quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CARLOS GOMES

Na Loja Amizade, a primeira da capital da província de São Paulo, Manoel de Sant’Ana e seu irmão carnal Antônio Carlos foram iniciados nos Augustos Mistérios no dia 24 de Junho de 1.859.
Teatro Alla Scala
Foi o mais importante compositor de ópera brasileiro. Destacou-se pelo estilo romântico, com o qual obteve carreira de destaque na Europa. Foi o primeiro compositor brasileiro a ter suas obras apresentadas no Teatro alla Scala (uma das mais famosas casas de ópera do mundo, em Milão, Itália).
Nascido na Vila Real de São Carlos, hoje Campinas, sendo um dos vinte e seis filhos dos quatro matrimônios de Manuel José Gomes, mestre de música, conhecido como Maneco Músico, Antônio Carlos Gomes, veio à luz do ventre de Fabiana Maria Jaguary Gomes, no dia 11 de Julho de 1836. Aos oito anos de idade, perdeu sua mãe, vítima de assassinato.
Seu primeiro professor foi o seu pai, ensinando-lhe a tocar violino, clarineta, flauta e piano.
Em 1.847, muda-se para São Paulo, para prosseguir os estudos, nesta época compõe pequenas peças como quadrilhas, valsas e polcas.
Aos dezoito anos escreve sua primeira composição de importância, Missa de São Sebastião dedicada ao seu pai. Ainda em 1.854, compôs sua modinha mais famosa, “Quem Sabe?” com versos de Francisco Leite de Bittencourt Sampaio, dedicada a Ambrosina Correia do Lago, sua namorada de Campinas, ao receber a notícia do matrimônio de sua amada.
No ano seguinte compôs a Missa de Nossa Senhora da Conceição. Passados dois anos, compõe a modinha Suspiro D’Alma com versos de Almeida Garrett.
Aos 23 anos de idade faz o Hino Acadêmico da Faculdade de Direito de São Paulo. Nesta época ocorreu a sua iniciação.
Seu primeiro grande êxito foi “A noite do Castelo” em 1861. Dom Pedro II agraciou-lhe com Imperial Ordem da Rosa.  Em seguida devido ao sucesso da Ópera Joana de Flandres, viajou à Europa como bolsista por conta da Empresa de Ópera Lírica Nacional. Por recomendação de Dom Pedro II foi apresentado ao diretor do Conservatório de Milão, Lauro Rossi.
da esquerda para a direita: Maneco Músico, Bittencourt Sampaio,
Almeida Garrett, Dom Pedro II e Lauro Rossi







Em 1866, recebia o diploma de mestre e compositor, com elogios de críticos e professores, sua primeira peça musicada foi “Se sa minga”.
No ano seguinte, escreve sua obra mais famosa, baseado no romance de José de Alencar, Il Guarany. Giuseppe Verdi comentou: Este jovem começa, onde eu termino!

