quarta-feira, 28 de maio de 2014

VILLA LOBOS


Heitor Villa Lobos
Nascido no Rio de Janeiro em 05 de Março de 1887.
Foi apresentado à música por seu pai, Raul Villa-Lobos, músico amador e funcionário da Biblioteca Nacional, com quem teve as primeiras lições de música, desde cedo aprendeu a tocar piano e clarineta, aos 12 anos começou a tocar violoncelo em uma viola improvisada. Já adolescente foi autodidata no violão. Sua formação de autodidata foi completada lendo e estudando as obras dos grandes mestres. Dentre eles Bach. O conhecimento do folclore nacional viria também a ser de vital importância para a criação de sua monumental obra nacionalista

No final da década de 1910, ingressou no Instituto Nacional de Música, no Rio de Janeiro, sem concluir o curso, pois não se adaptou ao ensino acadêmico.
Suas primeiras peças foram influenciadas por Puccini e Wagner, tendo também uma influência muito forte de Stravinsky.

Na Semana de Arte Moderna de 1922, ficou famoso um episódio em que o compositor é chamado ao palco e entra com um dos pés calçado de sapato e o outro de sandália, com uma atadura chamativa no dedão. Interpretada como uma atitude de vanguardismo provocativo, Villa-Lobos é vaiado; depois viria a explicar que o ferimento era verdadeiro, demonstrando sua ingenuidade ante as reações ardorosas despertadas pelo evento.

Bachianas - O ciclo de nove "Bachianas Brasileiras" é um dos destaques de sua obra. Escritas entre 1930 e 1945. Duas das peças mais gravadas de Villa-Lobos são desse ciclo: a "Ária (Cantilena)" que abre a "Bachianas Brasileiras nº 5" e a "Tocata (O Trenzinho do Caipira)", quarta parte da "Bachianas Brasileiras nº 2". A motivação, de acordo com o próprio Villa-Lobos, foram as semelhanças que encontrou entre músicas folclóricas do sertão brasileiro e a obra do alemão Johann Sebastian Bach, intencionou construir uma versão nacional dos Concertos de Brandemburgo. Essa intenção é clara nas Bachianas n° 1, para conjunto de violoncelos, dividida em três movimentos: Introdução (Embolada), Prelúdio (Modinha) e Fuga (Conversa).

Considerado, ainda em vida, o maior compositor das Américas, Heitor Villa-Lobos compôs cerca de 1.000 obras e sua importância reside, entre outros aspectos, no fato de ter reformulado o conceito de nacionalismo musical, tornando-se seu maior expoente. Foi, também, através de Villa-Lobos que a música brasileira se fez representar em outros países, culminando por se universalizar. Villa-Lobos se incomodava muito com o título de compositor brasileiro. Ele sempre fazia questão de dizer que era compositor do mundo, afinal ninguém fala de outros compositores como Mozart, Bach, etc, dizendo que são de determinados países.
Em 1947, em Nova Iorque, sofreu a primeira intervenção cirúrgica para tratar do problema que iria tirar-lhe a vida doze anos mais tarde, pouco mencionado em suas biografias: o câncer de bexiga, causado por seu vício em charutos
Faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de Novembro de 1959.
Não pertenceu à nossa fraternidade.
“Considero minhas obras como cartas que escrevi à posteridade, sem esperar resposta.” – Villa-Lobos.

Algumas Bachianas:
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-Um1Oa1lvUno4clE?resourcekey=0-jioM3XNjZQp1PgY8GsVPqg&usp=sharing


