Inclui uma nova letra para o Hino ao Sete de Abril e acrescentei esta versão no link.
Hino Nacional Brasileiro
Hino Nacional Brasileiro
Nestes
dias de Copa do Mundo, vemos e ouvimos o nosso Hino cantado a plenos pulmões
pelos jogadores e pela torcida brasileira nos estádios, num momento inconteste
de patriotismo. Entretanto a letra nem sempre é cantada de acordo com os
versos oficiais.
Além
disto, o nosso Hino é repleto de palavras que a grande maioria da população
desconhece o real significado, e apenas repetem aquilo que acreditam ser o
correto. Desde o dia 22 de Setembro de 2009 tornou-se obrigatório em escolas
públicas e particulares de todo o país ao menos uma vez por semana todos os
alunos do ensino fundamental devem cantá-lo.
Oras,
mas será que basta apenas cantá-lo ou seria necessário também interpretá-lo e
entender o significado de suas palavras?
Pensando
nisto, decidi que faria uma postagem diferente nesta semana, discorrerei sobre
o Hino Nacional Brasileiro.
A
Constituição Federal de 1988, em seu artigo 13 parágrafo 1 diz:
- São
símbolos da República Federativa do Brasil: a bandeira, o hino, as armas e o
selo nacionais.
Série América:"Simbolos Nacionais"Arte de João Guilherme lançada em 07/09/2010 - Tiragem: 600.000 selos |
Um pouco de História:
Francisco Manuel da Silva |
Francisco
Manuel da Silva nascido no Rio de Janeiro em 21 de Fevereiro de 1795, foi
violoncelista, compositor e regente, ainda menino estudo com o Padre José
Maurício Nunes Garcia, falaremos dele mais a frente, faleceu em 18 de Dezembro
de 1865. Dedicou-se à música desde a infância, fundando a Sociedade Beneficente
Musical e o Conservatório de Música do Rio de Janeiro. Durante boa parte de sua
vida trabalhou como copista e arquivista da orquestra da corte. Foi o responsável
pela melodia do Hino Nacional Brasileiro, mas como sempre dizem que o Brasil é
um país sem memória, começa então uma dúvida quando foi composta a música, as
datas variam de 1822,1823 e 1831.
Em 1822 foi composta a Marcha Triunfal para celebrar a Independência do
Brasil. Entrementes Dom Pedro I compôs o seu próprio Hino Nacional, hoje o Hino
da Independência.
Os autores do Hino da Independência |
HINO DA
INDEPENDÊNCIA
Música: Dom Pedro
I
Letra:
Evaristo da Veiga
Já podeis, da
Pátria filhos,
Ver
contente a mãe gentil;
Já
raiou a liberdade
No
horizonte do Brasil.
Brava gente
brasileira!
Longe
vá... temor servil:
Ou
ficar a pátria livre
Ou
morrer pelo Brasil.
Os grilhões que
nos forjava
Da
perfídia astuto ardil...
Houve
mão mais poderosa:
Zombou
deles o Brasil.
Brava gente
brasileira!
Longe
vá... temor servil:
Ou
ficar a pátria livre
Ou
morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias
falanges,
Que
apresentam face hostil;
Vossos
peitos, vossos braços
São
muralhas do Brasil.
Brava gente
brasileira!
Longe
vá... temor servil:
Ou
ficar a pátria livre
Ou
morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó
brasileiro,
Já,
com garbo varonil,
Do
universo entre as nações
Resplandece
a do Brasil.
Brava gente
brasileira!
Longe
vá... temor servil:
Ou
ficar a pátria livre
Ou
morrer pelo Brasil.
A marcha triunfal era uma obra
instrumental e posteriormente recebeu duas letras, a primeira de Ovídio Saraiva
de Carvalho e Silva era um desacato a Dom Pedro I que abdicara ao trono e em
sua partida para Portugal foi cantada no cais do Largo do Paço, atual Praça XV
de Novembro no Rio de Janeiro, a letra era a seguinte:
Os bronzes da tirania
Já no Brasil não rouquejam;
Os monstros que o escravizavam
Já entre nós não vicejam.