Na Itália casou-se com Adelina Péri, com ela teve cinco filhos, mortos ainda na infância, restando apenas Ítala Gomes Vaz de Carvalho. Sua obra prosseguiu com Fosca, que ele considerava seu melhor trabalho, Lo Schiavo, O Condor.
Um tumor maligno na língua e garganta fazia-o sofrer dolorosamente. Em 1892 compôs Colombo, poema sinfônico que, incompreendido pelo grande público, não obteve êxito.
Lauro Sodré, primeiro governador do Pará, pediu-lhe para organizar e dirigir o Conservatório daquele Estado. Na sua viagem de retorno ao Brasil, no dia 8 de Abril de 1895, em Lisboa, sofre a primeira intervenção cirúrgica na língua, sem resultados animadores.
Em 14 de maio, em sua chegada foi ovacionado pelos paraenses. Aqueles seriam os últimos dias de Carlos Gomes. O tumor era muito grave, os esforços médicos foram em vão. O Maestro chegou a um momento que já não falava com clareza, quase não engolia e quando conseguia fazê-lo era com extrema dificuldade, usava uma vareta para apontar as coisas de que tinha necessidade e lápis e papel para comunicar-se.
Cercado por autoridades e amigos, com o governador Lauro Sodré à cabeceira, Carlos Gomes morreu às 22 horas e 20 minutos de 16 de setembro de 1896. 
Nenhum sacerdote visitou Carlos Gomes em sua agonia e nem na hora da morte. Ele não recebeu extrema-unção nem hóstia consagrada porque era maçom. Dr. Pedro Clermont colocou-lhe sobre o peito um crucifixo na hora final. Diziam os jornais, o maestro não morrera; antes, cruzara os umbrais da Fama!
Seu corpo não foi sepultado em Belém, Campos Sales então presidente do Estado de São Paulo, solicitou o seu traslado para o Estado onde nascera o compositor. Os restos mortais do maestro encontram-se hoje no magnífico monumento-túmulo, em Campinas, sua terra natal, na Praça Antônio Pompeu. A duas quadras dali está o Museu Carlos Gomes, que reúne objetos e partituras do compositor.
Museu Carlos Gomes com objetos pessoais, peças diversas,
 o piano e instrumentos do compositor Carlos Gomes

Como curiosidade Lauro Nina Sodré e Silva, foi iniciado em 1º de Agosto de 1888, na Loja Harmonia, de Belém do Pará. Foi Grão Mestre do G.O.B. em 1904, sendo reeleito em 1907, 1910, 1913 e 1916. Concorreu à Presidência da República em 1898, derrotado por Campos Sales, também maçom.
Grão Mestre Lauro Sodré               Campos Sales          

Recomendo a leitura da página do site a seguir:
http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0182j.htm 

Para audição e download:
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-OUNPUG9hTDV5cmc?resourcekey=0-ia6O4xjNCbkz_ru-W9ZvPQ&usp=sharing

EQUINÓCIO DE PRIMAVERA



No hemisfério norte, o ano começa no inverno e a primeira estação completa é a primavera. Assim como é a primeira estação completa de cada novo Veneralato em nossa Oficina. Nesta data comemoramos a primeira das cerimônias das estações - O Equinócio de Primavera. E para esta cerimônia usamos o Concerto nº 1 em E maior - RV 269 - A primavera - em seus três movimentos - Allegro, Largo e Allegro (Dança Pastoral). Uma pequena curiosidade o Catálogo de Ryom demonstra ter sido este o primeiro concerto da série, mas não houve uma sequência perfeita. Seguindo a ordem da Natureza, a próxima composição deveria ser O Verão, mas na realidade Vivaldi dedicou-se ao Outono. Peter Ryom foi um erudito dinamarquês, autor do principal catálogo das obras do Padre Ruivo, apelido de Antonio Vivaldi.
Antonio Vivaldi

Em “A Primavera”, os violinos esbanjam uma melodia extremamente alegre como se fossem os pássaros despertando um novo dia, representando o renascer da natureza. É a primeira parte deste ciclo, o início da vida.
Recentemente, em uma pesquisa na grande rede virtual encontrei uma passagem pouco conhecida desta obra, pois as gravadoras nos privam de maiores informações na constante busca de redução de custos e aumento dos lucros, que esta obra quando foi apresentada era acompanhada por sonetos, que eram lidos no início da execução de cada um dos movimentos. Não existe a confirmação de quem seria o autor de tais versos, supõe-se que sejam também de Antonio Vivaldi.
Vivaldi teria escrito ou encomendado estes poemas para que apresentassem a representação daquele concerto, mais tarde estes versos foram incorporados à partitura, fazendo com que os músicos soubessem sem qualquer dúvida qual o fenômeno que estariam representando:


A Primavera

Chegada é a Primavera e festejando
A saúdam as aves com alegre canto,
E as fontes ao expirar do Zéfiro
Correm com doce murmúrio.