quinta-feira, 22 de maio de 2014

GUERRA PEIXE

César Guerra Peixe, nascido em Petrópolis, RJ, no dia 18 de Março de 1914, era o caçula de dez irmãos, filho Francisco Antônio Guerra Peixe e Anna Adelaide Guerra Peixe, imigrantes portugueses que chegaram ao Brasil em 1893.
Aos seis anos de idade aprendeu a tocar violão com o seu pai, que trabalhava como ferrador de cavalos e era músico amador. Aos sete era autodidata em bandolim, aos oito tocava violino e aos nove iniciou-se no piano.
Aos onze anos de idade é matriculado na Escola de Música Santa Cecília, tendo aula de violino com o professor Gao Omacht, dentre outros. Estudou também piano e teoria musical. Foi premiado por três vezes com a medalha de prata por seu aproveitamento no violino.
Aos catorze anos de idade conseguiu o seu primeiro trabalho, no cinema Glória em Petrópolis, como violinista nas sessões de filme mudo.
Em 1929, aos quinze anos, conclui o curso de teoria e solfejo com Deoclécio Damasceno de Freitas e é nomeado professor coadjuvante de violino na Escola.
No ano seguinte, seu professor de violino viaja para o exterior, passa a ter aulas Lionel Maul, e tornando-se também professor catedrático de violino na Escola de Música Santa Cecília.
Fotografia tirada no dia 15 de março de 1914, três dias antes de seu nascimento.
Família de Francisco Antônio Guerra-Peixe. Da esquerda para direita. Atrás: Palmira, Antônio Herminio, Anna e Tereza; à frente: Amélia , Filomena, Anna Adelaide Guerra-Peixe (mãe), Linnie, Francisco Antonio Gerra-Peixe (pai), e Emilia.
“No carrinho, uma boneca substituindo o que nasceria dias depois, na certeza de que seria do sexo feminino...(Eu, ein?...)” Nota feita no verso da foto por Guerra-Peixe, em novembro de 1982.

