quinta-feira, 30 de março de 2017

CHRISTIAN CANNABICH

Johann Christian Innocenz Bonaventura Cannabich nascido em Mannheim na atual Alemanha, batizado no dia 28 de Dezembro de 1731. Sendo o terceiro filho do músico, professor e compositor Martin Friedrich Cannabich.

Jommelli
Stamitz
Quando menino estudou violino com Johann Stamitz. Em 1744, aos doze anos, se juntou a seção de violino da Orquestra de Mannheim como aspirante. Efetivado dois anos mais tarde.

Em 1750, o príncipe eleitor Karl Theodor, que fora seu aluno de flauta, patrocinou sua viagem a Roma para que continuasse seus estudos com Niccolò Jommelli, maestro e compositor renomado de ópera. 

Sammartini
Permaneceu em Roma até 1753, e seguiu seu professor a Stuttgart. Em 1756 Cannabich retornou a Itália, desta vez para Milão, onde empreendeu estudos adicionais com Giovanni Battista Sammartini.

Na primavera de 1757, retornou a Mannheim para assumir o cargo de primeiro violinista, juntamente com Carl Joseph Toeschi, em substituição a Johann Stamitz que morreu prematuramente.


Em 1759, casou-se com Maria Elisabeth de la Motte, dama da corte da Duquesa de Zweibrücken, o casal teve seis filhos, sendo um deles Carl Cannabich, que mais tarde também seria um compositor de renome.

Christian IV
O duque Christian IV de Zweibrücken gostava de Cannabich e o favoreceu com apoio e atenção.

Mozart conhecera os Cannabich em Schwetzingen em 1763, e eles tornaram-se bons amigos.

Durante as décadas de 1760 e 1770 Cannabich visitou Paris com frequência, apresentou-se no Concert Spirituel, e suas sinfonias e trios foram impressos na capital francesa.


A partir desta época a maioria dos seus trabalhos foi publicada em Paris.

Em 1774, foi nomeado diretor de música da Orquestra de Mannheim. Nessa época, a orquestra atingia seu auge, tornando-se a melhor da Europa. Nesta função foi o principal violinista, compositor para os balés da corte que eram coreografados por Etienne Lauchery.

Mozart
Mozart visitou Mannheim em 1777. Cannabich fez muitos esforços para conseguir um cargo para o amigo na cidade, mas em vão. 

Também organizou diversos concertos que promoviam a música de Wolfgang. 

Entre novembro daquele ano e até março de 1778, sua filha Rose recebeu lições de piano de Mozart, cuja sonata para piano nº 7 em Dó Maior é dedicada a ela.

Em 1778, ele se mudou com a corte para Munique quando Karl Theodor, seu senhor e mestre, tornou-se eleitor da Baviera, Cannabich continuou com seus deveres em Munique como antes, mas os melhores anos da orquestra de Mannheim já estavam quase terminando.

Quando Mozart retornou a Munique em 1780 para a preparação e estreia da opera Idomeneo K.366, Cannabich foi de especial importância, tanto nos ensaios, como na estreia, que ele provavelmente regeu.

Na década de 1780, o nobre reduziu o orçamento da orquestra, diminuindo o número de músicos de 95 para 55, além da redução salarial. O próprio Cannabich teve que viver com um terço de seu antigo salário nos últimos anos de vida, fazendo com que o compositor já idoso tivesse que fazer turnês de concertos e batalhar por dinheiro.

Em 1788, com o falecimento de Toeschi, passou a ser o único diretor da Orquestra de Mannheim.

Durante a viagem de Mozart a Frankfurt, em 1790, eles encontraram-se pela última vez em Munique.

Durante uma visita ao seu filho Carl em Frankfurt am Main, faleceu no dia 20 de Janeiro de 1798.

Cannabich deu continuidade ao legado de Johann Stamitz a frente da Orquestra de Mannheim transformando-a numa das melhores da Europa, com uma perfeição interpretativa até então nunca alcançada.

Foi um compositor prolífico tendo deixado cerca de 200 obras:


- 75 sinfonias, 3 concertos para violino, 12 quartetos de cordas, 6 trios para piano, 30 sonatas para piano e violino, 40 balés e 1 ópera.


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