Uma tempestade cobre o ar com negro manto
Relâmpagos e trovões são eleitos a anunciá-la;
Logo que ela se cala, as pequenas aves.
Tornam de novo ao canoro encanto.

Diante disso, sobre o florido e ameno prado,
Ao agradável murmúrio das folhas
Dorme o pastor com o cão fiel ao lado.

Da pastoral Zampónia ao som de aplausos festejantes
Dançam ninfas e pastores sob o abrigo amado
Da primavera, cuja aparência é brilhante.

A relação entre os movimentos e o soneto seria: Primeira e segunda estrofe se relacionaria com o primeiro movimento (allegro); o segundo movimento (largo) estaria relacionado com a terceira e o terceiro (allegro: Dança Pastoral) com a quarta.






Zéfiro é o vento do Oeste, também considerado uma brisa suave ou vento agradável, pois era o mais suave de todos os ventos tido por benfazejo, frutificante e mensageiro da Primavera.

Zampónia – é a flauta de bambu comum nos países andinos, já a que trata o texto refere-se a Zampogna Italiana – que é feita com a pele de cabra, semelhante a gaita de foles.


Durante a sessão foram tocadas outras obras de Antonio Vivaldi para compor toda a Harmonia da Loja.
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-b2pOM2M3ZkpKejQ?resourcekey=0-VQS8sa3T8W9w39OiaWpSXA&usp=sharing



PACHELBEL

JOHANN CHRISTOPH PACHELBEL

Um dos mestres do Barroco Europeu mais na atualidade por uma única obra, e bastante desconhecido pelas demais. A obra mais conhecida é o Cânone em Ré Maior, uma das mais tocadas em casamentos, e foi composta em 1680.
Nascido em Nuremberg, Alemanha, e batizado no dia 01 de Setembro de 1653, teria feito trezentos e sessenta anos dias atrás.
Trecho de Partitura do Canon in D
Naquela época era comum o incentivo aos estudos musicais, com Johann não foi diferente, desde cedo, iniciou os estudos com o músico Heinrich Schwemmer e, posteriormente, com o organista Georg Caspar Wecker. Sua habilidade musical o levou, aos 15 anos, para a Universidade de Altdorf.
Em 1670, matriculou-se no Gymnasium Poeticum, em Ratisbona para prosseguir seus estudos de música com Kaspar Prentz, mestre que o apresentou à música italiana. Em 1673, em Viena, foi por alguns anos o vice-organista da Catedral de Santo Estevão e depois, um ano era o organista da corte em Eisenach, na Alemanha.
Em junho de 1678, Pachelbel foi nomeado organista da Igreja dos Pregadores Protestantes, em Erfurt, onde permaneceu por 12 anos. No decorrer deste período, alcançou sucesso extraordinário como organista, compositor e professor. Casou-se duas vezes. Ele perdeu a primeira esposa e o filho contaminados pela peste, em 1683, e casou-se novamente em 1684.
Depois de deixar Erfurt em 1690, passou breves períodos como organista em Stuttgart e Gotha. No verão de 1695, voltou à sua Nuremberg natal para trabalhar os últimos 11 anos de sua vida, como organista na Igreja St. Sebald. Em 1699, produziu a importante coleção de seis árias, Hexachordum Apollinis, para órgão. Johann Pachelbel morreu, aos 53 anos, no dia 3 de março de 1706, mas acredita-se que ele tenha sido enterrado no dia 9.
Deixou dois filhos, Wilhelm Hieronymous Pachelbel e Charles Theodore Pachelbel, ambos músicos e organistas.

