não a música. Deixou a universidade três anos depois.
Hans von Bullow
Entre 1884 foi a Berlim, onde estudou brevemente, a arte da regência, observando o maestro Hans von Bülow nos ensaios. Bülow gostava muito do jovem e decidiu que Strauss deveria ser seu sucessor como maestro da orquestra Meiningen. Em 1885, tornou-se seu assistente e, um mês mais tarde, quando Bülow renunciou, tornou-se regente titular daquela orquestra. Foi também diretor das casas de ópera de Weimar (1886), de Berlim (1898) e de Viena (1919-1924).
Em 1885 compõe “Burleske”, para piano e orquestra, primeira partitura de caráter nitidamente Straussiano.
Em 1886, Strauss compôs seu primeiro poema sinfônico, "Aus Italien", iniciando então uma bem-sucedida carreira de compositor.
Faz algumas viagens à Itália, onde compõe seus primeiros poemas sinfônicos: Para os Italianos e Don Juan.
Em 1889 é nomeado maestro assistente em Bayreuth e assume a direção do Teatro da Corte de Weimar. Estreia do poema sinfônico Don Juan e compõe Morte e Transfiguração.
A fim de se restabelecer de uma doença, parte para a Grécia em 1892. No ano seguinte vai à Sicilia e ao Egito. Compõe Guntram, sua primeira ópera em Weimar em 1894.
Pauline de Ahna
No dia 10 de setembro de 1894, Richard Strauss casou-se em Weimar com a soprano Pauline de Ahna. Ela foi a primeira a cantar o papel de Freihild em sua primeira ópera, Guntram. Ela era famosa por ser irascível, tagarela, excêntrica e franca, mas o casamento, ao que tudo indica, era essencialmente feliz e ela era uma grande fonte de inspiração para ele.
Posteriormente, Cosima Wagner o convidou a reger Tannhäuser em Bayreuth, tornando-se amigo da viúva de Wagner. Foi nomeado maestro da Corte de Munique, inicia a composição de “Till Eulempiegel”.
Em 1896 assume a regência titular da Opera de Munique. Paralelamente sucede ao seu protetor Hans von Bülow à frente da Orquestra Filarmônica de Berlim.
A obra que mais o evidenciou foi “Assim falou Zaratustra” com a sua famosa parte inicial, escrita em 1.896, inspirada no livro homônimo de Nietzsche, escrito onze anos antes, narrando a história do filósofo Zaratustra ou Zoroastro, que fundou uma corrente de pensamento, o Zoroastrismo, que critica o modo de vida que existia no novo testamento, dizendo que os homens devem ser livres, ao invés de fazer o que dizem as instituições. Essa nova forma de liberdade se traduziria no nascimento do Super-Homem.
Ao concluir “Assim Falou Zaratustra” e começou a escrever “Don Quixote”. Esta última é uma obra fácil de ser entendida.
Em 1897, o casal teve um filho, Franz Alexander. Em 1924, Franz casou-se com Alice von Grab, uma mulher judia, em uma cerimônia católica. Franz e Alice tiveram dois filhos, Richard e Christian.

Em 1898, instala-se com a família em Berlim, assumindo a direção da Orquestra Imperial da Prússia, fundou a Associação dos Compositores Alemães.

Hugo von Hofmannsthal
Em 1900, em Paris, conhece o poeta Hugo von Hofmannsthal, cujos libretos expressam magistralmente os sentimentos dos personagens e são uma complementação perfeita para a brilhante música de Strauss. 
A parceria teve início em 1909 com a estreia de "Elektra", terminando com a morte do poeta em 1929, seguiram-se a Elektra:
O Cavaleiro da Rosa,
Ariadne em Naxos, 
A Mulher sem Sombra,
A Helena Egípcia (1928)
Arabella (1929-1932).

Em 1905, publica em alemão e com sua própria revisão o Grande Tratado de Instrumentação de Hector Berlioz. 

Strauss Villa
Ainda naquele ano, constrói Strauss-Villa sua residência na Alta Baviera Garmisch-Partenkirchen. O edifício é baseado na lei de conservação de 01 de outubro de 1973, um monumento arquitetônico.

