O Barroco começa a partir do ano de 1600 e todas as
manifestações entre essa data e 1700 inserem-se num contexto assimétrico e
rebuscado das obras barrocas.
A palavra “barroco” deriva da palavra “verruca” do latim,
que significa elevação de terreno em superfície lisa. Toda pedra preciosa que
não tinha forma arredondada era chamada de barrueca. Logo após, toda e qualquer
coisa que possuía forma bizarra, que fugia do normal, era chamada de baroque.
O poeta italiano Giosuè Carducci foi quem, em 1860, adjetivou o estilo da época dos Seiscentos, referindo-se às manifestações artísticas ocorridas a partir do ano de 1600, como sendo barroco. Então, apesar de não possuir características unânimes em todas as obras, o barroco passou a ser a denominação dos artistas e escritores da referida época.
O poeta italiano Giosuè Carducci foi quem, em 1860, adjetivou o estilo da época dos Seiscentos, referindo-se às manifestações artísticas ocorridas a partir do ano de 1600, como sendo barroco. Então, apesar de não possuir características unânimes em todas as obras, o barroco passou a ser a denominação dos artistas e escritores da referida época.
Nas artes em geral, foi um estilo que ocorreu no período
entre o final do Século XVI e meados do Século XVIII, trata-se de um estilo
bastante rebuscado. Inicialmente o termo era designado ao estilo de arquitetura
e das artes plásticas, caracterizado pelo excesso de ornamentos.
Na pintura, escultura, arquitetura e artes decorativas,
estilo com elementos da alta Renascença e do Maneirismo e ligado à estética da
Contrarreforma, nascido em Roma por volta do ano 1600 e cujas características
básicas são o dinamismo do movimento com o triunfo da linha curva especialmente
na escultura e pintura, a busca da captação das reações emocionais humanas. O
estilo ganhou traços específicos em cada país.
Na literatura se caracteriza pela abundância de ornatos,
ousada elaboração formal, uso de recursos retóricos, tais como alegorias ou
metáforas e jogos de palavras, reflexos, nas formas e preocupações, da estética
da Contrarreforma católica.
Na música o estilo surgido na Itália entre 1600 e 1760, o
período que vai do aparecimento da ópera e do oratório até a morte de J. S.
Bach, que enfatiza a polaridade entre a melodia e o baixo contínuo, assim como
a harmonia expressiva, com exploração de elementos contrastantes dentro da
composição, e em cujo período de vigência se consolidou o sistema de harmonia
tonal prevalecente na música ocidental até o início do século XX.
A música barroca é geralmente exuberante: ritmos enérgicos,
melodias com muitos ornamentos, contrastes de timbres instrumentais e
sonoridades fortes com suaves.
Orfeu, do compositor Claudio Giovanni Antonio Montiverdi
(1567-1643) escrita no ano de 1607 é a primeira grande ópera. Ópera é uma peça
teatral em que os papéis são cantados ao invés de falados. A ópera de
Montiverdi possuía uma orquestra formada de 40 instrumentos variados, inclusive
com violinos, que começavam a tomar lugar das violas.
Alessandro Scarlatti (1660-1725) foi o mais popular
compositor italiano de óperas. Na França os principais compositores de óperas
foram Jean Baptiste Lully (1632-1687) e Jean Phillipe Rameau ( 1683-1764).
Nascido na mesma época da ópera, o Oratório é outra
importante forma de música vocal barroca. O oratório é um tipo de ópera com
histórias tiradas da Bíblia. Com o passar do tempo os oratórios deixaram de ser
representados e passaram a ser apenas cantados. Os mais famosos oratórios são
os do compositor alemão Georg Friedrich Haendel (1685-1759), do início do
século XVIII: Israel no Egito, Sansão e o famoso Messias .
Na partitura trecho de: For unto us a child is born |
Durante o período barroco, a música instrumental passou a
ter importância igual à da música vocal. A orquestra passou a tomar forma. No
início a palavra ‘orquestra’ era usada para designar um conjunto formado ao
acaso, com os instrumentos disponíveis no momento. Mas no século XVII, o
aperfeiçoamento dos instrumentos de cordas, principalmente os violinos, fez com
que a seção de cordas se tornasse uma unidade independente. Os violinos
passaram a ser o centro da orquestra, ali os compositores acrescentavam outros
instrumentos: flautas, fagotes, trompas, trompetes e tímpanos.
Um traço constante nas orquestras barrocas, porém, era a
presença do cravo ou órgão como contínuo, fazendo o baixo e preenchendo a
harmonia. Novas formas de composição foram criadas, como a fuga, a sonata, a
suíte e o concerto.
Antonio Vivaldi, Arcangelo Corelli, Domenico
Scarlatti, Francesco Saverio Geminiani,
Georg Philipp
Telemann, Henry Purcell, Johann Joachim Quantz,
Johann Sebastian
Bach, Pietro Locatelli e Tomaso Giovanni Albinoni.
Alessandro Stradella |
No link abaixo algumas peças do período, inclusive o trecho da partitura de O Messias:
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