quinta-feira, 14 de março de 2019

BARBER



Samuel Osborne Barber foi um compositor americano de música orquestral, ópera, coral e música de piano, nascido em West Chester, na Pennsylvania no dia 9 de Março de 1910, filho de Marguerite McLeod, uma pianista de ascendência britânica e do médico Samuel Le Roy Barber.

Louise Homer
Sua tia Louise Homer, que era contralto no Metropolitan foi quem despertou o seu interesse pela música.

Ele começou a estudar piano aos seis anos de idade e aos sete anos compôs sua primeira obra Sadness, uma peça de 23 compassos para piano solo em Dó Menor.

Sua família queria que ele fosse um menino americano típico, atlético e que jogasse futebol, entretanto, ele preferia a música, inclusive tendo escrito uma carta a sua mãe, desabafando e demonstrando o seu desejo em prosseguir na música, e que não lhe pedisse para ser atleta.

Aos dez anos arriscou-se em sua primeira ópera intitulada The Rose Tree, com doze anos de idade, conseguiu um emprego como organista na igreja local.
Fachada atual do Curtis Institute
Aos catorze anos ingressou no Curtis Institute of Music na Philadelphia, onde estudou piano com Isabelle Vengerova, composição com Rosario Scalero e George Frederick Boyle, e voz com Emilio de Gogorza.
Isabelle Vengerova, Rosario Scalero, G.F. Boyle e Emilio de Gorgoza

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No Instituto de Música conheceu Gian Carlo Menotti, que se tornou seu parceiro na vida.

M.L.Curtis Bok
Samuel Barber era um prodígio em composição, voz e piano, tornando-se o favorito da fundadora do conservatório, Mary Louise Curtis Bok.

Com dezoito anos, Barber ganhou o Prêmio Bearns Joseph H. da Universidade de Columbia por sua sonata para violino, destruído pelo compositor.


Seu primeiro trabalho orquestral, uma abertura para a peça teatral The School for Scandal, composta em 1931, quando ele tinha 21 anos.
Toscanini

Em 1935, ele foi agraciado com o American Prix de Rome.

Uma de suas obras mais conhecidas o Quarteto para Cordas Op. 11 composto em 1936, sua fama deve-se ao seu Adagio que foi orquestrado por Arturo Toscanini e foi utilizada numa transmissão radiofônica como homenagem ao Presidente Roosevelt após o seu falecimento (1945). 

Esta obra foi utilizada em filmes como:

Platoon 

O Homem Elefante

Óleo de Lorenzo

Em 1942, depois que os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial, Barber se alistou na Força Aérea Americana, nesta ocasião compôs a sinfonia foi originalmente intitulado Symphony Dedicado às Forças Aéreas e foi estreada no início 1944 por Serge Koussevitsky e a Orquestra Sinfônica de Boston, e revisada por Barber em 1947.

Isaac Stern
P.B.Shelley
Outras obras de destaque são "Concerto para Violino" Opus 14 sendo este interpretado pelo grande violinista Isaac Stern, "Music for a Scene from Shelley", Opus 7 baseada num poema de Percy Bysshe Shelley.

Samuel Barber foi agraciado com o Prêmio Pulitzer duas vezes:

Em 1958, para a sua primeira ópera Vanessa, e em 1963 para o seu Concerto para Piano e Orquestra.

A partir de 1966, depois do fracasso de sua Ópera Anthony & Cleopatra, tornou-se recluso, continuando a compor até quase os setenta anos de idade. The Third Essay for orchestra (Terceiro ensaio para orquestra), composta em 1978, foi seu último grande trabalho. Neste período sofreu com depressão e alcoolismo.

Barber morreu de câncer em 23 de janeiro de 1981 em seu apartamento 907 Fifth Avenue, em Manhattan com a idade de 70.  O funeral realizou-se na Primeira Igreja Presbiteriana em Nova York três dias mais tarde. Ele foi sepultado no Cemitério Oaklands em sua cidade natal de West Chester, Pensilvânia.


Além de compor, Barber foi ativo em organizações que tentaram ajudar os músicos e promover a música. Foi presidente do Conselho Internacional de Música da UNESCO. Ele trabalhou para trazer a atenção e melhorar as condições adversas que enfrentam músicos e organizações musicais no mundo.

Ele foi um dos primeiros compositores norte-americanos para visitar a Rússia (então parte da União Soviética). Barber também foi influente na campanha bem sucedida de compositores contra ASCAP, cujo objetivo era aumentar royalties pagos aos compositores.

Samuel Barber, dizia que compunha para si próprio, seguindo o seu impulso, a sua forma de trabalhar, não se preocupando com estéticas musicais.

Curiosidade:
Muitas de suas obras se perderam, porque o próprio compositor rasgou muitas de suas partituras manuscritas e não publicadas.


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