quarta-feira, 28 de março de 2018

As Sete Palavras de Cristo


As sete frases de Jesus na cruz são uma coleção de sete breves frases segundo a tradição pronunciadas por Jesus durante sua crucificação. 

Estas frases ou palavras, em seu sentido lato, são objeto de uma devoção especial e de meditação principalmente durante a Semana Santa, entre os Cristãos, e foram recolhidas dos Evangelhos. 

Sua ordem e expressão variam ligeiramente entre os diversos Evangelhos, e seu conjunto completo não é encontrado em nenhum deles.

Duas primeiras aparecem no Evangelho de Lucas e são:

- "Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem." (Lucas 23:34). 

Dita em forma de prece para que Deus perdoasse a ignorância daqueles que o crucificavam: os soldados romanos e a multidão que o acusava.


- "Em verdade eu te digo hoje estarás comigo no Paraíso." (Lucas 23:43). 

Ao ser crucificado, a cruz em que estava Jesus, fica entre as de dois ladrões. O ladrão à sua direita reconhece sua inocência, e pede que seja lembrado quando Jesus entrar em seu Reino, e Jesus lhe responde daquela forma.

A próxima encontra-se no Evangelho de João:

- "Mulher”! Eis aí o seu filho... Então disse ao discípulo: Eis aí tua mãe... " (João 19:26-27). 

No alto da cruz, Jesus contempla os poucos amigos que o seguiram até o Calvário, e com aquelas palavras confia seu discípulo, o nome não é citado, acredita-se que seja João, aos cuidados de sua mãe Maria, e ela a ele.

A quarta é a única citada em dois evangelhos, Mateus e Marcos, e não traduzida, mantida em aramaico:


- "Elí, Elí, lama sabactani? (Deus, meu Deus, por que me abandonaste?)" (Mateus 27:46 e Marcos 15:34). 

Expressa o sentimento de total abandono experimentado por Jesus em seu sacrifício.

A quinta e a sexta encontram-se no Evangelho de João:

- "Tenho sede". (João 19:28)

A demonstração da natureza humana de Jesus, uma afirmação de que Ele era de carne e osso, tinha fome e sede como todos os humanos.


- "Está consumado" (João 19:30)

Jesus declara que tudo o que devia ser feito foi cumprido.





A sétima e última palavra encontra-se no Evangelho de Lucas:


- "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito". (Lucas 23:46)

Terminada sua agonia, Jesus se abandona aos cuidados de seu Pai e, assim fazendo, expira.


Este ciclo de frases foi tomado como ponto de partida para diversas criações musicais de importantes compositores eruditos, aqui apresentarei duas delas:

Septem verba a Christo (Sete Palavras de Cristo) de Pergolesi.

Die sieben letzten Worte unseres Erlösers am Kreuze (As sete últimas palavras do nosso Redentor na cruz), tanto a versão para vozes, para fortepiano e para quarteto de cordas, de Joseph Haydn.

Pergolesi
Giovanni Battista Draghi, de alcunha Pergolesi, nascido em Jesi no dia 4 de janeiro de 1710 e falecido em Pozzuoli no dia 17 de março 1736, foi um compositor, organista e violinista italiano de óperas e música sacra do período barroco.

Biblioteca Estatal da Bavária
Os estudiosos ao longo dos anos chegaram a conclusões diferentes sobre se o trabalho foi ou não realmente por Giovanni Battista.

Pois inicialmente tinham como base apenas um manuscrito incompleto catalogado na Bayerische Staatsbibliothek desde 1882 e considerado genuíno. 

Abadia de Kremsmunster
Abadia de Aldersbach
Pesquisas recentes determinaram que a obras As Sete Palavras de Cristo são mesmo de Giovanni Battista Draghi - Pergolesi, desde que foi descoberta por Hermann Scherchen, mais dois manuscritos nas abadias de Kremsmunster e Aldersbach, que resolveu a questão da autenticidade de uma vez por todas e a obra-prima perdida de Pergolesi. Tratada como “uma das obras de arte mais sinceras, cheias de ternura profunda e conquistando senso de beleza”'.

Hermann Scherchen
O trabalho era no mínimo popular em boa parte da Europa.

O motivo maior da desconfiança da sua autoria deve-se ao fato de não ser parecida com o famoso Stabat Mater do compositor, aparentando-se mais com as cantatas de Bach, com solistas representando Cristo e a alma.

A obra consiste em sete pares de árias, com algumas das árias precedidas por recitativos.

