Johann Sebastian e seus filhos: Carl Phillip Emanuel, Johann Christian, Wilhelm Friedman e Johann Christophe Friedrich. |
Desta
vez falarei sobre os filhos de Johann Sebastian Bach, que teve sete filhos com
Maria Barbara, sua primeira esposa e treze filhos com Anna Magdalena, sua
segunda esposa, sendo que desta extensa prole, quatro foram compositores e
instrumentistas, são eles: Wilhelm Friedman Bach, Carl Phillip Emmanuel Bach,
do primeiro matrimônio, Johann Christian Bach e Johann Christophe Friedrich
Bach, do segundo.
WILHELM
FRIEDMANN BACH
Nascido
em 22 de novembro de 1710, na cidade de Weimar na Alemanha, foi o segundo filho
de Johann Sebastian e de Maria Barbara, o primeiro dos meninos. Era o preferido
do mestre Bach.
Desde
cedo seu pai encarregou-se de sua formação musical e especialmente para ele
compôs Os Pequenos Prelúdios e Fugas (o Klavierbüehlein vor Wilhelm Friedmann
Bach), além de seis sonatas para órgão e os primeiros prelúdios e fugas de O
Cravo Bem Temperado.
Na
segunda metade da década de 1720, foi enviado a Merseburg para estudar violino
com Johann Gottlieb Graun. Ao terminar a escola, em 1729, matriculou-se na
Universidade de Leipzig, onde durante quatro anos estudou direito, filosofia e
matemática, parecia ter um futuro promissor. Trabalhou como ajudante do pai,
dando aulas particulares, ensaiando com os músicos da orquestra. Graças à
influência de seu pai foi aprovado nos testes para organista da Igreja de Santa
Sofia em Dresden em 1.733, cargo que ocuparia por treze anos. Posteriormente
foi ser diretor de música na Chantre de Notre Dame de Halle, tendo à sua
disposição excelentes conjuntos e assim a sua fama de virtuoso tomou
notoriedade. Em 1762, foi convidado para ser mestre de capela em Darmstadt, entretanto
não existe comprovação se chegou a ocupar o lugar. Demitiu-se das suas funções
em Halle em 1764 e, a partir daí, e até o final da vida, passou a dedicar-se
exclusivamente à composição e ao ensino, levando uma vida independente, sem
emprego fixo, primeiro em Halle e, depois, em Brunswick e Berlim.
Os
seus recitais de órgão causaram sensação, arranjou alguns alunos influentes. Wilhelm,
apesar de talentoso, parece ter-se tornado sombrio e pouco regrado na sua vida
social, principalmente pelo alcoolismo. Rapidamente caiu em desgraça na Berlim
do século XVIII. Nos últimos vinte anos da sua vida, a sua situação material
tornou-se cada vez mais precária, passou por dificuldades financeiras sendo
obrigado a vender bens pessoais e manuscritos paternos recebidos em herança
para poder subsistir. A grande influência musical de seu pai se revela, em
algumas passagens de suas composições, por isso atribuía a seu pai algumas das
suas composições, na esperança de facilitar a sua venda. Perdeu ou vendeu cerca
de 100 Cantatas de seu pai. Ficou na história como uma espécie de vilão. Mas é
um estigma injusto, pois foi um excelente compositor.
Morreu
na miséria, devido a uma infecção pulmonar em 01 de Julho de 1784. Ignora-se a
localização da sua sepultura.
Embora
as suas composições, sejam pouco conhecidas do grande público, retratam a forte
personalidade que o destaca entre todos os seus irmãos. Em sua obra aliou o
contraponto e uma inspiração romântica e até impressionista, principalmente em
suas Fantasias. Oscilando entre o velho e o novo, com características que, não
raro, antecipam a tensão emocional do romantismo, ao lado de elementos barrocos
“arcaicos”, intimamente relacionado à estética da escola de organistas do norte
da Alemanha do final século XVII. Apesar dessa ambivalência estética deixou boa
quantidade de peças de excelente qualidade e foi muito apreciado há seu tempo
pela notável capacidade de improvisação.
Ao
todo foram: Uma Missa alemã em ré menor, 21 cantatas, 9 sinfonias, obras para
órgão (fugas, prelúdios de coral), música de instrumentos de tecla (12 sonatas,
8 fugas, 42 polonesas, 10 fantasias, uma dezena de concertos).
Para ouvir algumas peças de sua obra acessem ao link:
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