Oscar Wilde
No dia 9 de dezembro de 1905 estreava em Dresden, na Alemanha, a ópera "Salomé",baseada em um drama de Oscar Wilde, a peça desencadeou protestos por causa do erotismo sedutor e perturbador na música e na narrativa, foi o grande sucesso dos palcos em 1905 e 1906. 

Salomé
Com seu poder mortal de sedução, a ópera e a mundialmente famosa Dança dos sete véus foram temporariamente proibidas – mesmo assim, fizeram sucesso nos palcos de toda a Europa.

Irmã desta seria a ópera Elektra, composta entre 1906 e 1908, uma nova fase se abriu na sua produção musical, dedicada principalmente à ópera. Em 1908, assume a direção da Ópera da Corte de Berlim.

Em 26 de janeiro de 1911 estreou em Dresden a divertida ópera "O Cavaleiro da Rosa", provavelmente a peça mais encenada de Richard Strauss. Uma fascinante homenagem à Viena dos tempos da imperatriz Maria Teresa.

Richard Strauss, Pauline e Franz (foto de 1910)
Durante a Primeira Guerra Mundial, Richard Strauss foi ardente partidário da dinastia dos Hohenzollern. Apesar disso, durante a década que se seguiu à derrota da Alemanha o músico foi acolhido internacionalmente com calor e respeito.

Em 1917, colabora com a criação do Festival de Salzburgo, admirador de Mozart que era. Assume em 1919, a co-direção da Opera de Viena ao lado de Franz Schalk.