Cada um dos pares representa uma das sete últimas palavras de Cristo na cruz. É, portanto, uma peça bastante elaborada e bastante intelectual, atípica de Pergolesi.

A escrita orquestral (com trompas, trompete, harpa e alaúde) também difere de tudo que consta na obra de Pergolesi.

A Obra foi premiada no Festival de Beaune em julho de 2012 e gravada pouco depois pela Akademie fur Alte Musik Berlin regida por René Jacobs. 

Os solistas são: a soprano Sophie Karthauser, o contra-tenor Christophe Dumaux, o tenor Julian Behr e o baixo-barítono Konstantin Wolff.

JOSEPH HAYDN recebeu a encomenda desta obra em 1786, para a celebração da Sexta Feira Santa no Oratório da Santa Cueva em Cádiz, Espanha, trata-se de uma obra inicialmente orquestral e foi apresentado em Paris, Berlim e Viena.

Oratório da Santa Cueva
O compositor adaptou-o em 1787 para quarteto de cordas e em 1796 como um oratório (com vocais solo e coral), e aprovou uma versão para piano solo.
Don José Saenz

O sacerdote que encomendou a obra, Don José Sáenz de Santa Maria, pagou a Haydn de uma maneira muito incomum - enviou ao compositor um bolo que estava recheado de moedas de ouro.

O próprio Haydn explicou a origem e a dificuldade de escrever o trabalho quando a editora Breitkopf & Härtel publicou (em 1801) uma nova edição e solicitou um prefácio:

Publicação
Breitkopf & Härtel
“Cerca de quinze anos atrás, fui requisitado por um cânone de Cádiz para compor música instrumental sobre as Sete Últimas Palavras de Nosso Salvador na Cruz. Era costume na Catedral de Cádiz a produção de um oratório anualmente na Quaresma, o efeito da apresentação não sendo um pouco melhorado pelas seguintes circunstâncias. 

As paredes, janelas e pilares da igreja estavam cobertos por tecido preto, e apenas uma grande luminária pendurada no centro do telhado quebrava a solene escuridão. Ao meio-dia, as portas foram fechadas e a cerimônia começou. Depois de um curto culto, o bispo subiu ao púlpito, pronunciou a primeira das sete palavras e proferiu um discurso sobre elas. Ao término, ele deixou o púlpito e caiu de joelhos diante do altar. 

O intervalo era preenchido pela música. O bispo, então, de maneira semelhante, pronunciou a segunda palavra, depois a terceira, e assim por diante, a orquestra seguindo a conclusão de cada discurso. Minha composição estava sujeita a essas condições, e não era tarefa fácil compor sete adágios com duração de dez minutos cada, e sem fatigar os ouvintes; de fato, achei completamente impossível me impor àqueles limites”.

A obra original de 1786, para orquestra clássica completa é a seguinte:


Introdução em Ré menor - Maestoso ed Adagio;
Sonata 1 - "Pater, dimitte illis, quia nesciunt, quid faciunt” (Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem) em B bemol maior – Largo;
Sonata 2 - "Hodie mecum eris in paradiso” (Hoje estarás comigo no paraíso) em Dó menor terminando em Dó Maior - Grave e cantábile;
Sonata 3 - “Mulier, ecce filius tuus” (Mulher, eis o teu filho) em Mi Maior - Grave
Sonata 4 - "Deus meus, Deus meus, utquid dereliquisti me"  (Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?) em fá menor – Largo
Sonata 5 - “Sitio” (Sede) em Lá maior - Adagio
Sonata 6 - "Consummatum est"  (Terminado) em Sol menor, terminando em Dó menor - Largo
Sonata 7 - “In manus tuas, Domine, commendo spiritum meum“ (Nas tuas mãos, entrego o meu espírito) em Mi bemol maior - Largo
Il terremoto (Terremoto) em Dó menor - Presto e con tutta la forza.
As sete meditações sobre as últimas palavras são extraídas dos quatro evangelhos. O movimento "Terremoto" deriva de Mateus 27:51. Grande parte da obra é consoladora, mas o "Terremoto" traz um elemento contrastante de intervenção sobrenatural - a orquestra é convidada a tocar presto e con tutta la forza - e fecha com o único fortíssimo (triplo forte) da peça.


A pedido de sua editora, Artaria, o compositor produziu em 1787 uma versão reduzida para o quarteto de cordas: Opus 51 de Haydn. Esta é a forma na qual a música é mais ouvida hoje: um grupo de sete obras (Hoboken-Verzeichnis III / 50-56), com a introdução adjacente Sonata I e Sonata VII unidos pelo terremoto. A primeira parte do violino inclui o texto em latim diretamente sob as notas, que "falam" as palavras musicalmente.

