quinta-feira, 4 de abril de 2019

BEETHOVEN


Busto feito por Franz Klein em 1812
Ludwig van Beethoven, compositor alemão, da fase de transição entre o Período Clássico e o Romântico, é considerado como um dos compositores mais influentes, sendo um dos pilares da música ocidental, juntamente com Mozart e Bach, pelo desenvolvimento da linguagem e conteúdo musical de suas obras.


fachada da casa
de Beethoven em Bonn
Nasceu em Bonn, na época Reino da Prússia, atual Alemanha, provavelmente um dia antes da data de seu batismo que ocorreu no dia 17 de Dezembro de 1770, filho de Johann van Beethoven e Maria Magdalena Keverich, o casal teve sete filhos, dos quais apenas Ludwig, Kaspar Anton Carl e Nicolaus Johann chegaram à idade adulta.
Placa informativa na fachada

Nascido numa família de origem flamenca, seu avô Lodewijk van Beethoven nasceu em Mechelen, parte da atual Bélgica, imigrou para Bonn, tendo sido Maestro de Capela do Príncipe, posteriormente foi nomeado regente da Capela Arquiepiscopal na corte da cidade de Colônia (atual Alemanha).

Christian G. Neefe
Com cinco anos de idade o seu pai Johann van Beethoven o obrigava a estudar música diariamente, por várias horas, desde os cinco anos de idade, isso fez com que Ludwig tivesse uma infância bastante infeliz.

Com apenas oito anos de idade, foi confiado a Christian Gottlob Neefe, o melhor mestre de cravo da cidade de Colônia na época, que lhe deu uma formação musical sistemática, levando-o a conhecer os grandes mestres alemães da música.

Aos dez anos de idade, seu mestre publicou uma carta onde afirmava que Ludwig van Beethoven dominava toda a obra de Johann Sebastian Bach, apresentando-o como um novo fenômeno, tal qual Mozart.

Arquiduque da Áustria
Maximiliano Franz
Em 1781 teve início sua carreira de compositor, com quatorze anos já era organista assistente da Capela Eleitoral e em pouco tempo era violoncelista na orquestra da corte e professor, e em virtude do alcoolismo que atacava o seu pai assumiu a chefia da família.

Nesse período conheceu o Conde Waldstein, que se tornou seu grande amigo e o enviou a Viena, ali o Arquiduque da Áustria, Maximiliano Franz financiou seus estudos com Joseph Haydn. Entretanto Ludwig teve que regressar pouco tempo depois devido à morte de sua mãe, aos dezessete anos enfrentou as adversidades financeiras, devido ao alcoolismo de seu pai agora desempregado.

Schiller
Passou a dedicar-se a um curso de literatura, onde conheceu os ideais iluministas e fez novos amigos como Friedrich Schiller.

Com o falecimento de seu pai em 1792, retorna a Viena permanecendo ali até o fim de seus dias. 

De imediato foi aceito como aluno de Joseph Haydn, essa convivência não foi nem longa nem proveitosa, aprendendo muito mais no contato com a obra de Haydn do que de sua pedagogia, teve aulas também com Salieri essa mais longa e mais proveitosa com quem estudou de 1794 a 1800. 


Albrechtsberger
A partir de então, começa a se firmar como compositor e instrumentista. Teve ainda como professores Foerster e Johann Georg Albrechtsberger, então mestre de capela na Catedral de Santo Estevão.

A partir de 1793, começa a publicar suas obras, o seu Opus 1 é uma coleção de três trios para piano, violino e violoncelo. Em seguida publica o seu Opus 2 com suas primeiras obras primas as três primeiras sonatas de piano.

Aos 26 anos de idade, é diagnosticada a congestão dos centros auditivos internos. Consultou vários médicos, inclusive o médico da corte de Viena. Fizeram curativos, usou cornetas acústicas, realizou balneoterapia, mudou de ares, tudo em vão. Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou em suicidar-se. Nos anos seguintes a doença continuou a progredir e, aos 46 anos de idade, estava praticamente surdo. Ludwig jamais perdeu a audição por completo.

Em 2 de Abril de 1800, a sua Sinfonia nº1 em Dó maior, Op. 21 faz a sua estreia em Viena.

