quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O Cavaleiro

Caríssimos leitores, amigos e irmãos...

Por sugestão do Ir.´. André Garcia Martin

E dedicado ao Ir.´. Pierre Godfroid Joseph Ciriades, que passa por um momento de saúde bastante delicado e com a fé no G.´. A.´. D.´. U.´. e frente ao seu merecimento logo estará em melhores momentos.

Nascido em Hasselt, capital da província de Limburgo - região de Flandres na Bélgica, ambiente da II Grande Guerra Mundial durante a ocupação nazista em 28/03/1942 filho de Peter Florent Joseph Ciriades (britânico) e Elisabeth Helena Savelkoul Ciriades (belga).
Desembarcou no Brasil, em Santos, como imigrante agricultor em 24 de maio de 1951. Frequentou escolas estaduais em São Vicente, Santos e São Paulo, fez medicina na Unicamp e formou-se em 1971.

Foi iniciado na A.´.R.´.L.´.S.´. Cavaleiros do Sangreal nº 315, em 11/05/2001 pelo Ven.´. M.´. Ariovaldo Defendi, trazido até esta Oficina por seu padrinho Pedro Alves de Toledo Neto, foi elevado ao grau de Comp.´. em 10/09/2003 pelo Ven.´. M.´. Bernardino Gonçalves da Costa Neto, exaltado ao grau de M.´. em 30/03/2005 pelo Ven.´. M.´. José Carlos Tadeu Vieira.

Este último no primeiro dia de seu Veneralato trouxe a público o primeiro exemplar de O CAVALEIRO trabalho mensal elaborado pelo querido Ir.´. Pierre, com a colaboração de diversos OObr.´..
A partir do segundo número tivemos acesso a sua biografia que brilhantemente nos brindava a cada número. O Cavaleiro teve 22 edições e circulou de 30/06/2004 até 09/08/2006.
Foi membro da Academia Paulistana Maçônica de Letras empossado 28 de Agosto de 2005 na cadeira nº 9 - Patrono Paulo Alfeu Junqueira Monteiro Duarte.
Publicou o Manual de Patologia Clínica com 1.074 páginas pela Editora Atheneu em Outubro de 2008.

TRABALHOS PUBLICADOS EM LIVROS MAÇÔNICOS:
EMBAIXADOR PEDRO DE TOLEDO in Antologia II – São Paulo 1554 – 2004. GLESP e APML – Academia Paulistana Maçônica de Letras, 407 – 414: Ottoni Editora – Itu, janeiro 2004

PAULO ALFEU JUNQUEIRA MONTEIRO DUARTE (1899 – 1984) in Antologia III ... buscando soluções para o Brasil. APML – Academia Paulistana Maçônica de Letras, 295 – 313: Ottoni Editora – Itu, agosto 2005

ALBERTO SANTOS-DUMONT: SAÚDE E ÓBITO in Antologia – Centenário da Aviação 14-Bis 1906 - 2006. GLESP e APML – Academia Paulistana Maçônica de Letras, 151 – 163: Ottoni Editora – Itu, 2006

A SENTENÇA DE TIRADENTES in BRASIL - Um Olhar Sobre a Maçonaria. GLESP – Grande Loja do Estado de São Paulo, 51 – 60: Ottoni Editora – Itu, 2007

DUQUE DE CAXIAS / LUÍS ALVES DE LIMA E SILVA in BRASIL - Um Olhar Sobre a Maçonaria. GLESP – Grande Loja do Estado de São Paulo, 103 – 112: Ottoni Editora – Itu, 2007

UMA HISTÓRIA À PARTE: Júlio Frank & a Bucha in BRASIL - Um Olhar Sobre a Maçonaria. GLESP – Grande Loja do Estado de São Paulo, 141 – 155: Ottoni Editora – Itu, 2007

RESENHA BIOGRÁFICA DOS MAÇONS BRASILEIROS in BRASIL - Um Olhar Sobre a Maçonaria. GLESP – Grande Loja do Estado de São Paulo, 205 – 284: Ottoni Editora – Itu, 2007



Queridos IIr.´. e leitores, é com muita tristeza que informo, ontem 22/12/2013 às 23:30hs, nosso Ir.´. Pierre partiu em viagem para o Oriente Eterno onde participará da sua Grande Iniciação. Que o G.´. A.´. D.´. U.´. o receba de braços abertos. 

Abaixo o link para todos os números publicados de O Cavaleiro.

Solstício de Verão

Solstício de Verão é um fenômeno da astronomia que marca o início do Verão. É o instante em que o hemisfério Sul está inclinado cerca de 23º na direção do Sol.