(estribilho)
Da Pátria o grito
Eis que se desata
Desde o Amazonas
Até o Prata
Ferrões
e grilhões e forcas
D’antemão se preparavam;
Mil planos de proscrição
As mãos dos monstros gizavam
Com esta letra passou a ser conhecido
como Hino ao 7 de Abril, aludindo a data de abdicação do monarca, 07 de Abril
de 1831. Há uma gravação que encontrei recentemente na voz da soprano Luiza Sawaya, com uma letra diferente:
HINO AO SETE
DE ABRIL
Música: Francisco Manuel da Silva
Letra: Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva
Amanheceu
finalmente
A liberdade
ao Brasil
Não,
não vai à sepultura
O
dia Sete de Abril. (3x)
Estribilho
Da pátria o grito
Eis se desata
Do Amazonas
Até o Prata.
Da pátria o grito
Eis se desata (2x)
Do Amazonas
Até o Prata.(2x)
Sete de
Abril sempre ufano
Dos dias
seja o primeiro
Que
se chame Rio d´Abril
O
que é Rio de Janeiro.(3x)
Estribilho
Uma regência
prudente
Um monarca
brasileiro,
Nos
prometem venturoso
O
porvir mais lisonjeiro.(3x)
Estribilho
Neste solo
não viceja
A planta da
escravidão;
A
quarta parte do mundo
Deu
às três melhor lição.(3x)
Estribilho
Lançados por
mãos d´escravos
Não tememos
ferros vis,
Ferve
amor da liberdade
Até
nas damas gentis.(3x)
Estribilho
Novas
gerações sustentem
Da Pátria o
vivo esplendor,
Seja
sempre a nossa glória
o dia libertador.(3x)
A segunda tem sua autoria desconhecida e foi composta na época da
coroação de Pedro II, ocorrida em 18 de Julho de 1841, eis a letra:
Sagração e coroação de D. Pedro II
Imperador do Brasil (1841)
Artista: François René Moreaux
|
Negar de Pedro as virtudes
Seu talento escurecer
É negar como é sublime
Da bela aurora, o romper.
Da Pátria o grito
Eis que desata
Do Amazonas
Até o Prata.
Com
esta segunda letra passou a ser considerado como Hino Nacional Brasileiro,
entretanto nunca foi oficializado como tal.
Padre José Mauricio Nunes Garcia |
Cleofe Person de Mattos |
Em
Fevereiro de 2000 a Revista Veja publicou um artigo assinado por Celso Masson
que aponta o Hino Nacional como um caso de plágio de uma obra do Padre José
Maurício Nunes Garcia, Matinas da Conceição. Desde os 1970, a musicóloga e maestrina Cleofe Person de
Mattos, responsável pelo catálogo temático das obras do Padre, apontou outras
duas obras que teriam servido como inspiração à Francisco Manuel da Silva,
Novenas de São Pedro e Compêndio de Música e Método de Pianoforte. Não se pode
afirmar que se trata de plágio, pois era recorrente aos compositores prestarem
homenagens em suas obras fazendo releituras ou utilizando trechos de músicas de
outros autores.
Após a
Proclamação da República foi aberto um concurso para a escolha de um novo hino,
concurso ganho por Leopoldo Miguez. Porém a população preferia o antigo hino,
que então foi oficializado como Hino Nacional Brasileiro, a melodia de
Francisco Manuel da Silva, ficando o vencedor do concurso como o Hino da
Proclamação da República.
HINO DA
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Música:
Leopoldo Miguez
Letra: Medeiros de Albuquerque
Leopoldo Miguez e Medeiros de Albuquerque |
Seja
um pálio de luz desdobrado,
Sob
a larga amplidão destes céus.
Este
canto rebel, que o passado
Vem
remir dos mais torpes labéus!
Seja
um hino de glória que fale
De
esperanças de um novo porvir!
Com
visões de triunfos embale
Quem
por ele lutando surgir!
Liberdade!
Liberdade!
Abre
as asas sobre nós,
Das
lutas na tempestade
Dá
que ouçamos tua voz
Nós nem cremos
que escravos outrora
Tenha
havido em tão nobre País...