Durante sua segunda viagem a Londres (1794- 1795), em Passau, Haydn ouviu uma versão revisada de seu trabalho, amplificado para incluir um coro, preparado pelo Kapellmeister Joseph Friebert. 

Barão Gottfried van Swieten
As palavras não eram a poesia latina original, mas pietista, escrita em alemão. Haydn ficou impressionado com o novo trabalho e decidiu aperfeiçoá-lo, preparando sua própria versão coral. 

Ele teve a ajuda do barão Gottfried van Swieten, que revisou as letras usadas por Friebert. Este foi o primeiro trabalho com van Swieten como libretista, que continuou com os oratórios posteriores The Creation and The Seasons.

A versão coral foi estreada privadamente em Viena, em 26 de março de 1796, perante uma audiência da nobreza, sob o patrocínio da Gesellschaft der Associierten. 

A estreia pública foi em 1º de abril de 1798, exatos 220 anos deste Domingo de Páscoa, patrocinada pela Tonkünstler-Societät, uma sociedade beneficente vienense para músicos. O trabalho foi publicado em 1801.


A editora de Haydn fez uma versão para piano, que Haydn aprovou pessoalmente. Esta versão não é gravada com muita frequência.

sexta-feira, 16 de março de 2018

PORGY & BESS



O Outono de 2018 teve início no dia 20 de Março às 13h14 e terminará no dia 21 de junho de 2018.

Esta estação é caracterizada pela troca de folhas das árvores sazonais, que começam a se preparar para a chegada do inverno. No Hemisfério Sul é chamado de "austral", enquanto no Hemisfério Norte é conhecido por "outono boreal".

Mas não falaremos disso e sim de uma obra específica - PORGY AND BESS dos irmãos George & Ira Gershwin e DuBose Heyward, aqui interpretada por Ella Fitzgerald e Louis Armstrong.
George & Ira

Seu libreto conta a história de Porgy, um mendigo deficiente físico que vive nas favelas da fictícia Catfish Row (baseada em Cabbage Row em Charleston, Carolina do Sul). Narrando a tentativa de Porgy em resgatar sua amada Bess das garras de Crown, seu amante violento e possessivo, e Sportin' Life, o traficante.

Concebida originalmente por George Gershwin como uma "ópera folclórica americana", Porgy & Bess estreou em Nova York no outono de 1935, e tinha um elenco composto unicamente de cantores negros com formação clássica - uma escolha artística ousada na época. Gershwin escolheu a musicóloga Eva Jessye, também afro-americana, como diretora de coro da ópera.

Cartaz 1976
A obra foi aceita como uma ópera legítima nos Estados Unidos somente em 1976, quando uma ocorreu uma produção da Houston Grand Opera da partitura completa de Gershwin.

Em 1985, a Metropolitan Opera de Nova York interpretou a obra pela primeira vez, transmitindo-a ao vivo como parte de suas tradicionais apresentações de sábado à tarde.

Seu sucesso, no entanto, não veio sem controvérsias, desde o início alguns críticos a consideraram um retrato racista dos negros americanos.

Momento em que é interpretada
a canção Summertime
"Summertime" é a canção mais conhecida de Porgy and Bess, outros trechos populares que foram gravados e lançados frequentemente no formato de canção são "It Ain't Necessarily So", "Bess, You Is My Woman Now", "I Loves You Porgy" e "I Got Plenty o' Nuttin'".

A ópera é admirada pela síntese inovadora de Gershwin das técnicas orquestrais europeias com os idiomas do jazz e da música folk.

Os Intérpretes:

Ella Jane Fitzgerald nascida em Newport News, na Virgínia, no dia 25 de Abril de 1917 foi mundialmente conhecida como a Primeira Dama da Canção e Lady Ella, foram cinquenta e nove anos de uma carreira de sucesso, como atriz, cantora e compositora, vencedora de catorze prêmios Grammy. 
Considerada pelos críticos como a maior cantora do Século XX, com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, com uma dicção perfeita. 
Faleceu aos 79 anos, no dia 15 de Junho de 1996, em Beverly Hills, Califórnia.