A partir de 1931 tem início suas viagens periódicas à cidade do Rio de Janeiro onde frequentava aulas particulares de violino com a professora Paulina D’Ambrósio. Inscreve na prova de admissão ao Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro, atual Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sendo aprovado em primeiro lugar. Inicia os cursos de harmonia elementar e conjunto de câmara, com Arnauld Gouvêa e Orlando Frederico, respectivamente.
Em 1934, passa a residir na cidade do Rio de Janeiro, trabalhando como músico em restaurantes, baile e gafieiras. No mesmo ano gradua-se em violino.
Iniciou novos estudos de harmonia no curso particular com o professor Newton Pádua durante cinco meses em 1938.
Participa da Orquestra de Vicente Paiva na Rádio Clube do Brasil. Toma aulas de violão com Dilermando Reis, desejoso em acompanhar a cantora Odete Pinajé, por quem estava interessado.
Nesta época, começou a trabalhar como arranjador para alguns cantores e gravadoras.
Teóphilo de Barros Filho
Tem início, em 1942, a Fase Inicial de composição, conforme a sua própria definição. Um exemplo deste período é a composição Fibra de Herói com letra de Teóphilo de Barros Filho, que se tornou o hino semioficial na época da segunda grande guerra, e utilizada pelas forças armadas até os dias atuais.
Em 1943, ingressou no Conservatório Brasileiro de Música, para se aperfeiçoar em contraponto, fuga e composição, tornando-se o primeiro aluno a concluir o curso de composição do Conservatório.
Arnold Schonberg
Guerra Peixe destruiu todo o seu catálogo musical no ano de 1945, por considera-las sem personalidade, salvando somente a Suíte Infantil nº 1, encerrando a sua Fase Inicial.
Guerra Peixe queria algo diferente, ansioso por novidades, interessou-se pela concepção dodecafônica, iniciando a chamada Fase Dodecafônica. Trata-se de um sistema de composição atonal, criado por Schonberg, baseada no livre emprego dos 12 semitons da escala temperada. A composição “Noneto” representa bem essa fase.
Koellreutter
Participou por dois anos e meio o curso particular Análise, História e Estética da Música, Problemas de música para microfone, Harmonia acústica e Técnica dos doze sons, de Hans Joachim Koellreutter.
Em 1946, na Rádio Tupi, fez vários arranjos para o programa “Ritmos Cruzados” alterando o ritmo de melodias conhecidas. Transformou em choro o “Moto perpétuo” de Paganini. A “Sonata ao luar” de Beethoven foi modificada em ritmo de swing, e “Danúbio Azul” de Johann Strauss executada em ritmo de samba.
Ainda neste ano procura uma forma de nacionalização em suas composições dodecafônicas, em especial na Suíte para violão, introduzindo sugestões melódicas de caráter popular.
Compõe a Música nº 1 para Piano e Trio de Cordas com um caráter pessoal na utilização do sistema de doze sons.
No final de 1947, retira-se para São João de Meriti, iniciando um processo de revisão da fase dodecafônica. Reformula algumas obras, em virtude da crise de composição sobrevinda dos problemas estéticos.
Ministra aulas no Conservatório de Música do Rio de Janeiro.
Foi um dos fundadores do Grupo Música Viva, que atuava na rádio Ministério da Educação e Cultura – MEC, no Rio de Janeiro, com o grupo divulgou o seu trabalho, onde permaneceu até 1949, após assistir apresentações folclóricas no Recife, impressionado com o Maracatu, decidiu finalmente abandonar o estilo dodecafônico, voltando ao nacionalismo musical. Termina assim a “Fase Dodecafônica” e tem início a “Fase Nacional”. Dentre as obras que representam este período merece destaque Mourão.
Casara-se no Rio de Janeiro com Célia Pinto em 12 de agosto, um dia antes da viagem a Pernambuco. Fixou residência por três anos naquela cidade. Hospeda o músico Cego Aderaldo durante quatro meses, para estudar o toque de rabeca.
Trabalhou como arranjador na Rádio Jornal do Recife, com a intenção de ampliar seu conhecimento relativo ao folclore nordestino. Estas pesquisas foram fonte para as obras compostas na década de 1950.
Uma curiosidade relacionada às suas pesquisas é que o frevo é originário de ciganos eslavos e espanhóis, e não por negros africanos.
" Durante 3 anos me meti nos xangôs, maracatus, viajei para o interior, recolhi músicas de rezas para defunto, da banda de pífanos…"
Publica no suplemento literário do Diário de Pernambuco de Recife, a série de vinte artigos “Um século de música no Recife” a respeito da vida musical recifense.
Ainda em 1950, conquista o Primeiro lugar por unanimidade com a obra sinfônica Abertura solene, no concurso de composição instituído pela Prefeitura Municipal de Recife para comemorar o primeiro centenário do Teatro Santa Isabel.
Deixa Recife de mudança para São Paulo, em 1953.
Prossegue na coleta folclórica onde realiza pesquisas na capital e localidades do interior, tal como Taubaté, São Carlos, Pindamonhangaba, Ilhabela, Caraguatatuba, São Sebastião e Ubatuba. Anota material de jongo, tambu, cateretê, cururu, dança de Santa Cruz, dança de São Gonçalo, folia de reis, Moçambique, congado, caiapós, moda de viola, etc.
Durante esta fase nacionalista, compôs trilhas para diversos filmes, foi premiado em 1953 como o melhor autor de música de cinema no país. Participou de arranjos diversos em obras de Chico Buarque, Luiz Gonzaga e Tom Jobim.
Fez parte da Comissão Paulista de Folclore, esteve presente em diversos congressos brasileiros sobre o folclore.
Trabalhou em diversos programas radiofônicos na Rádio Nacional de São Paulo e recebe diversos prêmios por sua obra voltada ao folclore, dentre livros e composições musicais, incluindo trilhas sonoras.
Da fase nacionalista sua obra mais importante foi a Sinfonia Brasília, composta em 1960.
Ao término de seu contrato com a Rádio Nacional de São Paulo, em 1961, Guerra Peixe volta a residir no Rio de Janeiro. Leciona na Escola de Música Villa Lobos.
Redige o programa semanal Nossa Música Nossa Alma na Rádio MEC, entre os anos de 1963 a 1968, com cerca de 300 programas referentes à música popular e folclórica.
A Escola de Música Santa Cecília em Petrópolis o convida para descerrar a placa comemorativa aos seus 50 anos.
Segue compondo diversas trilhas sonoras de cinema, trabalha como arranjador na TV Tupi do Rio de Janeiro entre 1966 e 1970. Fez parte do corpo de jurados do I Festival Internacional da Canção em 1966, no ano seguinte passa a ser o arranjador musical do II Festival.
Miguel Gustavo
A fim de elevar o nível técnico daqueles que se dedicam à música popular brasileira, funda no Museu da Imagem e do Som, a Escola Brasileira de Música Popular, no ano de 1968.
Em 1970, faz o arranjo para a música de Miguel Gustavo, Pra frente Brasil.
Transforma a Escola Brasileira de Música Popular do Museu da Imagem e do Som, em Seminário de Música do M.I.S., imprimindo-lhe uma orientação mais erudita. No ano seguinte é escolhido pela Academia Brasileira de Música, ocupando a cadeira nº 34, na vaga de seu antigo professor Newton Pádua.
Separa-se de Célia Pinto em 1975. Durante os anos 70 e 80, participa como jurado em diversos festivais e concursos de música erudita, popular ou folclórica. Compõe algumas trilhas sonoras, ministra aulas, cursos, palestras e conferências. Segue recebendo prêmios e honrarias.
Nos anos 90, ministra aulas na Universidade Federal, e Oficina de Música Guerra Peixe na Escola Villa Lobos, participa da IX Bienal da Música Brasileira Contemporânea, sempre no Rio de Janeiro.
Sua última aparição na Televisão ocorre no programa “Arranjadores” na TV Cultura em São Paulo, no ano de 1992.
No dia 26 de Novembro de 1993 falece no Rio de Janeiro, vitimado por um edema pulmonar, seu legado é considerado como um dos mais importantes, por força de sua intensa atuação como compositor, instrumentista, ensaísta e incentivador cultural. Conviveu entre os universos: erudito e o popular e, experimentando e quebrando regras.