Johann Cristoph e Johann Sebastian
Bach
Pachelbel foi um compositor prolífico. Sua música para órgão inclui 70 corais e 95 fugas para o Magnificat. Compôs considerável número de cantatas para a igreja luterana e sonatas para vários instrumentos, especialmente o violino. O respeitado organista manteve amizade com a família Bach. Exerceu influência nas obras do genial Johann Sebastian e foi professor de Johann Christoph, o filho mais velho do clã.
Para ouvir e download:
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-TFY0elZHZS1DT1E?resourcekey=0-gsxkuga0VnpAx351FLZChA&usp=sharing

terça-feira, 24 de setembro de 2013

CORCIOLLI

Corciolli nasceu em São Paulo - SP.
 Em 1993, após se formar em Arquitetura, fundou a Azul Music, gravadora especializada em música para a nova consciência. Lançou seu primeiro álbum solo All That Binds Us (Tudo que nos une), onde apresenta sua visão profissional como compositor, arranjador, instrumentista e produtor. Em 1995, colocou no mercado o CD Unio Mystica, ousado trabalho que apresenta textos em latim e tratados alquímicos da Idade Média, canto gregoriano realizado no mosteiro de São Bento, em São Paulo, e mixado nos EUA.
Em 1996, já como referencial da música new age no Brasil, foi convidado a produzir coletâneas com artistas de renome nacional e internacional para as revistas Planeta, Planeta Nova Era, Isto É, Áudio News, MotorShow, Inside, sucesso absoluto nas bancas, com reconhecida qualidade de produção.
CDs Revista Planeta Nova Era
 No mesmo ano, apresentou-se no memorial da América Latina, em São Paulo, gravou o CD The New Moon of East, com monges tibetanos de Garden Shartse e, em 1997, seu álbum Unio Mystica recebe uma benção especial do Papa João Paulo II e é lançado em 22 países europeus, dando início a uma promissora carreira internacional. Corciolli foi o único artista brasileiro a participar da coletânea holandesa The Healing (Universal Music - 1999), ao lado de Dead Can Dance, Vangelis, Kitaro, Andreas Vollenweider, Secret Garden, Enigma, entre outros.
Aliando tecnologia com instrumentos de percussão acústicos, a música singular de Corciolli é a união das várias culturas e etnias musicais que compõem o perfil do povo brasileiro: a miscigenação das culturas árabes, africanas, orientais e européias, enfatizando releituras de ritmos brasileiros como o baião, maracatu, bumba-meu-boi, xote, samba, congado, bossa nova, etc. É a fusão da música new age com a world music. Segundo os críticos, seu trabalho é colocado no patamar de artistas como Enya, Kitaro e Yanni.

Hoje, mediante sua gravadora Azul Music, Corciolli possui vários álbuns lançados fora do Brasil além de dezenas de outros como produtor.
Material disponível para audição e download:

VANGELIS


Evángelos Odysséas Papathanassíu, nascido em Vólos, na Grécia em 29 de março de 1943 é um músico de estilos neoclássico, progressivo, eletrônica e ambiente. Mais conhecido como Vangelis começou a compor desde os quatro anos de idade, tornando-se um grande autodidata da música. O músico recusou as tradicionais aulas de piano, e durante sua carreira não tinha muito conhecimento para ler ou escrever partituras. Estudou música clássica, pintura e direção na Academia de Artes em Atenas.
No início dos anos 60 formou um grupo pop, o Forminx  que se tornou muito popular na Grécia. 
No alto: Forminx e Aphrodite's Child
Abaixo: Frederic Rossif e Álbum Earth
Na época do Motim dos Estudantes em 1968 mudou-se para Paris e fundou a banda de rock progressivo
Aphrodite's Child com os integrantes Demis Roussos, vocalista, e Loukas Sideras. Algumas das canções de sucesso da banda foram "Rain and Tears", "Marie Jolie", "It’s Five O’Clock". O grupo se desfez em 1972, ainda que Roussos tenha feito diversas participações nos trabalhos de Vangelis.
No início de sua carreira solo escreveu temas para dois filmes do cineasta francês Frederic Rossif em 1973.
Seu primeiro álbum oficial saiu em 1974, chamado de Earth. Na mesma época, participou de ensaios com outra banda de rock progressivo, Yes. Embora nunca tenha feito parte da banda, tornou-se amigo do cantor Jon Anderson, com que produziu diversos álbuns nos anos 80 e 90.
Com Jon Anderson e no Nemo Studios
Em Londres, Vangelis montou seu próprio estúdio, o (Nemo Studios), onde começou a gravar uma série de álbuns respeitados de música eletrônica. Dentre eles o álbum Heaven and Hell que mais tarde teve trechos utilizados como tema da série Cosmos.

