Busto feito por Franz Klein em 1812 |
fachada da casa de Beethoven em Bonn |
Nascido numa família de
origem flamenca, seu avô Lodewijk van Beethoven nasceu em Mechelen, parte da
atual Bélgica, imigrou para Bonn, tendo sido Maestro de Capela do Príncipe,
posteriormente foi nomeado regente da Capela Arquiepiscopal na corte da cidade
de Colônia (atual Alemanha).
Christian G. Neefe |
Com apenas oito anos de
idade, foi confiado a Christian Gottlob Neefe, o melhor mestre de cravo da
cidade de Colônia na época, que lhe deu uma formação musical sistemática,
levando-o a conhecer os grandes mestres alemães da música.
Aos dez anos de idade, seu
mestre publicou uma carta onde afirmava que Ludwig van Beethoven dominava toda
a obra de Johann Sebastian Bach, apresentando-o como um novo fenômeno, tal qual
Mozart.
Arquiduque da Áustria Maximiliano Franz |
Nesse período conheceu o
Conde Waldstein, que se tornou seu grande amigo e o enviou a Viena, ali o
Arquiduque da Áustria, Maximiliano Franz financiou seus estudos com Joseph Haydn.
Entretanto Ludwig teve que regressar pouco tempo depois devido à morte de sua
mãe, aos dezessete anos enfrentou as adversidades financeiras, devido ao
alcoolismo de seu pai agora desempregado.
Schiller |
Com o falecimento de seu pai
em 1792, retorna a Viena permanecendo ali até o fim de seus dias.
De imediato foi aceito como aluno de Joseph Haydn, essa convivência não foi nem longa nem proveitosa, aprendendo muito mais no contato com a obra de Haydn do que de sua pedagogia, teve aulas também com Salieri essa mais longa e mais proveitosa com quem estudou de 1794 a 1800.
A partir de então, começa a se firmar como compositor e
instrumentista. Teve ainda como professores Foerster e Johann Georg Albrechtsberger, então
mestre de capela na Catedral de Santo Estevão.
De imediato foi aceito como aluno de Joseph Haydn, essa convivência não foi nem longa nem proveitosa, aprendendo muito mais no contato com a obra de Haydn do que de sua pedagogia, teve aulas também com Salieri essa mais longa e mais proveitosa com quem estudou de 1794 a 1800.
Albrechtsberger |
A partir de 1793, começa a
publicar suas obras, o seu Opus 1 é uma coleção de três trios para piano,
violino e violoncelo. Em seguida publica o seu Opus 2 com suas primeiras obras
primas as três primeiras sonatas de piano.
Aos 26 anos de idade, é diagnosticada
a congestão dos centros auditivos internos. Consultou vários médicos, inclusive
o médico da corte de Viena. Fizeram curativos, usou cornetas acústicas,
realizou balneoterapia, mudou de ares, tudo em vão. Desesperado, entrou em
profunda crise depressiva e pensou em suicidar-se. Nos anos seguintes a doença
continuou a progredir e, aos 46 anos de idade, estava praticamente surdo.
Ludwig jamais perdeu a audição por completo.
Em 2 de Abril de 1800, a sua
Sinfonia nº1 em Dó maior, Op. 21 faz a sua estreia em Viena.
Em 1802, escreve o seu
testamento, mais tarde revisto como O Testamento de Heilingenstadt, dirigido
aos seus dois irmãos mais novos: Kaspar Anton Carl van Beethoven (que falece
antes dele em 1815) e Nicolaus Johann van Beethoven.
Insatisfeito com suas
composições até então entre 1802 e 1804 decide enveredar por novos caminhos, e
apresenta a Sinfonia nº3 em Mi bemol Maior, Op.55, intitulada de Eróica.