O termo solstício tem a sua origem no latim solstitius que significa "ponto onde a trajetória do sol aparenta não se deslocar". Consiste em sol + sistere que significa "parado".

No solstício de Verão ocorre o dia mais longo do ano e consequentemente a noite mais curta do ano, em termos de iluminação por parte do Sol. O solstício de Verão pode acontecer no dia 21 ou 22 de Dezembro, dias em que a radiação solar incide de forma vertical sobre o Trópico de Capricórnio.

O solstício acontece graças aos fenômenos de rotação e translação do planeta Terra, pois graças a eles a luz solar é distribuída de forma desigual entre os dois hemisférios.

O solstício de Inverno significa que a luz do sol não incide com tanto fulgor no hemisfério em questão. São fenômenos opostos dependendo do hemisfério em que um determinado país se encontra. Por esse motivo, quando é Verão no Brasil (hemisfério sul), é Inverno nos Estados Unidos (hemisfério norte).

Como o que nos interessa aqui é a música e não a astronomia...

Antonio Vivaldi escreveu uma série de doze concertos, publicados em Amsterdã no ano de 1725 como Opus 8 e sob o título de  Il Cimento dell’Armonia e dell’Invenzione, ou em português, A Disputa da Harmonia e da Invenção.


Com este título, Vivaldi queria apresentar obras inovadoras e experimentais em diversos aspectos, contrapondo a sua criatividade (a “invenção”) com o tradicionalismo da escrita musical (a “harmonia”).

Concerto nº 1 em Mi maior – A primavera
Concerto nº 2 em Sol menor – O verão
Concerto nº 3 em Fá maior – O outono
Concerto nº 4 em Fá menor – O inverno
Concerto nº 5 em Mi bemol maior – A tempestade do mar
Concerto nº 6 em Dó maior – O prazer
Concerto nº 7 em Ré menor
Concerto nº 8 em Sol menor
Concerto nº 9 em Ré menor
Concerto nº 10 em Si bemol maior – A caça
Concerto nº 11 em Ré maior
Concerto nº 12 em Dó maior

À primeira vista, a inovação que mais salta aos olhos é o caráter programático não só dos quatro primeiros concertos conhecidos como as quatro estações, mas também de mais três outros: o nº5 RV.253 La Tempesta di Mare (A tempestade do mar), o nº6 RV. 180 Il Piacere (O prazer) e o nº10 RV.362 La caccia (A caça). Estes, porém, não trazem nenhuma outra indicação na partitura explicitando seu conteúdo, muito menos sonetos anexados.

A primeira edição do Opus 8 traz uma dedicatória ao Conde Wenzel von Morzin, a quem Vivaldi endereçou uma carta provavelmente com uma cópia da publicação. Nesta carta, as seguintes linhas são bem reveladoras:

Não se surpreenda se, entre estes poucos e fracos concertos, Vossa Excelência encontre As Quatro Estações, as quais têm por tanto tempo desfrutado da amável generosidade de Vossa Excelência. Mas acredite, eu considerei imprimi-las porque, apesar de serem as mesmas, eu acrescentei a elas, além dos sonetos, uma indicação muito clara de todas as coisas que nelas se explicam, assim eu estou certo de que elas parecerão novas para você.

Ou seja, (1) os concertos já eram conhecidos antes de sua publicação, e (2) as indicações da partitura foram adicionadas posteriormente.

O Verão

Sob a dura estação de sol aceso
Definha homem, definha rebanho e arde o pinho;
Solta o cuco a voz, e logo com ele
Canta a rolinha e o pintassilgo.

Zéfiro doce expira mas, desafiado,
Surge Bóreas (*) de repente ao seu lado;
E chora o pastor, porque decerto
Teme feroz tempestade e seu destino

Rouba dos membros cansados o seu repouso,
O temor dos relâmpagos e trovões ferozes
E de moscas e moscões o zumzum furioso.

Ah, que pena, seus temores eram verdadeiros!
Troveja e fulmina o céu e majestoso
Quebra o topo das espigas e danifica os grãos.

 (*) Já falamos de Zéfiro no post da Primavera. Bóreas é seu irmão, o vento do norte, frio e violento.

Concerto para violino, cordas e contínuo Op.8 nº2 RV.315 em Sol menor – “Verão”

De acordo com o soneto podemos ouvir os sons que representam:

No primeiro movimento temos a languidez devida ao calor do verão, os sons dos pássaros, principalmente do cuco. O sussurrar do zéfiro e estrondoso Bórea. A tristeza da melodia representando o pranto do camponês temendo o temporal que se aproxima.

No segundo movimento temos os sons dos mosquitos que atrapalham o descanso do camponês, seguem-se os trovões que anunciam o temporal.

No terceiro e último movimento o Temporal de verão.