Suas composições mais conhecidas são o tema vencedor do Oscar de 1981, com o filme Carruagens de Fogo, a trilha sonora do clássico Blade Runner, e mais recentemente, a trilha sonora do filme biográfico de Cristóvão Colombo, 1492 - A Conquista do Paraíso.
Alguns dos documentários submarinos de Jacques Cousteau também levam a assinatura de Vangelis. Em 1992, a França o condecorou como Chevalier Order of Arts and Letters.


Em 2001 lança Mythodea (mais orquestral que eletrônico) que foi escrita em 1993 e depois foi usada com tema pela NASA nas missões a Marte. Em 2004 lançou um CD com a Trilha Sonora do filme Alexandre (Alexander) de Oliver Stone. 

Para ouvir ou fazer download das músicas apresentadas:
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-VGhiNTR5MzNVejA?resourcekey=0-1aKUImeZnoQY79Mjvh6M0Q&usp=sharing

RICK WAKEMAN

Richard "Rick" Christopher Wakeman:



nascido no condado Perivale, Middlesex, que pertence a grande Londres em 18 de maio de 1949, filho do pianista Cyril Frank Wakeman, tornou-se bastante famoso por sua virtuosidade. Nos primeiros anos de sua carreira ele foi um pioneiro no uso de teclados eletrônicos e seu nome tornou-se sinônimo de tecladista cercado por uma vasta gama de equipamentos.
Wakeman alcançou a fama em 1970 tocando com a banda The Strawbs, e posteriormente juntando-se ao Yes em 1971. No Yes, entrou e saiu da banda pelo menos quatro vezes, reflexo de um relacionamento turbulento com o grupo. Em 2002 ele voltou ao Yes pela quinta vez.
Strawbs                                           Yes

Wakeman tem uma carreira solo extremamente longa. Ele também tocou como músico convidado para diversos artistas britânicos. Sendo considerado um dos pais do Rock Progressivo e do Rock Sinfônico.
Wakeman é um tecladista brilhante, com as mãos mais ágeis dentre todos os tecladistas. Utiliza pianos acústicos, elétricos e eletrônicos; sintetizadores; todos os tipos de teclados; órgãos, clavicórdios e tudo que tenha teclas.
clavicórdio

Produziu centenas de álbuns com os mais variados temas. Desde lendas míticas da antiga Inglaterra até o Espaço Sideral, passando por reis, rainhas, temas astrológicos, trilhas sonoras para filmes dentre outros. Produziu tantos álbuns em sua carreira musical que nem mesmo o próprio tem certeza de quantos álbuns produziu ou participou, os estilos variam do rock progressivo e sinfônico até a new age.
Na década de 80, passou por uma situação difícil, dois casamentos fracassados e problemas com a bebida alcóolica. O casamento com a atriz inglesa Nina Carther teve importante papel na reabilitação de Rick. Adotou a religião Batista, que influenciou diversos de seus trabalhos.
Nina Carther & Rick Wakeman
Dois de seus filhos, Adam Wakeman e Oliver Wakeman, também seguiram a carreira de tecladistas, sendo o filho Oliver o que mais se aproxima do estilo do pai. Adam Wakeman toca muito com o pai aparecendo em diversos álbuns e shows.
Recentemente, no final de 2008, Wakeman foi convidado formalmente pela realeza britânica para celebrar os 500 anos da ascensão de Henrique VIII ao trono inglês com seu espetáculo "As seis esposas de Henrique VIII", O show foi realizado em um dos castelos construídos por Henrique VIII, o Hampton Court Palace e reuniu uma orquestra com 70 integrantes, um coral de 40 vozes, um quinteto de rock e diversos convidados especiais.
Em 2012, ele esteve novamente em turnê pela América Latina. Tocou na Argentina, no Chile e no Brasil. Em território brasileiro, se apresentou em Novo HamburgoPorto Alegre e São Paulo.