Louis Daniel Armstrong nascido em Nova Orleans, na Louisiana, no dia 04 de Agosto de 1901, considerado como a personificação do Jazz, conhecido também como Satchmo ou Pops,  é famoso tanto como cantor quanto como solista, com seu trompete.
Era também ativista social e se dedicava a causas de diferentes movimentos, pertenceu a Maçonaria, algumas páginas de internet afirmam que ele era membro da Loja de Montgomery, mas não há provas, em sua autobiografia ele escreve que era membro de uma Loja dos Knights of Pythias (Cavaleiros de Pythias).
Trabalhou até os seus últimos dias, e morreu dormindo em sua casa, em Nova Iorque, no dia 6 de julho de 1971.
As suas últimas palavras foram: "I had my trumpet, I had a beautiful life, I had a family, I had Jazz. Now I am complete." ("Eu tive o meu trompete, uma vida linda, uma família, o Jazz. Agora estou completo.").

O disco em questão:

Gravado entre Agosto e Outubro de 1957, pelo selo Verve.

O álbum é considerado o mais bem sucedido musical entre as versões vocais de jazz da ópera e foi lançado para coincidir com a versão do filme de 1959. 

O disco conta ainda com a participação de Paul Smith no piano e Alvin Stoller na bateria, além da orquestra regida pelo maestro e arranjador Russell Garcia.

Paul Smith                         Alvin Stoller                 Russell Garcia

"Louis Armstrong + Ella Fitzgerald + Porgy & Bess = Clássico Absoluto. Reunir dois mestres em seus respectivos “instrumentos” tocando o maior clássico da música americana do século XX só poderia dar um resultado: absolutamente fantástico.
Louis e Ella, Ella & Louis, Porgy & Bess… este CD nem precisa ser comentado. Na verdade, tem de ser ouvido, e ouvido novamente, e novamente ouvido… garanto que nunca vão se cansar... desde o arranjo inicial da abertura, a famosa dupla mostra o porquê de serem considerados ícones do Jazz do século XX. Não dá para não se emocionar com Ella & Louis cantando Sumertime, Ou Ella lamentando em “My man´s gone now”, Louis solando em “I Got plenty of Nuttin”…" (Texto extraído do Blog  pqpbach.sul21.com.br)


Como dito no texto acima Ouçam!






quarta-feira, 14 de março de 2018

GIARDINI




Felice Giardini foi um compositor e violinista italiano, nascido em Turim no dia 12 de Abril de 1716, conhecido também com Felice de Giardini.

Somis
Seu pai ao perceber que ele era uma criança prodígio, decidiu enviá-lo a Milão, canto, composição e cravo com Paladini em Milão, Felice Giardini voltou a Turim para estudar violino com Giovanni Battista Somis. 

Foi como violinista que alcançou a fama de virtuoso.

Aos doze anos de idade ele já tocava em algumas orquestras de teatro.

Jommelli
Em certa ocasião, Felice Giardini atuava como assistente de concertista, ou seja, líder da orquestra, durante uma ópera, tocou uma passagem solo para violino que o compositor Niccolò Jommelli havia escrito. O jovem músico decidiu demonstrar suas habilidades e improvisou variações que o autor não havia escrito. Embora o público tenha aplaudido alto, Jommelli, que estava presente, não ficou satisfeito e, de repente, levantou-se e deu uma bofetada na cara de Giardini, que anos mais tarde, observou:

- Foi aquela a lição mais instrutiva que já recebi de um grande artista!

Burney
Durante a década de 1750, visitou a Europa como violinista, alcançando muito sucesso em Paris, Berlim e especialmente na Inglaterra, onde ele finalmente se instalou e permaneceu por quarenta anos. 

Ele conseguiu grande notoriedade como intérprete de concertos, professor de violino, cantor e cravo e também como maestro.

Charles Burney descreveu-o como "o maior violinista da Europa".
JC Bach

Em 1752 ele assumiu a direção da orquestra da Ópera italiana, ele ocupou esse cargo em duas outras ocasiões, de 1756 a 1759 e de 1763 a 1764 e deu concertos solo sob os auspícios de Johann Christian Bach de quem era amigo íntimo.

Ele se casou com Maria Caterina Violante Vistris, uma cantora italiana, em agosto de 1753 em Bramham.

De 1774 a 1780 foi o primeiro violino dos Concertos do Pantheon. Ele voltou a dirigir a orquestra de ópera (1776-77, 1782-83), ao mesmo tempo em que foi o mestre de música do Duque de Gloucester e do Duque de Cumberland.

Em 1784, uma breve permanência na Itália, em Nápoles, para dirigir um teatro, mas encontrou contratempos financeiros. 

Retornou a Londres em 1790, onde fundou um conjunto de ópera cômica no Little Theatre de Haymarket, mas novamente falhou como empresário. Os tempos mudaram, e ele não era mais lembrado. 