Encontrei o vídeo a seguir no Youtube, vale a pena assistir:
http://www.youtube.com/watch?v=Sd95r8vPig8

Uma pequena reflexão:
O Sol é vida, sem ele não poderíamos existir.
A luz do sol não distingue quem a recebe... 
Tanto faz raça, credo, status.
A luz do sol esta à disposição de todos os seres.
O sol é o símbolo maior da caridade e da fraternidade.
Sejamos todos como o sol do meio dia, que ilumina, clareia, fortalece,
E não faz sombra a ninguém.

Comece por fazer o necessário, depois o possível, e de repente você fará o impossível."
São Francisco de Assis. 

Como hábito, no link abaixo, consta integralmente o Concerto para violino, cordas e contínuo Op.8 nº2 RV.315 em Sol menor – “Verão” e outras peças de Vivaldi, dentre elas alguns movimentos dos outros oito concertos de  Il Cimento dell’Armonia e dell’Invenzione, excetuando os três concertos que representam as demais estações.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

RAVI SHANKAR


Robindro Shaunkor Chowdhury, conhecido como Pandit Ravi Shankar ou simplesmente Ravi Shankar, nascido em Varanasi, Utar Pradesh na Índia no dia 07 de Abril de 1920. Maestro, compositor e músico, o mais novo dos sete filhos de uma família brâmane bengali. Seu pai V. Lakshminarayana era professor de violino, sendo o responsável pela introdução do instrumento na cultura indiana, o que contribuiu para a sua iniciação e aprendizado musical a partir dos cinco anos de idade, como violinista.



Aos quinze anos, viajou para Paris com a companhia de dança de seu irmão Uday. Na trupe estava também o músico e multi-instrumentista Baba Allauddin Khan que foi o instrutor de Sitar, instrumento tradicional indiano, ao jovem Ravi.
Allauddin Khan

Em 1941, casou-se com a filha de seu mestre, Annapurna Devi, o matrimônio durou até 1982 quando se divorciaram, em março de 1942 nasce seu filho Shubhendra Shankar, artista gráfico, músico e compositor, morto em 1992, aos 50 anos.

Tornou-se bastante conhecido no Ocidente graças a amizade com George Harrison que foi seu aluno no tradicional instrumento em 1966. Os Beatles chamavam-no de Padrinho da Música Mundial. Teve grande influência na fase psicodélica dos Beatles, e após o fim da banda, gravou um disco produzido por George Harrison, o “Chants of India”.

com George Harrison                                                                            com Yehudi Menuhin

Em 1967, realizou seu primeiro dueto com o violinista Yehudi Menuhin, com o qual posteriormente colaborou em várias ocasiões.
Participou do Festival de Woodstock junto com grandes nomes da música como Janis Joplin e Jefferson Airplane.

Em 1969, viajou aos EUA com a intenção de aprofundar-se na música do Ocidente e, ao mesmo tempo, popularizar a música hindu. Dois anos mais tarde, a pedido da London Symphony, compôs um concerto que estreou no Royal Festival Hall, na capital inglesa.

Shankar lecionou nas universidades de Nova York e Los Angeles, dirigiu a partir de 1970, o Departamento de Música indiana no California Institute of the Arts.

A atividade musical de Ravi Shankar foi intensa, tendo destaque também como compositor. É autor de dois concertos para Sitar e orquestra, além de músicas para balés e trilhas sonoras de filmes diversos, dentre eles "Gandhi".

Protagonizou o filme RAGA que narrava a sua vida. Em 1978 publicou sua autobiografia My life, my music.
Em 1986 foi nomeado pelo primeiro-ministro Rajiv Gandhi para a casa superior do Parlamento indiano, onde atuou até 1992.

Norah Jones e Anoushka Shankar
recebem o Grammy
 
Após o divórcio manteve relações com Kamala Chakravarty e Sue Jones, mãe da cantora de jazz Norah Jones. Desde um relacionamento com Sukanya Shankar nasce a proeminente sitarista Anoushka Shankar em 1981. Por fim, Shankar se casou em 1989 com Sukanya Rajan, com quem viveu desde então entre San Diego e Nova Délhi.

Ravi Shankar faleceu em 11 de dezembro de 2012 em San Diego aos 92 anos. Ele estava doente desde o ano anterior por conta de problemas respiratórios e cardíacos, uma condição que o levou a submeter-se no dia 6 de dezembro a uma intervenção cirúrgica para substituir uma válvula cardíaca, não resistindo no período de recuperação.
Além das duas filhas e esposa, deixou três netos e quatro bisnetos.

O ÁlbumThe Living Room Sessions Part 1" foi premiado com o Grammy Awards de 2013 na categoria "Melhor Álbum de Música do Mundo".



