quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

TODAS AS MANHÃS DO MUNDO


Cartaz do filme
Na postagem anterior fiz um breve comentário sobre o filme “Todas as manhãs do mundo” (Título original em francês: Tous les matins du monde. Não tive a oportunidade de assistir ainda, estou caçando por ele. Pelo que li em vários sites trata-se de uma história do encontro entre um mestre e seu discípulo na busca da essência da música.

Saint Colombe é dado a disciplina e a morbidez, enquanto que Marais é a voluptuosidade e o gosto pela vida mundana, com suas glórias e as riquezas. A estória ou história se passa em 1650, na França de Luís XIV – o Rei Sol.
Viola da gamba
inglesa (com 6 cordas)

Viola da Gamba
francesa (com 7 cordas)
O senhor de Sainte Colombe, o maior violista da França, sofre uma grande perda, ao regressar a casa e descobre que a sua mulher faleceu enquanto esteve ausente, constrói uma pequena cabana nos jardins de sua propriedade nos arredores de Paris, evitando o mundo exterior, ali se dedica às suas filhas Madeleine e Toinette e ao seu único prazer que é a viola da gamba, que revoluciona, acrescentando mais uma corda ao instrumento e mudando até a forma de segurá-lo.

A viola, parente próxima do violoncelo, era então o instrumento predileto das cortes francesas e inglesas.

O livro
Os rumores sobre a sua música que chegaram à Corte de Luís XIV, impulsionado por isto o jovem Marin Marais, vai visitá-lo com um pedido: ele quer aprender a tocar, o mestre recluso o aceita como discípulo, Marin era filho de sapateiro, que mais tarde acabaria aclamado como um gênio renovador da viola da gamba.

O filme é baseado no livro homônimo do escritor francês Pascal Quignard, que assina o roteiro junto ao diretor Alain Corneau, falecido em 30 de Agosto de 2010.

"Todas as Manhãs do Mundo", é considerado a obra-prima de Alain Corneau, sendo uma linda declaração de amor à música, no estilo de Amadeus.

Alain Corneau
Jordi Savall
A narrativa vai além da relação entre Marin Marais e Jean de Sainte-Colombe, é uma grande reflexão sobre a música, e este aspecto o torna extraordinário.

A trilha sonora explora não só Marais e St. Colombe, mas também Lully, Couperin e muita música original composta e tocada por Jordi Savall.

O elenco conta com:
Gerard Depardieu                  Jean-Pierre Marielle          Guillaume Depardieu
Jean-Pierre Marielle como Monsieur de Sainte Colombe
Gérard Depardieu como Marin Marais
Guillaume Depardieu como Marin Marais na juventude

Anne Brochet                Caroline Sihol                    Carole Richert
Anne Brochet como Madeleine
Caroline Sihol como Madame de Sainte Colombe
Carole Richert como Toinette

Michel Bouquet   Jean Claude Dreyfuss     Yves Gasc       Jean Marie Poirier
Michel Bouquet como Baugin
Jean-Claude Dreyfus como Ábade Mathieu
Yves Gasc como Caignet
Jean-Marie Poirier como Monsieur de Bures

Yves Lambrecht e Myriam Boyer
Yves Lambrecht como Charbonnières
Myriam Boyer como Guignotte

As músicas apresentadas no filme são:
- Sainte Colombe: Les pleurs; Gavotte du tendre; Le retour
- Marin Marais: Improvisation sur les Folies d'Espagne; L'arabesque; Le Badinage; La rêveuse
- Lully: Marche pour la cérémonie des Turcs
- François Couperin: Troisième leçon de Ténèbres
- Savall: Prélude pour Monsieur Vauquelin; Une jeune fillette, d’après une mélodie populaire; Fantaisie en mi mineur, d’après un anonyme du XVIIème

Trilha Sonora do filme
Teorba

Além de Savall, os músicos são:
as sopranos - Monserrat Figueras e Mari-Cristina Kiehr,
viola da gamba - Christophe Coin e Jérôme Hantaï,
teorba - Rolf Lislevand e;
cravo e órgão - Pierre Hantaï (cravo e órgão).




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