Uma
obra sem precedentes na história da música sinfônica, considerada o início do
período Romântico, na Música Erudita. A partir desta publicação tem início uma
época, entre 1803 e 1809, de fertilidade criativa exuberante com numerosas
obras em praticamente todos os formatos: sonatas e concertos para piano,
quartetos de cordas, sinfonias, concerto para violino e a ópera Fidelio, cuja
versão definitiva ocorreu em 1814.
Escreveu também a Abertura para a tragédia de cinco atos de Wolfgang von Goethe: Egmont. Nesta época escreveu a Quinta Sinfonia em Dó Menor.
Goethe |
Escreveu também a Abertura para a tragédia de cinco atos de Wolfgang von Goethe: Egmont. Nesta época escreveu a Quinta Sinfonia em Dó Menor.
Problemas pessoais e a sua
progressiva surdez, fazem com que a partir de 1812, ocorra um declínio em suas
produções. Escreveu duas sinfonias e um quarteto.
Aparentemente recuperado
emocionalmente, a partir de 1818, compõem algumas de suas maiores obras: Quatro
Sonatas de Piano (29 até 32); as Variações Diabelli e a Missa Solemnis.
Em 1824, conclui aquela que é
considerada a sua obra prima, a Sinfonia nº 9 em Ré Menor. Onde pela primeira
vez na história da música, é inserido um coral numa sinfonia, a voz humana como
exaltação da fraternidade universal, um apelo à aliança entre as artes irmãs: a
poesia e a música, eis a Ode à Alegria uma adaptação de Beethoven ao poema de
Friedrich Schiller.
Schubert |
Faleceu no dia 26 de Março de
1827, estava a compor aquela que seria a sua décima sinfonia, além do projeto
para um Réquiem.
Cerca 20.000 cidadãos
vienenses participaram do funeral de Beethoven, em 29 de março de 1827.
Franz Schubert foi um dos portadores da tocha.
Depois de uma missa de réquiem na igreja da
Santíssima Trindade (Dreifaltigkeitskirche), Beethoven foi enterrado no
cemitério Währing, a noroeste de Viena.
Seus restos mortais foram exumados para estudo, em 1862, sendo transferidos em 1888 para o Cemitério Central de Viena.
Franz Schubert foi um dos portadores da tocha.
Igreja da Santíssima Trindade |
Seus restos mortais foram exumados para estudo, em 1862, sendo transferidos em 1888 para o Cemitério Central de Viena.
A causa mortis do compositor
traz diversas controvérsias e foi motivo de estudos, dentre as causas apontadas
estão cirrose alcoólica, sífilis, hepatite infecciosa, envenenamento devido a
doses excessivas de chumbo à base de tratamentos administrados sob as
instruções do seu médico, sarcoidose (uma doença inflamatória multisistêmica) e doença de Whipple (doença infecciosa e sistêmica rara causada pela bactéria Tropheryma Whipplei).
Túmulo de Beethoven em Viena |
Da infância infeliz e
trágica, marcada pela brutalidade do pai alcoólatra, as responsabilidades que
teve de assumir ainda muito jovem, em razão da doença do pai e da perda da mãe,
a quem amava profundamente e que via sofrer pelos excessos do marido, isso tudo
foi sua matéria prima para sua autoconstrução e à sua música. Em seu catálogo
de composições temos:
Cinco concertos para piano
Concerto para violino
"Concerto Tríplice"
para piano, violino, violoncelo e orquestra.
16 quartetos de cordas
1 septeto de cordas para
piano
Dez sonatas para violino e
piano
Cinco sonatas para violoncelo
e piano
Doze trios para piano,
violino e violoncelo
"Bagatelas"
(Klenigkeiten) para piano, dentre elas "Für Elise" Missa em Dó Maior
Missa em Ré Maior
("Missa Solene")
Oratório "Christus am
Ölberge", op. 85 ("Cristo no Monte das Oliveiras")
"Fantasia Coral",
op. 80 para coro, piano e orquestra
Aberturas
Danças
Ópera Fidelio
Canções
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