“No final da década de 1930 [...] abandonei o violino por 20 anos. Depois de 20 anos senti necessidade de tocar, ao mesmo tempo senti necessidade de lutar pela vida, recomeçar nesse setor. Então, depois de um preparo mais ou menos de um ano, entrei para a Orquestra Sinfônica Nacional” (Guerra-Peixe).

"Não imponho aos meus alunos nenhuma orientação. Discuto a parte da composição, mas a parte filosófica deixo com eles".
- Em entrevista ao jornal O Globo, em janeiro de 1979

Àqueles que quiserem conhecer um pouco mais sobre este grande brasileiro recomendo o site: guerrapeixe.com

Para acessar algumas músicas, utilize o link abaixo:
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-bTFDZlNkcjB5bTQ?resourcekey=0-jiJEAJ_6kEd0K82TAdpEEg&usp=sharing

quarta-feira, 14 de maio de 2014

JOHN WILLIAMS

JOHN WILLIAMS
John Towner Williams nascido no dia 8 de fevereiro de 1932, no Queens um dos cinco distritos que forma a cidade de Nova York, filho de Ester e John Williams.

Seu pai era um baterista de jazz que tocava com Raymond Scott, o que o influenciou a se interessar em aprender música.
John Williams, pai
Ainda na infância, aprendeu clarinete, fagote, trombone, trompete e violoncelo, quando adolescente estudou piano, decepcionou-se ao perceber que as partituras dos instrumentos eram em claves diferentes o que o impedia de aproveitar o mesmo arranjo para outro instrumento, para não ser contrariado, aprendeu a transpor os arranjos. 
Ficava por oras no porão estudando livros de orquestração e refazendo suas partituras.

Em virtude dos contatos de seu pai que trabalhava com orquestras de estúdio Hollywood, estudou com professores especializados em trilhas sonoras.

Mario Castelnuovo Tedesco
Em 1948, sua família se mudou para Los Angeles. Williams ingressou na North Hollywood High School e se graduou em 1950. Aos 18 anos já era um talentoso músico e como a intenção era ser reconhecido como músico clássico. Posteriormente, frequentou a Universidade da Califórnia, e estudou com o compositor italiano Mario Castelnuovo-Tedesco.
Em 1952, Williams alistou-se na Força Aérea, como parte de suas atribuições fez arranjos musicais para o Air Force Band, onde permaneceu por dois anos.
Entre 1954 e 1956, tocou em algumas casas noturnas como pianista de Jazz em Nova York. Mesma época em que estudou piano com Rosina Lhévinne na Juilliard School. E eventualmente prestava serviços como pianista, principalmente para o compositor Henry Mancini.
Rosina Lhevinne                        Juilliard School                  Henry Mancini
A partir de 1956, ao retornar a Los Angeles, tocou com a orquestra da qual seu pai era membro, ocasiões em que o pianista estava ausente na Columbia Pictures assim permaneceu até conseguir um contrato de dois anos com a produtora, onde trabalhou na orquestração de diversos filmes, dentre os quais ‘The Guns of Navarone’ (Os Canhões de Navarone).