Partiu então para a Rússia, mas novamente teve pouca sorte, morrendo em Moscou em no dia 08 de Junho de 1796.

De 1751 a 1790, ele publicou em Londres, Paris e Amsterdã, 31 volumes de música instrumental com sonatas para cravo e flauta, duos para dois violinos e para violino e violoncelo; trios, quartetos, quintetos e concertos para violino. Ele também compôs quatro óperas e um oratório: Ruth.

Sua música de câmara combina o chamado Galant Style com o classicismo do meio século 18 de Johann Christian Bach, os Stamitz e a escola de Mannheim.

No Galant Style, a escrita enfatiza as qualidades solo dos instrumentos, em vez de escrita parcial, para criar um todo. 

Giardini, embora escrevesse quartetos de cordas e quartetos para outros instrumentos - uma forma nova e em evolução na época - concentrado em trios de escrita, principalmente aqueles para violino, viola e violoncelo, dos quais ele escreveu pelo menos 18 peças.

A música de Giardini é conhecida entre as igrejas protestantes por seu "Hino italiano" ou "Moscou", que muitas vezes acompanha o texto "Come, Thou Almighty King" ("Venha, o Rei Todo-Poderoso") e também o hino de John Marriott "Thou whose almighty word” ("Você cuja voz todo-poderosa").

Curiosidade: Há uma rua na zona sul de São Paulo, no Jardim Coimbra com o seu nome. 



quinta-feira, 8 de março de 2018

FASCH



Johann Friedrich Fasch foi um violinista e compositor alemão.

Reinhard Keiser
Nascido na cidade de Buttelstedt, onze quilômetros ao norte de Weimar, no dia 15 de abril de 1688, sendo o filho mais velho do professor Friedrich Georg Fasch e sua esposa Sophie Wegerig.

Johann Kuhnau
Após a morte de seu pai em 1700, Johann Fasch viveu com o tio materno, o clérigo Gottfried Wegerig em Göthewitz, e foi presumivelmente ali que conheceu o compositor Reinhard Keiser.

Fasch enquanto menino fez parte do coro em Weissenfels e estudou com Johann Kuhnau na Escola St. Thomas em Leipzig. 

Em 1708 fundou Collegium Musicum. Em 1711, ele escreveu uma ópera a ser realizada no Festival de Peter-Paul em Naumburg, e um segundo para o festival em 1712.

Em 1714 viajou para Darmstadt onde estudou composição por três meses. Em seguida, ele viajou extensivamente na Alemanha, tornando-se um violinista na orquestra em Bayreuth, foi um copista em Gera até 1719 e de 1719 até 1721 ocupou o posto de organista na Corte de Greiz.

Seguiu então para Praga, onde atuou por dois anos como Kapellmeister e compositor da corte do conde Morzin. 

Em 1722, ele "relutantemente aceitou a posição" de Kapellmeister no tribunal de Zerbst, cargo que ocupou até sua morte. Teve como assistente o organista Johann Ulich.
Escola St. Thomas 
Ainda em 1722, foi convidado a se candidatar ao cargo de Thomaskantor (diretor do coro) em Leipzig na Escola St. Thomas, mas abdicou. O cargo acabou por ser preenchido por Johann Sebastian Bach, que tinha estima considerável para Fasch.

Seus trabalhos incluem cantatas, concertos, sinfonias e música de câmara. Nenhuma de suas obras foram publicadas em vida, e de acordo com The New Grove Dictionary of Music and Musicians em 2014, "parece que a maioria de suas obras vocais (incluindo 9 ciclos completos cantata, pelo menos 14 missas e quatro óperas) foram perdidos, enquanto as obras instrumentais são principalmente existentes. 

Entretanto a sua música foi amplamente executada em sua época e foi tido em alta consideração pelos contemporâneos.

Carl F C Fasch
Georg Philipp Telemann realizou um ciclo de suas cantatas sacras em 1733 em Hamburgo. Um trabalho órgão atribuído a Bach como BWV 585 foi reconhecido por ser um arranjo de movimentos a partir de um trio Sonata de Fasch.


Fasch morreu em Zerbst, aos 70 anos de idade, no dia 5 de dezembro de 1758. Ele foi o pai de Carl Friedrich Christian Fasch, nascido em 18 de novembro 1736, que como seu pai também foi músico.


Hugo Reimann
Em 1900, Hugo Reimann afirmou que o estilo de Fasch foi um elo importante entre os períodos barroco e clássico.


Ouça e aprecie sem moderação