Em 1802, escreve o seu testamento, mais tarde revisto como O Testamento de Heilingenstadt, dirigido aos seus dois irmãos mais novos: Kaspar Anton Carl van Beethoven (que falece antes dele em 1815) e Nicolaus Johann van Beethoven.

Insatisfeito com suas composições até então entre 1802 e 1804 decide enveredar por novos caminhos, e apresenta a Sinfonia nº3 em Mi bemol Maior, Op.55, intitulada de Eróica. 


Goethe
Uma obra sem precedentes na história da música sinfônica, considerada o início do período Romântico, na Música Erudita. A partir desta publicação tem início uma época, entre 1803 e 1809, de fertilidade criativa exuberante com numerosas obras em praticamente todos os formatos: sonatas e concertos para piano, quartetos de cordas, sinfonias, concerto para violino e a ópera Fidelio, cuja versão definitiva ocorreu em 1814. 

Escreveu também a Abertura para a tragédia de cinco atos de Wolfgang von Goethe: Egmont. Nesta época escreveu a Quinta Sinfonia em Dó Menor.

Problemas pessoais e a sua progressiva surdez, fazem com que a partir de 1812, ocorra um declínio em suas produções. Escreveu duas sinfonias e um quarteto.

Aparentemente recuperado emocionalmente, a partir de 1818, compõem algumas de suas maiores obras: Quatro Sonatas de Piano (29 até 32); as Variações Diabelli e a Missa Solemnis.

Em 1824, conclui aquela que é considerada a sua obra prima, a Sinfonia nº 9 em Ré Menor. Onde pela primeira vez na história da música, é inserido um coral numa sinfonia, a voz humana como exaltação da fraternidade universal, um apelo à aliança entre as artes irmãs: a poesia e a música, eis a Ode à Alegria uma adaptação de Beethoven ao poema de Friedrich Schiller.

Schubert
Em seus anos finais de vida dedicou-se à composição quase que exclusiva de Quartetos para Cordas.

Faleceu no dia 26 de Março de 1827, estava a compor aquela que seria a sua décima sinfonia, além do projeto para um Réquiem.

Cerca 20.000 cidadãos vienenses participaram do funeral de Beethoven, em 29 de março de 1827. 

Franz Schubert foi um dos portadores da tocha. 


Igreja da Santíssima Trindade
Depois de uma missa de réquiem na igreja da Santíssima Trindade (Dreifaltigkeitskirche), Beethoven foi enterrado no cemitério Währing, a noroeste de Viena. 

Seus restos mortais foram exumados para estudo, em 1862, sendo transferidos em 1888 para o Cemitério Central de Viena.

A causa mortis do compositor traz diversas controvérsias e foi motivo de estudos, dentre as causas apontadas estão cirrose alcoólica, sífilis, hepatite infecciosa, envenenamento devido a doses excessivas de chumbo à base de tratamentos administrados sob as instruções do seu médico, sarcoidose (uma doença inflamatória multisistêmica) e doença de Whipple (doença infecciosa e sistêmica rara causada pela bactéria Tropheryma Whipplei).

Túmulo de Beethoven em Viena
Da infância infeliz e trágica, marcada pela brutalidade do pai alcoólatra, as responsabilidades que teve de assumir ainda muito jovem, em razão da doença do pai e da perda da mãe, a quem amava profundamente e que via sofrer pelos excessos do marido, isso tudo foi sua matéria prima para sua autoconstrução e à sua música. Em seu catálogo de composições temos:

Cinco concertos para piano
Concerto para violino
"Concerto Tríplice" para piano, violino, violoncelo e orquestra.
16 quartetos de cordas
1 septeto de cordas para piano
Dez sonatas para violino e piano
Cinco sonatas para violoncelo e piano
Doze trios para piano, violino e violoncelo
"Bagatelas" (Klenigkeiten) para piano, dentre elas "Für Elise" Missa em Dó Maior
Missa em Ré Maior ("Missa Solene")
Oratório "Christus am Ölberge", op. 85 ("Cristo no Monte das Oliveiras")
"Fantasia Coral", op. 80 para coro, piano e orquestra
Aberturas
Danças
Ópera Fidelio
Canções


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