quinta-feira, 20 de setembro de 2018

CLASSICAL JAZZ QUARTET


A primavera de 2018, no Hemisfério Sul, começa oficialmente no dia 22 de setembro, às 22h54, pelo horário de Brasília, e vai até o dia 21 de dezembro, às 19h23, desconsiderando o horário brasileiro de verão.

A palavra "primavera" vem do latim primus, que significa "antes", e provavelmente do sânscrito “ver”, significaria então “resplandecer, iluminar, arder” e que, por extensão, acabou por indicar também a estação em que o Sol arde, isto é, o verão. Prima-vera, portanto, é a “estação antes do verão”.

A primavera é uma estação de transição, a atmosfera vai gradualmente saindo da secura do inverno e para a umidade e calor típico do verão. A chuva da primavera é mais esperada do ano para os agricultores que começam a semeadura da safra de verão.
Porém não vou falar de Primavera, tampouco de mudanças, mas de semeadura com uma postagem, no mínimo, inusitada.


Abramos nossas mentes, lancemos sementes de liberdade de expressão e imaginemos quatro nomes da música erudita vivendo em pleno século XXI e sendo jazzistas...

Bob Belden
Com essa suposição, apresento o álbum em questão cuja interpretação tradicional de clássicos da música é abandonada, e adquire uma nova, atualizada e curiosa roupagem jazzística!

Temos Piotr Tchaikovsky (em breve neste blog), Johann Sebastian Bach, Sergei Rachmaninoff e Georg Handel, com arranjos escritos por Bob Belden e interpretados pelo Classical Jazz Quartet, criado no início deste século, o grupo é composto pelos seguintes músicos:

Kenny Barron (piano) nascido no dia 09 de junho de 1943, na Filadélfia, Pensilvânia, é o irmão mais novo do saxofonista Bill Barron, é considerado um dos mais influentes pianistas de jazz tradicionais desde a era do bebop.  Um de seus primeiros shows foi como pianista contratado com o quarteto de Dizzy Gillespie. Por volta de 1962 foi membro do Jazztet, mas não gravou com eles. Participou também do grupo Sphere. Entre 1987 e 1991, gravou com Stan Getz, alguns álbuns, dentre eles Voyage, Bossas & Ballads - The Lost Sessions, Serenity, Anniversary e People Time. Foi nove vezes indicado para o Grammy Awards e para o American Jazz Hall of Fame.  Em 2009, foi eleito membro da Academia Americana de Artes e Ciências. Em maio do ano seguinte recebeu o Doutorado Honorário em Música da Berklee College of Music, juntamente com a cantora e compositora africana Angelique Kidjo, o guitarrista espanhol Paco de Lucia e a dupla de compositores Leon Huff e Kenneth Gamble. Durante 25 anos, Barron lecionou harmonia de piano e teclado na Universidade Rutgers em Nova Jersey. Atualmente é professor na Juilliard School of Music. Dentre seus alunos de piano estão Earl MacDonald, Harry Pickens e Aaron Parks.

Stefon DeLeon Harris ou simplesmente Stefon Harris (vibrafone) nascido no dia 23 de março de 1973, em Albany, New York. Sua intenção era participar da Filarmônica de Nova York até ouvir a música de Charlie Parker. Durante a década de 1990, gravou com Charlie Hunter e Steve Turre como músico de estúdio. Assinou com o Blue Note, que lançou seu primeiro álbum, A Cloud of Red Dust (1998). Seu segundo álbum, Black Action Figure, foi indicado ao Grammy Award. Em 2001, ele trabalhou com o pianista Jacky Terrasson no Village Vanguard em Nova York e gravou o álbum Kindred com ele durante o mesmo ano. Seu álbum The Grand Unification Theory (2003) ganhou o prêmio Martin E. Segal do Jazz at Lincoln Center. Harris colaborou com o saxofonista David Sánchez e o trompetista Christian Scott em 2011 no álbum Ninety Miles. Eles gravaram o álbum em Havana, Cuba.

Lewis Nash (bateria), nascido no dia 30 de dezembro de 1958. Segundo a revista Modern Drummer, Nash tem uma das discografias mais longas do jazz e tocou em mais de 400 discos, o que lhe valeu a honra de ser o Músico Mais Valioso do Jazz pela revista em sua edição de maio de 2009. Reconhecido por sua adaptabilidade a diversos gêneros musicais. Em 2008, Nash tornou-se parte do The Blue Note 7, um septeto formado naquele ano em homenagem ao 70º aniversário da Blue Note Records.

Ron Carter (Baixo) ou Ronald Levin Carter, nascido no dia 4 de maio de 1937 em Ferndale, Michigan. É o baixista de jazz mais gravado da história. Carter é também um violoncelista que gravou inúmeras vezes com este instrumento. Começou a tocar violoncelo com a idade de 10 anos, mas quando sua família se mudou para Detroit, viu-se obrigado a mudar para o contrabaixo devido ao estereótipo dos músicos clássicos, a grande maioria eram brancos na época. Ele estudou no Cass Technical High School, em Detroit, e, mais tarde, a Eastman School of Music, em Rochester, Nova York, onde tocou em sua Orquestra Filarmônica. Ele concluiu seu bacharelado na Eastman em 1959 e, em 1961, um mestrado em contrabaixo na Manhattan School of Music, em Nova York. Foi membro do Miles Davis Quintet no início dos anos 1960, que também incluía Herbie Hancock, Wayne Shorter e o baterista Tony Williams, ficou com Davis até 1968. Depois de deixar Davis, Carter foi durante vários anos um dos pilares da CTI Records, fazendo álbuns em seu próprio nome e também aparecendo em muitos discos da gravadora com diversos outros músicos. Notáveis parcerias musicais nas décadas de 1970 e 1980 incluíram Joe Henderson, Houston Pessoa, Hank Jones, Gabor Szabo e Cedar Walton. Durante a década de 1970, ele integrou o New York Jazz Quartet. Em 1986, Carter tocou contrabaixo em "Big Man on Mulberry Street" no álbum de Billy Joel, The Bridge. Em 1993, ele ganhou um Grammy Award de Melhor Grupo de Instrumental de Jazz e outro Grammy em 1998 por uma composição instrumental para o filme "Round Midnight”. Em 1994, Carter apareceu no álbum de compilação do Red Hot Organization, Stolen Moments: Red Hot + Cool, álbum, criado para conscientizar e financiar o combate a epidemia de AIDS na comunidade afro-americana. Em 2001, Carter colaborou com Black Star e John Patton para gravar "Money Jungle" para a compilação do Red Hot Organization, Red Hot + Indigo, uma homenagem a Duke Ellington. Em 2012 foi eleito para o Down Beat Jazz Hall of Fame.  Carter é um professor emérito do Departamento de Música do City College de Nova York, tendo lecionado lá por 20 anos, e recebeu um doutorado honorário da Berklee College of Music na primavera de 2005.

O material apresentado foi extraído dos álbuns:


- Tchaikovsky's Nutcracker (2001, Vertical Jazz), 

relançado pelo selo Kind of Blue, como The Classical Jazz Quartet Play Tchaikovsky (2006);

- The Classical Jazz Quartet Play Bach (Vertical Jazz, 2002);


- The Classical Jazz Quartet Play Rachmaninov ( Kind of Blue, 2006); e

- Christmas ( Kind of Blue, 2006).

Trata-se de um álbum duplo com as seguintes faixas:



Agradecimento especial ao CARLINUS do blog http://oserdamusica.blogspot.com por ter compartilhado este CD duplo.








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