Logo começou sua carreira de compositor, inicialmente em comédias, séries televisivas como Túnel do Tempo e Perdidos no Espaço.

Na primeira metade da década de 70 passa a ser solicitado para a composição de filmes mais importantes para a indústria cinematográfica atingindo grande reconhecimento através da trilogia catástrofe: O Destino do Poseidon (1972), Terremoto e Inferno na Torre, ambos de 1974.

Tem início, então uma das parcerias mais famosas e rentáveis do cinema mundial, com a trilha sonora dos primeiros filmes de Steven Spielberg, Louca Escapada (1974), Tubarão (1975) e Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977), que teve parte da trilha composta antes mesmo de se realizarem as filmagens e considerada uma obra-prima. 
Acima com Steven Spielberg
Abaixo: Louca Escapada, Tubarão e Contatos Imediatos

Não ganhou o Oscar de melhor trilha original, pois outra parceria muito forte no cinema também tinha início e o Oscar foi para John Williams pela trilha original de Star Wars do diretor George Lucas. Um dos álbuns mais vendidos na época. De Steven Spielberg compôs praticamente todas as trilhas e com George Lucas toda a saga Guerra nas Estrelas e Indiana Jones.

Por suas composições para o cinema, Williams recebeu quarenta e nove indicações, tendo vencido cinco delas, a saber:
- 1971 – Um violinista no telhado – melhor trilha adaptada.
- 1975 - Tubarão – melhor trilha original
- 1977 - Star Wars – melhor trilha original
- 1982 - E.T.: O Extra-Terrestre – melhor trilha original
- 1993 – A lista de Schindler – melhor trilha original


A primeira indicação ao Oscar foi em 1967 por o Vale das Bonecas e a duas últimas foram:
2013 – A menina que roubava livros e 2012 – Lincoln.
Além dos seus trabalhos em trilhas de filmes, é conhecido também por suas obras eruditas e concertos, como: o concerto para fagote e orquestra, o concerto para violoncelo, o concerto para trompete, o concerto para violino, flauta e o concerto para trompa.

Atualmente trabalha na trilha da nova trilogia de Star Wars.

Link para acesso às músicas:


Todas as indicações para o Oscar:
2013 - The Book Thief (Best Original Score)
2012 - Lincoln (Best Original Score)
2011 - The Adventures of Tintin: Secret of the Unicorn (Best Original Score)
2011 - War Horse (Best Original Score)
2005 - Memoirs of a Geisha (Best Original Score)
2005 - Munique (Best Original Score)
2004 - Harry Potter and the Prisoner of Azkaban (Best Original Score)
2002 - Catch Me If You Can (Best Original Score)
2001 - Harry Potter and the Sorcerer's Stone (Best Original Score)
2001 - A.I. Artificial Intelligence (Best Original Score)
2000 - The Patriot (Best Original Score)
1999 - Angela's Ashes (Best Original Score)
1998 - Saving Private Ryan (Best Original Score - Drama)
1997 - Amistad (Best Original Score - Drama)
1996 - Sleepers (Best Original Score - Drama)
1995 - "Moonlight" from Sabrina (Best Original Song)
1995 - Sabrina (Best Original Score - Comedy)
1995 - Nixon (Best Original Score - Drama)
1993 - Schindler's List (Best Original Score) *Vencedor*
1991 - "When You're Alone" from Hook (Best Original Song)
1991 - JFK (Best Original Score)
1990 - Home Alone (Best Original Score)
1990 - "Somewhere In My Memory" from Home Alone (Best Original Song)
1989 - Indiana Jones and the Last Crusade (Best Original Score)
1989 - Born on the Fourth of July (Best Original Score)
1988 - The Accidental Tourist (Best Original Score)
1987 - The Witches of Eastwick (Best Original Score)
1987 - Empire of the Sun (Best Original Score)
1984 - The River (Best Original Score)
1984 - Indiana Jones and the Temple of Doom (Best Original Score)
1983 - Return of the Jedi (Best Original Score)
1982 - "If We Were In Love" from Yes, Giorgio (Best Original Song)
1982 - E.T.: The Extra-Terrestrial (Best Original Score) *Vencedor*
1981 - Raiders of the Lost Ark (Best Original Score)
1980 - The Empire Strikes Back (Best Original Score)
1978 - Superman - The Movie (Best Original Score)
1977 - Close Encounters of a Third Kind (Best Original Score)
1977 - Star Wars (Best Original Score) *Vencedor*
1975 - Jaws (Best Original Score) *Vencedor*
1973 - Tom Sawyer (Best Score Adaptation)
1974 - The Towering Inferno (Best Original Score)
1973 - Cinderella Liberty (Best Original Score)
1973 - "Nice to be Around" from Cinderella Liberty (Best Original Song)
1972 - The Poseidon Adventure (Best Original Score)
1972 - Images (Best Original Score)
1971 - Fiddler on the Roof (Best Score Adaptation) *Vencedor*
1969 - The Reivers (Best Original Score)
1969 - Goodbye, Mr Chips (Best Score Adaptation)
1967 - Valley of the Dolls (Best Score Adaptation)