Além do habitual link com as músicas, 

deixo também o link para um interessante site sobre música indiana que explica algumas peculiaridades sobre sitar. http://www.musicaindianabrasil.com/2011/12/sitar-tudo-que-voce-sempre-quis-saber.html

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ROBERT FRIPP

Robert Fripp, nascido em Wimborne Minster, Dorset, na Inglaterra no dia 16 de Maio de 1946, começou a tocar violão aos 11 anos, passando para a guitarra três anos mais tarde.

Em 1967, participou do Giles, Giles & Fripp com os irmãos Peter e Michael Giles, sem muito sucesso. Com Michael começou a discutira a formação de uma nova banda, pouco antes da dissolução do grupo.

Os primeiros músicos que se juntaram a eles foram o vocalista e guitarrista Greg Lake, que tocaria contrabaixo, o letrista e poeta Peter Sinfield e o compositor Ian McDonald. Assim formaram o King Crimson. 
Em 1969 lançam o álbum de estréia In the Court of The Crimson King. Com moderado sucesso, apesar da inovação a qual o álbum trazia para o rock da época, a banda lança, logo depois, o disco In the Wake of Poseidon, já sem Ian Macdonald, que havia deixado a banda após o primeiro disco, o King Crimson partiria para uma imensa troca de integrantes, permanecendo Robert Fripp como o único remanescente entre todas as formações, apesar do mesmo não se considerar o líder da banda.
Gilles, Gilles & Fripp                         In the Court of the Crimsom King                   In the wake of Poseidon
Sem prender-se a qualquer estilo musical, não cultivou qualquer ídolo, causando polêmica ao declarar a Revista Guitar Player de 1974, que, em sua opinião, Jimi Hendrix nunca foi um guitarrista, apenas um músico que tinha algo a dizer e que conseguiu, assim como Eric Clapton foi um guitarrista banal que se perdeu com o tempo, isto em resposta a rumores que seriam eles suas influências musicais. 


A revista Rolling Stone o colocou na 62ª posição entre os cem melhores guitarristas de todos os tempos.


Além do King Crimson, Fripp trabalhou com artistas de diversos estilos como Brian Eno, Peter Gabriel, David Bowie, David Sylvian, Andy Summers, Blondie, Talking Heads e G3.



Robert desenvolveu um estilo único sem se prender ao mainstream, o que lhe gerou alguma antipatia com parte do público, apesar de gozar de extrema reputação no meio especializado.

Fripp desenvolveu um aparelho denominado Frippertronic que dá a guitarra à capacidade de gerar sons de sintetizadores.

Fripp destaca-se também por suas frases, algumas delas:

“Não esteja disposto a ajudar: esteja disponível.”
 “O silêncio é um elo entre mundos. A música é a taça que segura o vinho do silêncio. O som é essa taça, porém, vazia. O ruído é essa taça, porém, quebrada.”
“A música é a arquitetura do silêncio.”
“Duração é algo subjetivo.”
“Uma mentira separa quem somos do que somos.”
 “Existem três modos de descobrir seus erros: pergunte a um amigo; pergunte a um inimigo; reconheça um erro nos outros.”
“Devemos acolher nossos erros como amigos e professores.”
“Tentar é falhar.”
 “Quanto mais falhas, mais sucesso.”
“A disciplina é o veículo do prazer.”
 “Quando agimos do modo como preferimos, podemos conquistar o que queremos, mas não o que precisamos.”
“Nunca enriqueceremos com o trabalho pesado. Porém, jamais enriqueceremos sem ele.”
“Sofrimento pode ser necessário, desnecessário ou voluntário.”
 “A mente comanda as mãos.”
 “O artista é o elo entre o possível, o impossível e o contemporâneo.”
“O espaço tem suas próprias regras e determina condições.”
“Acréscimos pequenos são revolucionários.”
“O músico possui três disciplinas: as disciplinas das mãos, da cabeça e do coração.”
“Até mesmo o gênio necessita de uma técnica competente.”
“Começamos por não fazer nada. Em seguida, nos mexemos para fazer alguma coisa.”
“O poder é a capacidade de acessar o que é possível.”
“Nós podemos compreender nosso conhecimento, mas não podemos conhecer a nossa compressão.”
“O futuro é o que o presente pode oferecer.”
“O que ouvimos é o modo como ouvimos.”

“O silêncio é um eco distante da aproximação da Musa.”

Espero que tenham gostado, abaixo segue o tradicional link...
https://drive.google.com/drive/folders/0B9F356bpnhA-UDZpdF83N0syMTg?resourcekey=0-WagD3hUkpjDq12WYh3vnhQ&usp=sharing