Suas maiores obras são: o já citado Henrique VIII", "Os Mitos e Lendas do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda " e "Viagem ao centro da Terra ".

Em 2007 foi iniciado na Chelsea Lodge nº 3098 em Londres.
Ir.´. Rick Wakeman, o primeiro a esquerda.

 Para ouvir ou fazer o download de músicas de Rick Wakeman acesse:
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-aHpXTUFqS01NSGs?resourcekey=0-0i9wq2twzbSGZ_iDQQxUCg&usp=sharing

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Primeira Postagem! Espero que de muitas...

Caros Irmãos,

Se a régua de 24 polegadas for bem administrada conseguirei manter este blog sempre ativo e atualizado, a ideia é transcrever aqui alguns trabalhos apresentados em nossa loja.

A primeira postagem será a transcrição de um trabalho feito quando ocupei o cargo de Mestre de Harmonia no período de 2007/2008.

Espero que gostem.


Trabalho de Mestre de Harmonia
No passado as Lojas Maçônicas tinham a Coluna da Harmonia formada pelo conjunto dos Irmãos músicos que contribuíam para o brilhantismo e beleza dos trabalhos ou festejos maçônicos. Atualmente, devido ao tamanho dos templos e facilidades tecnológicas, a maioria das Lojas não dispõe de um piano ou órgão, sendo a Harmonia de responsabilidade do Mestre de Harmonia.
A Harmonia é a disposição bem ordenada entre as partes de um todo, é a conformidade, a simetria, a suavidade, é a Paz e a Tranqüilidade. É também a consonância ou sucessão agradável de sons.
Na Música é a arte e ciência que tem por objeto a formação e o encadeamento dos acordes, segundo as leis da tonalidade, do cromatismo.
A palavra grega MOUSIKE significa não apenas música, mas também todas as formas de expressão que tenham por finalidade a criação da Beleza. O termo Música derivou-se de “Arte das Musas”.
Musas – do grego mousa – substantivo feminino, por extensão – tudo quanto pode inspirar um poeta. Da Mitologia – Divindade inspiradora da poesia. Cada uma das nove deusas que presidiam às Artes Liberais. (Aurélio Buarque de Hollanda).
São elas:
  • - Euterpe: a musa da música e da poesia lírica;
  • - Terpsícore: a musa da dança e do canto coral;
  • - Tália: a musa da comédia;
  • - Melpômene: a musa da tragédia;
  • - Polínia: a musa dos hinos sacros;
  • - Erato: a musa da poesia amorosa;
  • - Clio: a musa da história;
  • - Urânia: a musa da astronomia; e
  • - Calíope: a musa da poesia épica (eloqüência).
Euterpe era a mais importante delas por ser a música a principal arte.
Eram filhas de Zeus e de Mnemósine, em algumas versões são filhas da deusa Harmonia ou de Geia (Terra) com Urano (Céu).
Mas o que é Música? De um modo simplista á a arte ou ciência de combinar os sons de modo agradável ao ouvido.
Na Escola Pitagórica a música era utilizada para o fortalecimento da união entre os discípulos, Pitágoras entendia que a música era capaz de instruir e purificar a mente humana. A música era uma disciplina moral, pois freava os ímpetos agressivos do ser humano.
A Lira é a Jóia que representa o cargo do Mestre de Harmonia, trata-se de um instrumento musical de corda cuja origem remonta do início da história. Era o símbolo de Apolo, o deus da música e da poesia; era também o instrumento preferido dos gregos para acompanhar canções e textos recitados. A Lira também é instrumento que tocam os anjos em diversas gravuras. David usava uma lira para embelezar os seus salmos.