Hoje
o rubro lampejo da aurora
Acha
irmãos, não tiranos hostis.
Somos
todos iguais! Ao futuro
Saberemos,
unidos, levar
Nosso
augusto estandarte que, puro,
Brilha,
ovante, da Pátria no altar !
Liberdade!
Liberdade!
Abre
as asas sobre nós,
Das
lutas na tempestade
Dá
que ouçamos tua voz
Se é mister que
de peitos valentes
Haja
sangue em nosso pendão,
Sangue
vivo do herói Tiradentes
Batizou
neste audaz pavilhão!
Mensageiro
de paz, paz queremos,
É
de amor nossa força e poder,
Mas
da guerra, nos transes supremos
Heis
de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade!
Liberdade!
Abre
as asas sobre nós,
Das lutas na
tempestade
Dá
que ouçamos tua voz
Do
Ipiranga é preciso que o brado
Seja
um grito soberbo de fé!
O
Brasil já surgiu libertado,
Sobre
as púrpuras régias de pé.
Eia,
pois, brasileiros avante!
Verdes
louros colhamos louçãos!
Seja
o nosso País triunfante,
Livre
terra de livres irmãos!
Liberdade!
Liberdade!
Abre
as asas sobre nós!
Das
lutas na tempestade
Dá
que ouçamos tua voz!
Após várias tentativas de adaptação de
uma nova letra à melodia, no ano de 1906, um novo concurso foi realizado para
escolha de uma letra para o Hino. O vencedor foi conhecido três anos mais
tarde, o poema de Joaquim Osório Duque Estrada. O então presidente Epitácio
Pessoa através do Decreto 4559 de 21 de Agosto de 1922 comprou a propriedade
plena e definitiva da letra do Hino Nacional por 5.000 contos de réis. E
oficializado pela Lei nº 5700 de 1 de setembro de 1971.
Joaquim Osório Duque Estrada |
Joaquim
Osório Duque Estrada nascido no dia 29 de Abril de 1870 em Pati do Alferes (RJ),
atentem que Duque Estrada nasceu quase cinco anos após a morte de Francisco Manuel da
Silva. Além de atuar como professor do Colégio D. Pedro II e da Escola Normal,
foi poeta e crítico literário. Publicou 27 livros – poesias, didáticos, peças
teatrais, conferências, traduções e libretos de operas – destacando Alvéolos,
Flora de Maio, A Arte de Fazer Versos e A Abolição, este com prefácio de Rui
Barbosa. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1915, na vaga de
Silvio Romero, sendo o segundo ocupante da cadeira nº 17, que tem como patrono,
Hipólito da Costa. Faleceu em 05 de Fevereiro de 1927, no Rio de Janeiro.
Os
versos belos e patrióticos do Hino Nacional Brasileiros, adaptados à música de
Francisco Manuel da Silva, consagrou o nome de Osório Duque Estrada.
A
orquestração do hino é de Antônio Assis Republicano e sua instrumentação para
banda é do tenente Antônio Pinto Júnior. A adaptação vocal foi feita por
Alberto Nepomuceno.
Antonio Assis Republicano Antonio Pinto Jr Alberto Nepomuceno |
De
acordo com o Capítulo V da Lei 5.700 (01/09/1971), que trata dos símbolos
nacionais, durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de
respeito, de pé e em silêncio. Civis do sexo masculino com a cabeça descoberta
e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas
corporações. Além disso, é vedada qualquer outra forma de saudação durante sua
execução (gestual ou vocal como, por exemplo, aplausos, gritos de ordem ou
manifestações ostensivas do gênero, sendo estas desrespeitosas ou não).
Segundo
a Seção II da mesma lei, execuções simplesmente instrumentais devem ser tocadas
sem repetição e execuções vocais devem sempre apresentar as duas partes do
poema cantadas em uníssono. Portanto, em caso de execução instrumental prevista
no cerimonial, não se deve acompanhar a execução cantando, deve-se manter,
conforme descrito acima, silêncio.
Em
caso de cerimônia em que se tenha que executar um hino nacional estrangeiro,
este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro.
