Ludwig
Spohr, nascido em 05 de Abril de 1784, 231 anos no domingo de páscoa, mais um
alemão, oriundo do ducado
de Brunswick-Lüneburg, filho de Karl Heinrich Spohr e Juliane Ernestine Luise
Henke. Adotou o nome francês Louis fora da Alemanha.
Na
infância demonstrou interesse e habilidade com o violino, tendo aulas como
Maestro Dufour, que recomendou à família que o enviasse para estudar em Braunschweig.
Foi lá que, aos quinze anos, impressionou o Duque Herzog Ferdinand, que o
contratou para fazer parte do seu grupo musical de câmara.
Duque Herzog Ferdinand |
Aos
dezoito anos foi enviado para uma viagem que durou um ano inteiro, patrocinada
pelo Duque de Brunswick, a São Petersburgo acompanhando o violinista virtuoso
Franz Anton Eck, então seu professor. Nesta época compôs o seu primeiro
concerto para violino. Ao retornar, o duque concedeu-lhe uma licença para uma turnê
pelo norte da Alemanha.
Aos
vinte anos, em Dezembro de 1804, em Leipzig um influente crítico musical, Johann
Friedrich Rochlitz, ficou impressionado não só com a sua habilidade técnica ao
violino como também por sua música.
Johann Friedrich Rochlitz |
Com
o sucesso de sua turnê e a fama que alcançara na Alemanha, em 1805, Spohr foi
contratado como mestre de concerto na corte de Gotha, cargo que ocupou até
1812.
Apaixonou-se
pela bela harpista de 18 anos Dorette Scheidler, filha de um dos cantores da
corte. Casaram-se no ano seguinte, para ela escreveu algumas peças pelo obscuro
instrumento. No dia 27 de Maio de 1807 nasce a sua primeira filha Emilie Zahn.
No ano seguinte em 06 de novembro, nasce Johanna Sophia Luise Wolff.
De
1813 a 1815, trabalhou como regente no Theater an der Wien, Viena, onde conheceu
e se tornou amigo de Ludwig van Beethoven.
Entre
1816 e 1817 viajou com a esposa pela Itália apresentando-se juntos como um duo
de violino e harpa, com muito sucesso.
Foi
o diretor de ópera em Frankfurt pelo período de 1817 até 1819, produzindo suas
próprias óperas, sendo a primeira delas, Faust, que havia sido rejeitada em
Viena. Nesta época nasce a sua terceira filha, Therese em 29 de Julho de 1818.
Da esquerda para a direita: Dorette Scheidler (primeira esposa) e suas filhas: Emilie Zahn, Johanna Sophie e Therese, Marianne Pfeiffer (segunda esposa) |
Resolveu
apresentar-se novamente com a esposa visitando a Inglaterra (1820) e Paris
(1821), foi então que durante as viagens, Dorette decide abandonar a carreira
de harpista e se concentrar na criação das filhas.
Carl Maria Von Weber |
Com
a decisão da esposa, ele decide aceitar o cargo de diretor de música na corte
de Kassel, que foi mais longo cargo de Spohr, de 1822 até a sua morte, posição
oferecida a ele por sugestão de Carl Maria von Weber.
Dorette
Scheidler morre em 1834. A dor da perda só é apaziguada ao conhecer a pianista Marianne
Pfeiffer, de 29 anos de idade, com que se casa em 03 de Janeiro de 1836. Em
Junho de 1838, falece sua filha caçula, Therese.
Em
1857, ele foi aposentado, contra a sua própria vontade, e no inverno do mesmo
ano, quebrou o braço num acidente que pôs fim a sua forma de tocar violino. No
entanto, ele conduziu sua ópera Jessonda no cinquentenário do Praga Conservatorium,
no ano seguinte, com toda a sua antiga energia.
O
compositor faleceu em Kassel, no dia 22 de Outubro de 1859.
Escreveu
música em todos os gêneros. Produziu mais de 150 obras catalogadas com número
Opus e outra centena não catalogada.
Dentre
elas:
-
20 concertos, sendo quatro para clarineta e dezesseis para violino;
Os
quatro concertos de clarineta, foram todos escritos para o virtuoso Johann
Simon Hermstedt.
-
10 sinfonias, sendo a décima inacabada;
-
36 quartetos de corda, como também quatro interessantes quartetos duplos para
dois quartetos de cordas.
-
Também escreveu uma variedade de outros quartetos, duetos, tercetos, quintetos
e sextetos, um octeto e um noneto, obras para violino solo ou para harpa solo,
e obras para violino e harpa para serem executadas por ele e sua esposa
conjuntamente.
Embora
obscuras hoje, as melhores óperas de Spohr são Faust (1816), Zemire und Azor (1819)
e Jessonda (1823), sendo a última proibida pelos Nazistas pelo fato de ela
mostrar um herói europeu apaixonado por uma princesa indiana.
Escreveu
dúzias de canções, muitas delas colecionadas como Deutsche Lieder (Canções
alemãs).
Spohr
também, como também uma missa e outras obras corais. Os seus oratórios,
particularmente Die letzten Dinge (O Juízo Final) (1825—1826), foram
grandemente admirados durante o século XIX.
Além
de obras musicais, Spohr escreveu um método de ensino chamado Escola de Violino,
publicado em 1832 e uma interessante e informativa autobiografia, publicada após
sua morte em 1860.
Spohr
era um conceituado violinista, e inventou a queixeira para violinos por volta
de 1820. Ele também era um regente significativo, sendo um dos primeiros a usar
a batuta e também inventando letras de ensaio que são postas periodicamente do
início ao fim de uma partitura de maneira que o regente possa economizar tempo
pedindo a orquestra ou cantores para começar a executar a partir de uma letra
específica.
Para
além de compositor Spohr foi também um notável violinista e professor. Como
violinista diz-se que apenas teve paralelo em Paganini e como professor o seu
método de ensino fez escola.
A
sua sexta sinfonia "Histórica" é uma paródia a vários géneros
musicais.
Em
Kassel existe um museu dedicado à sua memória.
Assim
como Haydn, Mozart e seu contemporâneo Johann Nepomuk Hummel, Spohr era ativo
como maçom.
Para ouvir parte de sua obra:
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-fml0MjVYNC1HRDhnTlhxNUJhLXlCZG1FZUNRYUVyMEVsZnprVjlvNloza1E?resourcekey=0-40A8Ie-Z3KwIaLX_BVVqMg&usp=sharing
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