Em 1923, Strauss esteve no Brasil, onde deu memoráveis concertos no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Stefan Zweig
Abandona todas as suas funções em 1924 para se dedicar à composição. Em 1929, inicia-se uma longa crise existencial, profissional e estética, que durariam dez anos. Em 1931 pede a Stefan Zweig que assine o libreto da ópera A Mulher Silenciosa.
Em 1932, Strauss compôs a ópera "Arabela". Nessa época, a Alemanha já era nazista e Strauss acabou se envolvendo com o regime.
Após a subida ao poder de Hitler (1933), Richard Strauss foi nomeado diretor do Reichsmusikkammer (Câmara de Música do III Reich), cargo que ocuparia por três anos. Isso levou a suspeitas de simpatia com o nazismo, o que fez com que o compositor sofresse o desdém de outros músicos, que protestaram veementemente contra o regime nazista, entre os quais Toscanini, Arthur Rubinstein e Otto Klemperer. É sabido que Strauss dedicou uma canção a Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha Nazista. Por outro lado, sabe-se também que ele colaborou com o escritor judeu Stefan Zweig, autor do libreto de uma de suas óperas, Die Schweigsame Frau, e fez tudo para proteger sua nora, Alice von Grab, que era judia.
Substitui em 1933 os maestros Otto Klemperer e Arturo Toscanini que se recusam a reger no Festival de Bayreuth sob o regime nazista, como este último havia recusado de fazê-lo sob o fascismo italiano. Apesar de exigir que o nome de Zweig constasse dos cartazes de A Mulher Silenciosa, comprometeu-se com o governo a participar das manifestações oficiais e enriquecer com sua arte e imagem os assuntos caros ao regime. Compõe o Hino Olímpico para os Jogos Olímpicos de Berlim de 1936.
Strauss também foi, durante muitos anos, um maestro atuante e promotor de outros compositores, foi ativo na política cultural e defendeu os direitos dos artistas. A fim de melhorar a posição social dos compositores, ele prestou uma contribuição para a mudança da legislação do direito autoral.
Não mais presidente da Câmara de Música do Reich, nos anos seguintes ele se arranjou com o regime, também para proteger a sua nora e netos judeus.
Durante o nazismo era importante que suas peças estivessem suficientemente presentes nas programações e, por esse motivo, a sua atitude oportunista funcionou bem para o nacional-socialismo.
Em 1938, estreia de “Friedenstag” e “Daphne”.
Friedenstag (Dia da Paz), Op. 81, é uma ópera em um ato de Richard Strauss, do libreto alemão escrito por Joseph Gregor. Strauss tinha a esperança de trabalhar novamente com Stefan Zweig em um novo projeto após a sua colaboração anterior de schweigsame Die Frau, mas as autoridades nazistas tinham assediado Strauss sobre a sua colaboração com Zweig, que era de ascendência judaica.
Daphne, Op. 82, é uma ópera em um ato de Richard Strauss, com o subtítulo “Tragédia Bucólica em um ato”. Libreto alemão escrito por Joseph Gregor. A ópera é baseada frouxamente na figura mitológica Daphne de Ovídio's Metamorphoses e inclui elementos tomados de As Bacantes de Eurípides.
Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, cai no ostracismo. Richard Strauss não foi mais importunado pelos nazistas. Com o tempo foi se recolhendo em sua casa de campo em Garmisch e diminuindo suas atividades. Em 1941, conclui a ópera Capriccio.
O tema da ópera Capriccio pode ser resumido como “Qual é a maior arte, poesia ou música?” Esta questão é dramatizada na história de uma condessa dividida entre dois pretendentes: Olivier, um poeta, e Flamand, um compositor.
Em 1944, Richard Strauss comemorou seu aniversário de 80 anos e conduziu a Filarmônica de Viena em gravações de suas próprias grandes obras orquestrais.
Em 1945, estabelece-se na Suíça e reflete sobre sua vida artística na composição de Metamorfoses (Metamorphosen), que muitos consideram ser a sua maior obra.
Após a derrota de Hitler, em 1945, os Aliados instalaram na Alemanha um comitê de “Desnazificação”, e Strauss foi chamado a depor, mas o tribunal o inocentou de qualquer filiação ao Partido Nazista. Convidado a reger seus concertos em Londres em 1947, foi recebido com entusiasmo, naquela que seria sua última e triunfal turnê.
Muita gente se surpreendeu ao saber que Strauss ainda estava vivo quando foi a Londres, em sua primeira viagem de avião, para um festival organizado por Sir Thomas Beecham. Ao ser consultado sobre planos para o futuro, só pôde responder: “Bem... Morrer!”.
Pouco depois, em 1948 compôs seu último trabalho, “Quatro Últimas Canções” (em alemão: Vier Letzte Lieder), um conjunto de obras para soprano e orquestra que estão entre as últimas peças de Richard Strauss, compostas em 1948, quando o compositor tinha 84 anos.
Richard Strauss - 1948
A estreia ocorreu em Londres em 22 de maio de 1950, tendo por solista a soprano Kirsten Flagstad acompanhada da Orquestra Filarmônica, regida por Wilhelm Furtwängler.
Strauss não viveu para ouvir sua obra apresentada. Poucos anos de sua morte, já havia se tornado um dos mais famosos ciclos de canções (lieder) do repertório lírico.
Strauss regeu pela última vez em 1949, nas comemorações de seu 85o aniversário.
Richard Georg Strauss morreu de insuficiência renal com 85 anos em 08 de Setembro de 1949, em sua casa em Garmisch Partenkirchen, na Alemanha. Encontra-se sepultado em Richard Strauss Villa, na Baviera. A esposa de Strauss, Pauline de Ahna, morreu oito meses depois, em 13 de Maio de 1950, com 88 anos.

Richard Strauss é a síntese da música germânica no fim do século XIX e início do XX. Herdeiro direto de Richard Wagner no sinfonismo, de Franz Liszt no conceito (dando continuidade à tradição dos poemas sinfônicos) e de Hector Berlioz na grandiloquência.
Notabilizou-se como regente orquestral na Alemanha e na Áustria.  Ele era um mestre da instrumentação moderna e de uma nova sonoridade. Um mágico do som da Baviera... O compositor tornou-se famoso em todo o mundo.
Não confundir Richard Strauss com a família “Johann Strauss”: pai, filho e irmãos.
Richard Strauss era ateu, duvidava de todas as religiões, exceto talvez a religião da razão. “Eu nunca me converterei, e eu permanecerei fiel a minha velha religião clássica até o fim de minha vida”, declarou pouco tempo antes de sua morte.