Enfim, a Letra Oficial de autoria de
Joaquim Osório Duque Estrada:
Primeira
Parte
|
Segunda
Parte
|
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se
o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó
Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil,
um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante
pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra
adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos
filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
|
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do
que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais
amores".
Ó
Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil,
de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.
Mas
se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra
adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos
filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
|
O
significado de algumas das palavras usadas por Joaquim Osório...
Margens plácidas - "Plácida" significa
serena, calma.
Ipiranga - É o riacho junto ao qual D. Pedro I teria
proclamado a independência.
Brado retumbante - Grito forte que provoca eco.
Penhor - Usado de maneira metafórica (figurada).
"penhor desta igualdade" é a garantia, a segurança de que haverá
liberdade.
Imagem do Cruzeiro resplandece - O
"Cruzeiro" é a constelação do Cruzeiro do Sul que brilha no céu.
Impávido colosso - "Colosso" é o nome de uma
estátua de enormes dimensões. Estar "impávido" é estar tranquilo ou
calmo.
Mãe gentil - A "mãe gentil" é a pátria. Um
país que ama e defende seus "filhos" (os brasileiros) como qualquer
mãe.
Fulguras - do verbo fulgurar (reluzir, brilhar).
Florão - "Florão" é um ornato em forma de
flor usado nas abóbadas de construções grandiosas. O Brasil seria o ponto mais
importante e vistoso da América.
Garrida - Enfeitada. Que chama a atenção pela beleza.
Lábaro - Sinônimo de bandeira. "Lábaro" era
um antigo estandarte usado pelos romanos.
Clava forte - Clava é um grande porrete, usado no
combate corpo-a-corpo. No verso, significa mobilizar um exército, entrar em
guerra.
Análise
da Estrutura Poema do Hino Nacional:
Composto de duas partes com vinte e cinco versos cada,
sendo doze decassílabos, sete tetrassílabos, dois heptassílabos, dois
hendecassílabos e dois trissílabos. Trata-se de um poema de natureza polimétrica
que se afina com a música polifônica.
O decassílabo heróico, confere à narrativa pujança e
vigor: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo heróico o brado
retumbante, / E o sol da liberdade em raios fúlgidos, / Brilhou no céu da
Pátria nesse instante.”
A estrofe formada de heptassílabo e hendecassílabo representa
um dinanismo que decorre da mudança súbita do número de sílabas dos versos. O
hendecassílabo, mais longo se beneficia disso, o que aviva a semântica: “Se o
penhor dessa igualdade / Conseguimos conquistar com braço forte, / Em teu seio,
ó liberdade, / Desafia o nosso peito a própria morte” - “Do que a terra mais
garrida, / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores, / “Nossos bosques têm
mais vida”, / “Nossa vida”, no teu seio, “mais amores"!”
Temos dois tipos de refrão. Um com três versos
tetrassílabos: “Ó Pátria amada, / Idolatrada, / Salve! Salve!”. E o outro com quatro
versos tetrassílabos, e um verso decassílabo e seguido de dois versos
trissílabos. Versos curtos, rápidos: “Terra adorada, / entre outras mil, / És
tu, Brasil, / Ó Pátria amada! / Dos filhos deste solo és mãe gentil, / Pátria
amada! / Brasil!”
Estilo do texto
Gonçalves Dias |
Temos um texto parnasiano, onde a forma tem mais
importância do que a interpretação clara da mensagem, o que dificulta sua compreensão.
Há um preciosismo no vocabulário e muitas inversões na ordem do discurso,
bastante corriqueiro no final do século XIX. O poema é parnasiano, todavia a
temática e patriótica nos remete ao período do romantismo.
Se nunca foi percebido, note que na letra oficial
existem alguns trechos com aspas na segunda parte do hino, trata-se ai de uma
homenagem através da utilização de trechos da Canção do Exílio de Gonçalves
Dias:
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais
flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar,
sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as
palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
De Primeiros cantos (1847)
Uma
interpretação livre:
Próximo às margens do riacho do Ipiranga, um grito muito forte foi ouvido vindo de um grupo heroico. A esperança da liberdade do país brilhou como raios de sol.
