A primavera de 2018, no
Hemisfério Sul, começa oficialmente no dia 22 de setembro, às 22h54, pelo
horário de Brasília, e vai até o dia 21 de dezembro, às 19h23, desconsiderando
o horário brasileiro de verão.
A palavra "primavera"
vem do latim primus, que significa "antes", e provavelmente do
sânscrito “ver”, significaria então “resplandecer, iluminar, arder” e que, por
extensão, acabou por indicar também a estação em que o Sol arde, isto é, o
verão. Prima-vera, portanto, é a “estação antes do verão”.
A primavera é uma estação de
transição, a atmosfera vai gradualmente saindo da secura do inverno e para a
umidade e calor típico do verão. A chuva da primavera é mais esperada do ano
para os agricultores que começam a semeadura da safra de verão.
Porém não vou falar de
Primavera, tampouco de mudanças, mas de semeadura com uma postagem, no mínimo,
inusitada.
Abramos nossas mentes, lancemos sementes de liberdade de expressão e imaginemos
quatro nomes da música erudita vivendo em pleno século XXI e sendo jazzistas...
Bob Belden |
Com essa suposição, apresento
o álbum em questão cuja interpretação tradicional de clássicos da música é
abandonada, e adquire uma nova, atualizada e curiosa roupagem jazzística!
Temos Piotr Tchaikovsky (em
breve neste blog), Johann Sebastian Bach, Sergei Rachmaninoff e Georg Handel, com
arranjos escritos por Bob Belden e interpretados pelo Classical Jazz Quartet,
criado no início deste século, o grupo é composto pelos seguintes músicos:
Kenny Barron (piano) nascido
no dia 09 de junho de 1943, na Filadélfia, Pensilvânia, é o irmão mais novo do
saxofonista Bill Barron, é considerado um dos mais influentes pianistas de jazz
tradicionais desde a era do bebop. Um de
seus primeiros shows foi como pianista contratado com o quarteto de Dizzy
Gillespie. Por volta de 1962 foi membro do Jazztet, mas não gravou com eles. Participou
também do grupo Sphere. Entre 1987 e 1991, gravou com Stan Getz, alguns álbuns,
dentre eles Voyage, Bossas & Ballads - The Lost Sessions, Serenity,
Anniversary e People Time. Foi nove vezes indicado para o Grammy Awards e para
o American Jazz Hall of Fame. Em 2009, foi
eleito membro da Academia Americana de Artes e Ciências. Em maio do ano seguinte
recebeu o Doutorado Honorário em Música da Berklee College of Music, juntamente
com a cantora e compositora africana Angelique Kidjo, o guitarrista espanhol
Paco de Lucia e a dupla de compositores Leon Huff e Kenneth Gamble. Durante 25
anos, Barron lecionou harmonia de piano e teclado na Universidade Rutgers em
Nova Jersey. Atualmente é professor na Juilliard School of Music. Dentre seus
alunos de piano estão Earl MacDonald, Harry Pickens e Aaron Parks.
Stefon DeLeon Harris ou
simplesmente Stefon Harris (vibrafone) nascido no dia 23 de março de 1973, em
Albany, New York. Sua intenção era participar da Filarmônica de Nova York até
ouvir a música de Charlie Parker. Durante a década de 1990, gravou com Charlie
Hunter e Steve Turre como músico de estúdio. Assinou com o Blue Note, que
lançou seu primeiro álbum, A Cloud of Red Dust (1998). Seu segundo álbum, Black
Action Figure, foi indicado ao Grammy Award. Em 2001, ele trabalhou com o
pianista Jacky Terrasson no Village Vanguard em Nova York e gravou o álbum
Kindred com ele durante o mesmo ano. Seu álbum The Grand Unification Theory
(2003) ganhou o prêmio Martin E. Segal do Jazz at Lincoln Center. Harris
colaborou com o saxofonista David Sánchez e o trompetista Christian Scott em
2011 no álbum Ninety Miles. Eles gravaram o álbum em Havana, Cuba.
