quarta-feira, 28 de maio de 2014

VILLA LOBOS


Heitor Villa Lobos
Nascido no Rio de Janeiro em 05 de Março de 1887.
Foi apresentado à música por seu pai, Raul Villa-Lobos, músico amador e funcionário da Biblioteca Nacional, com quem teve as primeiras lições de música, desde cedo aprendeu a tocar piano e clarineta, aos 12 anos começou a tocar violoncelo em uma viola improvisada. Já adolescente foi autodidata no violão. Sua formação de autodidata foi completada lendo e estudando as obras dos grandes mestres. Dentre eles Bach. O conhecimento do folclore nacional viria também a ser de vital importância para a criação de sua monumental obra nacionalista

No final da década de 1910, ingressou no Instituto Nacional de Música, no Rio de Janeiro, sem concluir o curso, pois não se adaptou ao ensino acadêmico.
Suas primeiras peças foram influenciadas por Puccini e Wagner, tendo também uma influência muito forte de Stravinsky.

Na Semana de Arte Moderna de 1922, ficou famoso um episódio em que o compositor é chamado ao palco e entra com um dos pés calçado de sapato e o outro de sandália, com uma atadura chamativa no dedão. Interpretada como uma atitude de vanguardismo provocativo, Villa-Lobos é vaiado; depois viria a explicar que o ferimento era verdadeiro, demonstrando sua ingenuidade ante as reações ardorosas despertadas pelo evento.

Bachianas - O ciclo de nove "Bachianas Brasileiras" é um dos destaques de sua obra. Escritas entre 1930 e 1945. Duas das peças mais gravadas de Villa-Lobos são desse ciclo: a "Ária (Cantilena)" que abre a "Bachianas Brasileiras nº 5" e a "Tocata (O Trenzinho do Caipira)", quarta parte da "Bachianas Brasileiras nº 2". A motivação, de acordo com o próprio Villa-Lobos, foram as semelhanças que encontrou entre músicas folclóricas do sertão brasileiro e a obra do alemão Johann Sebastian Bach, intencionou construir uma versão nacional dos Concertos de Brandemburgo. Essa intenção é clara nas Bachianas n° 1, para conjunto de violoncelos, dividida em três movimentos: Introdução (Embolada), Prelúdio (Modinha) e Fuga (Conversa).

Considerado, ainda em vida, o maior compositor das Américas, Heitor Villa-Lobos compôs cerca de 1.000 obras e sua importância reside, entre outros aspectos, no fato de ter reformulado o conceito de nacionalismo musical, tornando-se seu maior expoente. Foi, também, através de Villa-Lobos que a música brasileira se fez representar em outros países, culminando por se universalizar. Villa-Lobos se incomodava muito com o título de compositor brasileiro. Ele sempre fazia questão de dizer que era compositor do mundo, afinal ninguém fala de outros compositores como Mozart, Bach, etc, dizendo que são de determinados países.
Em 1947, em Nova Iorque, sofreu a primeira intervenção cirúrgica para tratar do problema que iria tirar-lhe a vida doze anos mais tarde, pouco mencionado em suas biografias: o câncer de bexiga, causado por seu vício em charutos
Faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de Novembro de 1959.
Não pertenceu à nossa fraternidade.
“Considero minhas obras como cartas que escrevi à posteridade, sem esperar resposta.” – Villa-Lobos.

Algumas Bachianas:
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-Um1Oa1lvUno4clE?resourcekey=0-jioM3XNjZQp1PgY8GsVPqg&usp=sharing


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