Sua atitude dúbia frente ao nazismo continua sendo uma mancha em sua biografia.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Michel BLAVET

Michel Blavet foi um flautista virtuoso da França. Nascido em Besançon no dia 13 de Março de 1.700.
Seu pai, Jean Baptiste Blavet um torneiro de madeira qualificado, profissão que seguiu por algum tempo, até que caiu em suas mãos a sua primeira flauta... Foi na oficina de seu pai, que começou a manipular este instrumento que mais tarde seria sua predileção. Blavet tornou-se famoso por manter entonação impecável, mesmo quando tocava peças ou tonalidades difíceis.
Aos 21 anos de idade, descrevia a si mesmo como um músico. Curiosamente, nunca ter tido um professor, foi autodidata em quase todos os instrumentos que aprendeu a tocar, tendo se especializado na flauta, e no fagote, acabou se tornando um flautista canhoto.
Assim como a maioria dos compositores do período barroco que primeiro conquistaram fama como intérpretes virtuosos; Vivaldi, o violinista, ou Bach, com os teclados, ampliando e enriquecendo o repertório de seus instrumentos. Michel Blavet, talvez, tenha sido o flautista francês mais ilustre de seu século, ampliando as possibilidades do instrumento aperfeiçoado pela família Hotteterre durante o reinado de Luís XIV.
Charles-Eugène Lévis
Em 1723, pouco depois de seu casamento, mudou-se para Paris onde trabalhou para o duque Charles-Eugène Lévis, atraiu elogios de Telemann e Quantz e tinha entre seus fãs Voltaire que expressou sua admiração por sua forma de tocar e Marpurg que o definia como um virtuoso da mais alta excelência. Três anos mais tarde, prestava serviço ao Duque de Carignan, para quem ele escreveu sua primeira composição, em 1728, quando publicou o seu primeiro livro de música para flauta, contendo seis sonatas para duas flautas sem grave.
Suas composições foram feitas principalmente para a flauta. Seus primeiros trabalhos se assemelham com obras de câmara de Corelli, posteriormente suas sonatas se desenvolveram a partir do estilo sonata de violino francês, assumindo o novo estilo galante.
Relatos da época demonstravam que em sua audiência o estilo 'excitante, exata e brilhante do seu modo de tocar fez a flauta popular na França.
    Leclair                Guignon        Mondonville       Aubert
Entre 1731 e 1735 apresentou-se no Spirituel Concerto com Jean Marie Leclair, Jean Pierre Guignon, Jean Joseph de Mondonville, Jean Baptiste Senaillé e Jacques Aubert.
Louis de Borbon - Conde de Clermont
Grão Mestre 
Por volta de 1732, tornou-se superintendente da música de Louis de Borbon, Conde de Clermont, em cujo serviço ele permaneceu por 30 anos. Compôs a Marcha para Grande Loja, tendo sido ingressado na Sublime Instituição por influência do Grão Mestre da Ordem na França, seu patrão.
Em 1740, ele se tornou um flautista na Ópera de Paris.
Muitas de suas obras foram perdidas, as sobreviventes incluem um único concerto que lembra Vivaldi, o Concerto em Lá menor para Flauta e cordas, e três livros com seis sonatas cada, estas obras escritas nas chaves mais fáceis, pois foram feitas para amadores. O primeiro, já mencionado, foi dedicado ao príncipe de Carignan. Os outros dois escritos para flauta e baixo contínuo, publicados em 1732 e 1740, um dedicado à duquesa de Bouillon, em seguida, amante do conde de Clermont, o outro para o próprio Conde. São algumas das obras mais delicadas escritas para a flauta.
Aos quarenta anos de idade era o principal flautista da corte do Rei Luiz XV e da Orquestra de Paris, com estas duas atribuições viu-se obrigado a recusar o convite para o mesmo cargo na corte de Frederick, o Grande, na Prússia, cargo aceito por Quantz. Que teria feito o seguinte comentário sobre Blavet:
"Sua disposição amável e a sua forma envolvente, originou uma amizade duradoura entre nós, e eu sou muito grato a ele por seus numerosos atos de bondade."
Por razões pedagógicas publicou, entre 1744 e 1751, três compêndios de pequenas peças para flautas transversais, violinos e viola, que consiste em arranjos para dois instrumentos, sem linha de baixo, de árias de ópera ou peças para cravo por vários compositores diferentes, incluindo Rameau e Handel, cuja música era raramente ouvida em França no momento.
Em 1752, compôs a primeira ópera cômica francesa ao estilo italiano, Le Jaloux Corrigé.
Algumas de suas partituras trazem marcas para respiração, um h, que ajudam bastante na compreensão do fraseado musical.
Faleceu em Paris no dia 28 de Outubro de 1768.