A estrutura de uma lira consiste num corpo oco – caixa de ressonância – do qual partem, verticalmente, dois braços (montantes), que, por vezes, também são ocos. Junto ao topo, os braços ficam ligados a uma barra – o jugo – que liga as cordas até outra saliência de madeira transversal – o cavalete – disposta junto à caixa de ressonância e que lhe transmite as vibrações das cordas. As cordas são percutidas com a ajuda de um plectro (palheta). O número de cordas variava, geralmente entre seis e oito. As cordas eram feitas de tripa ou tendões de boi ou carneiro. Há quem afirme que os braços primitivos deste instrumento eram feitos com chifres de cabra.
Lírica ou Lírico é uma palavra que deriva de seu nome. Lírica tratava-se de um gênero poético cujo principal traço era a melodia.
A lira, na Maçonaria não é um símbolo muito importante, não possui nenhum significado próprio que se relacione exclusivamente com a Maçonaria, mantendo o seu simbolismo profano e Universal, ou seja, trata-se do Símbolo da Música.
O cargo de Mestre de Harmonia é um desdobramento do cargo de Mestre de Cerimônias, pois tem relação intrínseca com a beleza dos trabalhos.
É conferido ao Mestre de Harmonia o dever de selecionar e executar as peças musicais pertinentes a cada sessão, a fim de embelezá-las. É de sua responsabilidade o perfeito estado de funcionamento dos aparelhos, para que a Harmonia Musical seja perfeita em cada sessão, econômica ou não.
O Mestre de Harmonia é um cargo extremamente discreto, pois em momento algum nos rituais é dado a ele qualquer fala, seja nas instruções ou na ritualística. Tampouco na planta do templo o seu posto é marcado, ficando a critério da arquitetura da Loja a sua melhor disposição. Normalmente está na coluna do Sul, próximo ao Guarda do Templo. Entretanto cabe a ele, a importância de buscar a harmonia e a beleza nos trabalhos.
Nos rituais, nos nossos estatutos pede-se que toquemos preferencialmente compositores maçônicos, vejam preferencialmente, assim creio que nada impeça que toquemos qualquer compositor, desde que sua música seja adequada aos trabalhos. O bom senso prevalecerá como em todas as ações de um maçom.
Discordo dos autores consultados para a confecção deste trabalho, quando sugerem até as obras a serem tocadas, dando grande importância à Mozart, e restringindo bastante o bom gosto e a criatividade daquele que ocupar o cargo de Mestre de Harmonia.
Entretanto alguns cuidados quanto ao tipo de música a ser executada devem ser observados:
  • - Evitar músicas cantadas dando preferência às músicas instrumentais;
  • - Evitar músicas sacras que nos remetam a determinada religião, pelo caráter universal de nossa ordem.
Cabe aqui outra ressalva, disse evitar, e não que não é permitido, afinal somos livres e de bons costumes.
É interessante que o Mestre de Harmonia prepare músicas adequadas, principalmente para as Sessões de Iniciação, Elevação e Exaltação; bem como para os Solstícios e Equinócios, e tantas outras Sessões Magnas.
Alguns autores citam que só é permitida a entrada no Templo antes dos trabalhos se iniciarem a três Irmãos, são eles: O Arquiteto que prepara o templo para a sessão que se realizará; o Mestre de Harmonia que prepara o equipamento e os respectivos discos a serem executados e o Guarda do Templo que permitirá o acesso aos demais irmãos quando do início da Sessão.
Um outro parêntese, neste trecho, pois em nossa Loja, antes do acesso do Guarda do Templo, teremos ainda a visita do Irmão Mestre de Cerimônias que conferirá se tudo está em conformidade aos trabalhos que irão se realizar. E principalmente teremos a purificação do Templo que será executada pelo Venerável Mestre acompanhado de outros dois mestres.
No momento de retirar-se do Templo, a Ordem de Saída é inversa à entrada, assim o Mestre de Harmonia deve aguardar a saída de todos os obreiros, ficando após a sua saída apenas o Guarda do Templo.
Vários são os compositores que pertenceram à nossa Ordem, dentre eles podemos citar:

Wolfgang Amadeus Mozart, Beethoven, Haendel, Sibelius, Liszt, Phillip Souza, Cherubini, Salieri, Carlos Gomes, na medida do possível pretendo apresentar algumas obras destes autores.
As primeiras composições maçônicas datam de 1723 e foram publicadas junto com a primeira Constituição da Grande Loja de Londres; são elas:
  • - A Canção dos Aprendizes – Matthew Birkhead;
  • - A Canção dos Companheiros – Charles Delafaye;
  • - A Canção do Vigilante – James Anderson;
  • - A Canção do Mestre – James Anderson.
Esta última, publicada em 1738 juntamente com a segunda edição das Constituições de Anderson.
 No Brasil, foram compostas as seguintes obras:
  • Hymno do REAA – M.A. Silveira Neto e Jerônimo Pires Missel
  • Hino Maçons Avante – Jorge Buarque Lira e Mario Vicente Lima
  • Hino Maçônico – Dom Pedro I (D. Pedro IV de Portugal)
  • Canto Ritualístico Maçônico – Francisco Sabetta e José Bento Abatayguara
  • Hino Maçônico para Abertura e Fechamento dos Trabalhos – Otaviano Bastos
  • A Acácia Amarela – Luiz Gonzaga (o Rei do Baião) - para ouvir ou fazer download desta música acesse o link abaixo:
  • https://drive.google.com/folderview?id=0B9F356bpnhA-cnRPejZYTmJmekk&usp=sharing
Acácia Amarela - composição de Luiz Gonzaga e Orlando Silveira

Ela é tão linda é tão bela
Aquela acácia amarela
Que a minha casa tem
Aquela casa direita
Que é tão justa e perfeita
Onde eu me sinto tão bem

Sou um feliz operário
Onde aumento de salário
Não tem luta nem discórdia
Ali o mal é submerso
E o Grande Arquiteto do Universo
É harmonia, é concórdia
É harmonia, é concórdia

A seguir, como curiosidade, a origem do nome das notas musicais:
No Século XI, um monge chamado Guido d’Arezzo reparou que um Hino a São João Batista, composto por Paolo Diácono, em sua primeira estrofe de sete versos continha a seguinte estrutura: o primeiro começa em Dó, o segundo em Ré, o terceiro em Mi e assim sucessivamente até o Si. Até então estas notas eram identificadas por letras, sendo A= Lá, B= Si, C=Dó etc... Guido então teve a ideia de chamar as notas pela primeira sílaba de cada um destes versos, desta forma quem conhecesse este hino saberia identificar as notas musicais, facilitando o ensino musical.
A primeira estrofe do Cântico tinha a seguinte letra e a correspondente tradução:
Ut queant laxis
Para que possam, de libertas
Ressonare fibris
Vozes, ressoar
Mira gestorum
As maravilhas das tuas ações
Famuli tuorum
Os teus servos,
Solve polluti
Apaga dos impuros
Labii reatum
Lábios a culpa,
Sancte Ioannes
Ó São João.
Acesse o link e conheça a música: http://www.youtube.com/watch?v=SugtS3tqsoo
Guido d’Arezzo não tinha querido dar um nome à nota B, mas como isso era uma situação estranha depois arranjou-se o nome Si a partir das iniciais das duas palavras do sétimo verso do hino Ut queant laxis – e isto apesar de esse verso não começar em Si.
Depois, como o Ut era difícil de pronunciar, passou-se a chamar-lhe Dó no século 17.
Para finalizar entendo que cabe ao Mestre de Harmonia, a busca constante do equilíbrio na Sessão, trazendo através das melodias o sentimento de harmonia dentre os irmão e assim fortalecer a egrégora da Loja.
Milton Batistuci de Souza
Mestre de Harmonia
Gestão 2007/2008.