quarta-feira, 7 de maio de 2014

DIA DAS MÃES

Para aqueles que ainda carregam a rosa vermelha não se esqueçam de abraça-la fortemente e dizer o quanto a ama.
Para os que agora carregam a rosa branca lembrem-se de quão bom era poder sentir o seu abraço.

Em homenagem ao Dia das Mães, a AVE MARIA.

Existem duas versões muito conhecidas deste tema, são as composições de Charles Gounod e Franz Schubert.
Charles                  Franz
Gounod               Schubert

A primeira escrita em 1859 trata-se de uma composição baseada no Prelúdio nº 1 em C Maior do Livro I do Cravo Bem Temperado de John Sebastian Bach. Gounod tomou contato com a obra de Bach através de Felix Mendelssohn, que na época era pouco conhecida, quase 140 anos separam as duas composições.

O texto escrito em latim para a tradicional prece Ave Maria:
Ave Maria
Gratia plena
Dominus tecum
Benedicta tu in mulieribus
Et benedictus fructos ventri tui Jesus
Santa Maria...
Santa Maria...
Maria
Ora pro nobis
Nobis pecatoribus
Nunc et in ora, Amen


A segunda trata-se da Terceira Música de Ellen, D839, Op 52 nº 6, escrita em 1825 baseada no poema épico A Dama do Lago de Walter Scott.
No poema a personagem Ellen Douglas - a Dama do Lago exilou-se com o seu pai na Caverna de Goblin quando ele se negou a unir-se a Roderick Dhu em rebelião contra Rei James. Ellen que canta uma oração endereçada à Virgem Maria, rogando por ajuda. Segue a letra original em alemão e sua tradução.
Ellens Dritter Gesang  - Franz Schubert
Letra Original em Alemão
Adaptação ao Português
Ave Maria! Jungfrau mild
Erhöre einer jungfrau flehen
Aus diesem felsen starr und wild
Soll mein gebet zu dir hinwehen
Wir schlafen sicher bis zum morgen

Ob menschen noch so grausam sind
O jungfrau, sieh der jungfrau sorgen
O mutter, hör ein bittend kind!
Ave Maria

Ave Maria! Unbefleckt
Wenn wir auf diesen fels hinsinken
Zum schlaf, und uns dein schutz bedeckt
Wird weich der harte fels uns dünken.
Du lächelst, rosendüfte wehen
In dieser dumpfen felsenkluft,
O mutter, höre kindes flehen,
O jungfrau, eine jungfrau ruft!
Ave Maria
Ave Maria! Reine magd
Der erde und der luft dämonen
Von deines auges huld verjagt
Sie können hier nicht bei uns wohnen
Wir woll'n uns still dem schicksal beugen
Da uns dein heil'ger trost anweh
Der jungfrau wolle hold dich neigen
Dem kind, das für den vater fleht
Ave Maria
Ave Maria, Doce Virgem,
Atende o rogo de uma donzela que te implora;
desta rocha abrupta e selvagem
minha oração eleva-se para ti.
Faz com que possamos dormir seguros até a aurora,
apesar da crueldade dos homens.
Ó, Virgem, olha as penas desta donzela,
ó mãe, escuta esta jovem suplicante!
Ave Maria!