O compromisso para realmente conquistá-la será a luta intensa, enfrentando até mesmo a morte.
O compromisso para realmente conquistá-la será a luta intensa, enfrentando até mesmo a morte.
Viva! Viva! País amado e adorado.
O país com nação independente, um sonho, um país soberano como o Cruzeiro do Sul no céu.
O país com nação independente, um sonho, um país soberano como o Cruzeiro do Sul no céu.
Por sua grandeza natural, não se abala por nada, com um grande futuro a descortinar.
Brasil, Pátria querida, e adorada pelos que aqui nasceram e aqueles que aqui vieram e foram adotados.
Brasil, Pátria querida, e adorada pelos que aqui nasceram e aqueles que aqui vieram e foram adotados.
Sua localização privilegiada, banhado pelo mar, com um céu maravilhoso de sol, pelo reflexo desta luz, é o brilho da América.
Nossa natureza é vistosa, e bela. Refletindo o amor, a hospitalidade e a cordialidade do brasileiro.
Sua representação maior, a bandeira, deve ser um símbolo de amor eterno.
Nossa natureza é vistosa, e bela. Refletindo o amor, a hospitalidade e a cordialidade do brasileiro.
Sua representação maior, a bandeira, deve ser um símbolo de amor eterno.
Nossas cores principais, o verde e o amarelo, nos remete o desejo e a lembrança de paz e glórias, em qualquer tempo.
Entretanto, se houver necessidade, pela justiça, e por esta independência, o povo não fugirá da luta!
Eis a foto de nossa independência, retratada em um magnífico poema.
Eis a foto de nossa independência, retratada em um magnífico poema.
Um comentário:
Sempre que ouço as pessoas cantarem o Hino há dois
momentos de dúvida e então as vozes somem e posteriormente retornam fortes e
vibrantes. São dois versos muito semelhantes e que geram a confusão, são eles:
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido...;
e
Brasil, de amor eterno seja símbolo...;
Para não incorrer nesta dúvida sugiro, primeiro você
sonha e idealiza o seu objetivo, depois você o conquista como um grande amor.
Por fim:
Existe uma letra que seria cantada juntamente com a
introdução, que foi excluída da versão oficial do hino. Atribui-se a Américo de
Moura Marcondes de Andrade, natural de Pindamonhangaba que foi presidente das províncias do Rio Grande do Sul, entre 12 de Março de 1878 a 26 de Janeiro de 1879 e do Rio de Janeiro, entre 5 de Março de 1879 a 20 de Abril de 1880, o texto a seguir:
Espera o
Brasil que todos cumprais com o vosso dever
Eia! avante, brasileiros! Sempre avante
Gravai com buril nos pátrios anais o vosso poder
Eia! avante, brasileiros! Sempre avante
Servi o
Brasil sem esmorecer, com ânimo audaz
Cumpri o dever na guerra e na paz
À sombra da lei, à brisa gentil
O lábaro erguei do belo Brasil
Eia sus*, oh sus!
A palavra
"sus" é uma interjeição que vem do latim sus: "de baixo para
cima"; algo como: erga-se!, ânimo!, coragem! Neste contexto é sinônimo de
"em frente, avante".
Material
colhido na internet e compilado por mim...
Uma
versão bastante diferente, feita por Ricardo Maurício, em duas partes:
http://charges.uol.com.br/2006/09/08/classicos-garoto-canta-hino-nacional-1/
http://charges.uol.com.br/2004/09/07/garoto-canta-hino-nacional-parte-2/
http://charges.uol.com.br/2006/09/08/classicos-garoto-canta-hino-nacional-1/
http://charges.uol.com.br/2004/09/07/garoto-canta-hino-nacional-parte-2/
No link abaixo: o hino oficial, com a introdução cantada, o da coroação de Dom Pedro II e a Matina de Nossa Senhora da Conceição, além dos Hinos da Independência e da República, incluído o Hino ao Sete de Abril:
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-OEc2TmR6dnFNSXM?resourcekey=0-uT-5bDOn4JR4ZFY6ziYo2Q&usp=sharing