Lewis Nash (bateria), nascido
no dia 30 de dezembro de 1958. Segundo a revista Modern Drummer, Nash tem uma
das discografias mais longas do jazz e tocou em mais de 400 discos, o que lhe
valeu a honra de ser o Músico Mais Valioso do Jazz pela revista em sua edição
de maio de 2009. Reconhecido por sua adaptabilidade a diversos gêneros musicais.
Em 2008, Nash tornou-se parte do The Blue Note 7, um septeto formado naquele
ano em homenagem ao 70º aniversário da Blue Note Records.
Ron Carter (Baixo) ou Ronald
Levin Carter, nascido no dia 4 de maio de 1937 em Ferndale, Michigan. É o
baixista de jazz mais gravado da história. Carter é também um violoncelista que
gravou inúmeras vezes com este instrumento. Começou a tocar violoncelo com a
idade de 10 anos, mas quando sua família se mudou para Detroit, viu-se obrigado
a mudar para o contrabaixo devido ao estereótipo dos músicos clássicos, a
grande maioria eram brancos na época. Ele estudou no Cass Technical High
School, em Detroit, e, mais tarde, a Eastman School of Music, em Rochester, Nova
York, onde tocou em sua Orquestra Filarmônica. Ele concluiu seu bacharelado na
Eastman em 1959 e, em 1961, um mestrado em contrabaixo na Manhattan School of
Music, em Nova York. Foi membro do Miles Davis Quintet no início dos anos 1960,
que também incluía Herbie Hancock, Wayne Shorter e o baterista Tony Williams,
ficou com Davis até 1968. Depois de deixar Davis, Carter foi durante vários
anos um dos pilares da CTI Records, fazendo álbuns em seu próprio nome e também
aparecendo em muitos discos da gravadora com diversos outros músicos. Notáveis
parcerias musicais nas décadas de 1970 e 1980 incluíram Joe Henderson, Houston
Pessoa, Hank Jones, Gabor Szabo e Cedar Walton. Durante a década de 1970, ele
integrou o New York Jazz Quartet. Em 1986, Carter tocou contrabaixo em
"Big Man on Mulberry Street" no álbum de Billy Joel, The Bridge. Em
1993, ele ganhou um Grammy Award de Melhor Grupo de Instrumental de Jazz e
outro Grammy em 1998 por uma composição instrumental para o filme "Round
Midnight”. Em 1994, Carter apareceu no álbum de compilação do Red Hot
Organization, Stolen Moments: Red Hot + Cool, álbum, criado para conscientizar
e financiar o combate a epidemia de AIDS na comunidade afro-americana. Em 2001,
Carter colaborou com Black Star e John Patton para gravar "Money
Jungle" para a compilação do Red Hot Organization, Red Hot + Indigo, uma
homenagem a Duke Ellington. Em 2012 foi eleito para o Down Beat Jazz Hall of
Fame. Carter é um professor emérito do
Departamento de Música do City College de Nova York, tendo lecionado lá por 20
anos, e recebeu um doutorado honorário da Berklee College of Music na primavera
de 2005.
O material apresentado foi
extraído dos álbuns:
- Tchaikovsky's Nutcracker
(2001, Vertical Jazz),
relançado pelo selo Kind of Blue, como The Classical
Jazz Quartet Play Tchaikovsky (2006);
- The Classical Jazz Quartet
Play Bach (Vertical Jazz, 2002);
- The Classical Jazz Quartet
Play Rachmaninov ( Kind of Blue, 2006); e
- Christmas ( Kind of Blue,
2006).
Trata-se de um álbum duplo
com as seguintes faixas:
Agradecimento especial ao
CARLINUS do blog http://oserdamusica.blogspot.com por ter compartilhado este CD duplo.
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