Ave Maria! Virgem imaculada!
Quando nesta rocha devamos adormecer
e nos cubra teu manto protetor,
parecer-nos-á suave a sua dureza.
Quando sorris, aromas de rosas
perfumam esta áspera paragem.
Ó mãe, escuta a súplica desta jovem!
Ó Virgem, uma donzela te implora!
Ave Maria!
Ave Maria, Virgem pura!
Os demônios da terra e do ar
presos pela nobreza do teu olhar,
não podem alojar-se junto a nós.
Nós curvamo-nos docilmente ao destino
já que tu nos envias teu santo consolo.
Escuta, Virgem, a humilde oração
desta donzela que te implora por um pai!
Ave Maria!

No link, pode ser ouvida e feito o download das seguintes músicas:
- O Prelúdio nº 1 do Cravo bem temperado
Maria Callas
Jessye Norman
- Ave Maria de Schubert – apenas instrumental e na voz de Maria Callas

- Ave Maria de Gounod – apenas instrumental e na voz de Jessye Norman

quinta-feira, 1 de maio de 2014

VENI CREATOR SPIRITUS



O hino Veni Creator Spiritus foi composto no século IX por Rabano Mauro, um abade beneditino, o hino habitualmente é entoado nas festas de Pentecostes. Trata-se de uma invocação ao Espirito Santo. Também usado nos conclaves para escolha de um novo papa, no momento da entrada dos cardeais para a Capela Sistina.
Gustav Mahler usou o texto em latim para a primeira parte de sua sinfonia nº 8 em mi bemol maior. Hector Berlioz também utilizou em um motete para vozes femininas.

Penderecki, Hindemith e Duruflé também fizeram peças com base no cântico.



Veni Creator Spiritus
Vinde Espírito Criador
Veni Creàtor Spiritus,
Mentes tuorum visita,
Imple superna gratia,
Quae tu creasti, pectora.

Qui Paráclitus díceres,
Donum Dei Altíssimi,
Fons vivus, ignis, cáritas,
Et spiritális únctio.

Tu septiformis múnere,
Déxtrae Dei tu dígitus,
Tu rite promíssum Patris,
Sermóne ditans gúttura.

Accénde lumen sénsibus,
Infúnde amórem córdibus,
Infírma nostri córporis,
Vírtute firmans pérpeti.

Hostem repéllas lóngius,
Pacémque dones prótinus;
Ductóre sic te praevio,
Vitémus omne nóxium.

Per te sciámus da Patrem
Noscámus atque Filium;
Te que utriúsque Spíritum
Credámus omni témpore.

Gloria Patri Domino,
Natoque , qui a mórtuis
Surréxit, ac Paráclito
In saeculorum saecula.

Amen.

Vinde Espírito Criador,
Visitai as almas vossas,
Enchei da graça do alto,
Os corações que criastes.

Sois chamado Consolador,
O dom de Deus Altíssimo,
Fonte viva, fogo, caridade,
E unção espiritual.

Sois formado de sete dons,
O dedo da direita de Deus,
Solene promessa do Pai,
Que inspira as palavras.

Iluminai os sentidos,
Infundi o amor nos corações,
Fortalecei nossos corpos,
Virtude firmai para sempre.

Afastai o inimigo,
Dai-nos a paz sem demora;
E assim guiados por Vós,
Evitaremos todo o mal.

Fazei-nos conhecer o Pai,
E revelai-nos o Filho;
Para crer sempre, Espírito
Que de ambos procedeis.

Glória ao Pai Senhor,
Ao Filho que da morte
Ressuscitou, ao Consolador
Nos séculos dos séculos.

Amém

Ó Deus, que instruístes os corações dos fiéis pela luz do Santo Espírito: dai-nos no mesmo Espírito sabedoria com retidão, e júbilo no Seu consolo. Por Jesus Cristo, Vosso filho, que vive e reina Convosco na Unidade do Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amem

Para ouvir e copiar o hino acesse o link abaixo: